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21/03 Dia Mundial da Síndrome de Down: um dia para falar sobre inclusão

Falar de inclusão é falar sobre respeito, sobre entender que o diferente é uma oportunidade de repensar e não enquadrar, é valorizarmos o que há de habilidades em cada ser humano.

Então, seguem algumas dúvidas frequentes que nos ajudam a entender esse tema:

Qual a forma correta de dizer que uma pessoa é deficiente?
Já usamos e ainda vemos muito o termo Pessoa Portadora de Deficiência, mas esse termo não deve ser mais utilizado, uma vez que o conceito de portar é algo que pode ser desfeito, você pode portar algo ou não, o que não acontece com um uma pessoa que tem deficiência.

Em 2006, a ONU aprovou o texto da Convenção Internacional sobre o Direito das Pessoas com Deficiência Física, sendo assim, ficou definido que o mais correto é usar Pessoas com Deficiência (PcD).

Uma criança com Síndrome de Down precisa frequentar a escola?
Sim, todas as crianças têm direito à educação e precisam ter frequência escolar a partir dos 4 anos. As escolas não possuem a opção de receber ou não uma criança com deficiência, elas precisam entender cada criança e traçar estratégias para eliminar as barreiras que ela possa ter dentro do ambiente escolar. Então, se a criança tem dificuldade na fala, podem ser desenvolvidos cartões que a ajudem a se comunicar; se tem dificuldade visual, ela pode utilizar, por exemplo, materiais com letras maiores; existem tecnologias que facilitam trabalhar os conteúdos de forma a potencializar o interesse e a aprendizagem da criança.

É necessário sempre ter um profissional a auxiliando?
Depende. Isso varia de acordo com a idade da criança, necessidades específicas e do quanto de atenção humana ela precisa, mas a ideia é incentivar o desenvolvimento da autonomia. O ideal é que a criança tenha um atendimento especializado para ela fora do horário da escola, mas, no horário escolar, o melhor é que ela tenha ferramentas que a permitam participar de forma mais independente.

Só é preciso ter inclusão na escola?
Não, a inclusão é uma mudança necessária em toda a sociedade. É entendermos que nunca fomos iguais, mas que antes as diferenças ficavam escondidas e as PcD eram vistas como pessoas sem função na sociedade. Uma pessoa com uma deficiência como a Síndrome de Down precisa, antes de tudo, ser entendida como um ser-humano que possui interesses, sensibilidades, facilidades e dificuldades. É nosso dever diminuir ou eliminar as barreiras existentes para que ela e muitas outras pessoas possam gozar de uma vida com mais autonomia.

A inclusão é uma ideia utópica e impossível de ser realizada na nossa sociedade, tem outro caminho?
Não tem outro caminho. O desenvolvimento real de uma sociedade é quando todos podem se desenvolver juntos. Não é utopia, está na lei, temos que nos movimentar para fazer valer e de forma significativa, não apenas protocolar. Então, é por isso que existem dias como o de hoje, o Dia Mundial da Síndrome de Down, para lembrar a todos que existe uma grande luta pela busca desses direitos, e que ser diferente é ser humano, afinal, ninguém é igual.