Atendimento psicológico infantil: existe idade mínima para iniciar?

O cuidado com a saúde mental das crianças é tão importante quanto o cuidado com a saúde física. No entanto, muitos pais ainda se questionam se há uma idade mínima para começar o atendimento psicológico infantil. Vamos explorar este tema e esclarecer suas dúvidas!

Entendendo o atendimento psicológico infantil

O atendimento psicológico para crianças é uma ferramenta poderosa que pode auxiliar no desenvolvimento emocional e comportamental desde muito cedo. A terapia infantil tem como objetivo oferecer um espaço seguro para a criança se expressar e lidar com suas emoções, medos e desafios.

Não existe idade mínima

Ao contrário do que muitos acreditam, não existe uma idade mínima definida para iniciar o atendimento psicológico. O acompanhamento pode começar em qualquer fase da infância, dependendo das necessidades da criança. Bebês e crianças pequenas podem ser encaminhados a um psicólogo em casos de suspeitas de dificuldades no desenvolvimento ou para apoio em situações específicas, como:

– Luto ou perda na família

– Divórcio dos pais

– Adaptação a novas situações (como mudanças de escola ou cidade)

– Dificuldades de socialização

Terapia como ferramenta de crescimento

A terapia com crianças é adaptada conforme a etapa de desenvolvimento em que se encontram. Para os mais novos, muitas vezes as sessões têm uma abordagem lúdica, utilizando brinquedos, jogos e desenhos. Isso facilita a comunicação dos sentimentos que elas ainda não conseguem verbalizar. À medida que crescem, a terapia pode evoluir para estratégias mais verbais e reflexivas.

Papel dos pais e cuidadores

O envolvimento dos pais ou cuidadores é crucial no processo terapêutico. Eles são frequentemente incluídos nas sessões não só para entender o progresso da criança, mas também para receber orientações de como apoiar seu filho em casa. A colaboração entre pais, psicólogos e, às vezes, professores, pode criar um ambiente favorável ao desenvolvimento emocional saudável.

Conclusão

Começar o atendimento psicológico infantil cedo pode prevenir o agravamento de dificuldades emocionais e comportamentais, promovendo um desenvolvimento mais saudável e equilibrado. Se você tem preocupações sobre o bem-estar emocional de seu filho, não hesite em procurar um profissional qualificado.

🔍 Se você tem dúvidas ou deseja marcar uma consulta, estamos aqui para ajudar. Priorize o bem-estar emocional do seu filho!

Meu filho não faz cocô: O Que Fazer?

A obstipação intestinal, comumente conhecida como prisão de ventre, é um problema que afeta muitas crianças. Caracterizada pela dificuldade em evacuar ou pela frequência reduzida de evacuações, a prisão de ventre pode causar desconforto e preocupação para pais e filhos. No limite, leva a distúrbios comportamentais (encoprese) e à exclusão social.

Causas da Obstipação Intestinal

Existem várias razões pelas quais uma criança pode sofrer de prisão de ventre:

  • Causas orgânicas (malformações intestinais, fibrose cística, síndrome do intestino preguiçoso);
  • Dieta pobre em fibras: a falta de frutas, vegetais e cereais integrais na dieta pode resultar em fezes mais endurecidas e tornar o ato de evacuar doloroso, levando à retenção voluntária das fezes; 
  • Baixa ingestão de água: a água é o maior componente das fezes. Logo, a hidratação insuficiente é uma das principais causas de prisão de ventre.
  • Sedentarismo: crianças que não se exercitam regularmente podem ter seus movimentos intestinais afetados.
  • Hábitos errados : ignorar / postergar a necessidade de evacuar pode levar à constipação. Igualmente fazer outras atividades enquanto se evacua (ler, assistir telas)

Sinais e Sintomas

Os sintomas da obstipação intestinal podem incluir:

  • Menos de três evacuações por semana.
  • Fezes duras e secas.
  • Dor ao evacuar.
  • Abdome inchado ou dolorido.
  • Mudanças no comportamento alimentar devido ao desconforto.

O Que Fazer?

1. Ajustes Alimentares:

– Aumentar a ingestão de fibras: introduza mais frutas, vegetais, legumes e grãos integrais.

– Hidrate-se bem: assegure-se de que a criança está bebendo água adequadamente ao longo do dia.

2. Atividade Física:

– Incentive brincadeiras ao ar livre e atividades físicas que promovam o movimento regular do corpo.

3. Criar Hábitos Regulares de Banheiro:

– Estabeleça horários regulares para a criança tentar evacuar, mesmo que inicialmente não tenha vontade.

4. Quando Consultar um Profissional?

– Se a prisão de ventre persistir apesar das mudanças no estilo de vida, é importante procurar um médico pediatra para avaliação e orientação.

Conclusão

A obstipação intestinal pode ser uma fase complicada para os pequenos e seus pais, mas com ajustes na dieta e no estilo de vida, é possível aliviar esse desconforto. O acompanhamento de um profissional de saúde é sempre aconselhável para garantir o bem-estar da criança.

Puberdade Precoce: o que você precisa saber!

A puberdade é uma fase de grandes transformações no corpo e na mente dos adolescentes. Mas e quando essas mudanças começam a acontecer muito cedo? A puberdade precoce pode trazer diversas dúvidas e preocupações para os pais.

Neste artigo, vamos te ajudar a entender o que é a puberdade precoce, quais são os seus sinais e a importância de procurar um pediatra.

O que é a Puberdade Precoce?
A puberdade precoce é caracterizada pelo início das mudanças físicas relacionadas à puberdade antes da idade considerada normal. Em meninas, geralmente antes dos 8 anos; e em meninos, antes dos 9 anos. Essas mudanças podem incluir o desenvolvimento das mamas, o aparecimento de pelos pubianos e axilares, o crescimento dos testículos e o início da menstruação.

Quais são as causas da puberdade precoce?
As causas da puberdade precoce podem ser diversas e complexas, incluindo:
– Causas idiopáticas: Em muitos casos, a causa não é identificada.
– Fatores hormonais: Desequilíbrios hormonais podem desencadear a puberdade precoce.
– Tumores: Em casos raros, tumores podem estimular a produção de hormônios sexuais.
– Doenças: Algumas doenças, como a hiperplasia adrenal congênita, podem estar associadas à puberdade precoce.

Quais são os sinais da puberdade precoce?
Os sinais da puberdade precoce podem variar dependendo da idade da criança e do sexo. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

– Meninas: desenvolvimento das mamas, crescimento de pelos pubianos e axilares, sangramento vaginal, odor vaginal e crescimento rápido.
– Meninos: crescimento dos testículos, aumento do pênis, aparecimento de pelos pubianos e axilares, mudança na voz e crescimento rápido.

Por que a puberdade precoce preocupa?
A puberdade precoce pode impactar negativamente a saúde física e emocional da criança, gerando crescimento acelerado, problemas psicológicos e desenvolvimento sexual precoce, afetando a estatura, a autoestima e relações sociais.

O que fazer?
Se você observar algum sinal de puberdade precoce em seu filho(a), é fundamental procurar um pediatra. O pediatra irá realizar uma avaliação completa e solicitar exames para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.

Existe tratamento da puberdade precoce?
O tratamento da puberdade precoce dependerá da causa e da idade da criança. Em alguns casos, o tratamento pode incluir medicamentos para bloquear a produção de hormônios sexuais e acompanhamento regular com o pediatra.

Conclusão:
A puberdade precoce é uma condição que requer atenção médica. Com o diagnóstico e tratamento adequados, é possível minimizar os impactos dessa condição na saúde e no desenvolvimento da criança.

Entenda o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD): Sintomas e Como Ajudar Seu Filho.

Você já ouviu falar em Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)? Esta é uma condição que se manifesta através de comportamentos desafiadores e hostis em relação a figuras de autoridade.

Esse distúrbio de conduta pode se manifestar na infância e adolescência.Continue sua leitura para entender mais sobre o TOD.

O que é o TOD?

Imagine uma criança que constantemente discute com os pais, professores e outros adultos, se recusa a seguir regras, irrita propositalmente as pessoas ao seu redor e culpa os outros por seus erros. Essa é uma descrição típica de uma criança com TOD.

Claro, que os sintomas do TOD podem variar em intensidade, mas geralmente incluem:

– Humor irritável: a criança frequentemente perde a paciência, é irritável e facilmente se incomoda.

– Argumentação e desafio: discute com adultos, desafia regras e se recusa a obedecer.

– Vingança: Procura se vingar de pessoas que a frustraram.

– Irritabilidade: deliberadamente incomoda ou irrita outras pessoas.

– Culpa os outros: atribui seus erros e mau comportamento a outras pessoas.

Quais as causas do TOD?

As causas exatas do TOD ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neurobiológicos possa estar envolvida.

Como diagnosticar o TOD?

O diagnóstico do TOD é feito por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra infantil ou um psicólogo, com base em uma avaliação completa da criança, incluindo:

– Histórico clínico: o profissional irá coletar informações sobre o comportamento da criança em diferentes ambientes (casa, escola, etc.).

– Observação do comportamento: o profissional poderá observar a criança em interação com outras pessoas.

– Entrevistas com os pais e professores: a opinião dos pais e professores é fundamental para a compreensão do comportamento da criança.

O tratamento do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é multidisciplinar e pode incluir psicoterapia, terapia familiar e, em alguns casos, medicamentos.

A terapia comportamental cognitiva é eficaz no ensino de habilidades de enfrentamento. A família desempenha um papel importante no tratamento, melhorando a comunicação e dinâmica familiar. O tratamento deve ser individualizado para cada criança.

Os pais podem ajudar seus filhos com Transtorno Opositivo Desafiador mantendo a calma, estabelecendo limites claros, reforçando comportamentos positivos e buscando ajuda profissional.

Isso pode contribuir significativamente para o tratamento da condição. O TOD é um transtorno desafiador, mas com o tratamento adequado e o apoio da família, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida da criança.

Se você suspeita que seu filho possa ter TOD, procure um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.

Antibiótico seguido de outro antibiótico: o que está acontecendo com a saúde das crianças?

O aumento no uso de antibióticos em crianças, especialmente em casos de doenças respiratórias, tem gerado preocupação entre médicos e especialistas em saúde pública. Essa prática, além de não ser eficaz em muitos casos, contribui para o desenvolvimento de bactérias resistentes, dificultando o tratamento de infecções no futuro.

Continue sua leitura e entenda mais sobre este assunto.

Em muitos casos de doenças respiratórias, o uso de antibióticos é ineficaz, pois elas são causadas por vírus, contra os quais os antibióticos não têm ação. O uso inadequado desses medicamentos, além de não trazer benefícios para a criança, pode ocasionar efeitos colaterais e contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana.

O uso excessivo e inadequado de antibióticos leva ao surgimento de bactérias resistentes, ou seja, que se tornam mais fortes e não respondem mais ao tratamento com antibióticos tradicionais. Essa situação torna o combate a infecções mais difícil e perigoso, podendo inclusive levar à morte.

O que podemos fazer?

  • Consulte um médico antes de dar qualquer medicamento para o seu filho:

O médico irá avaliar a causa da doença e indicar o tratamento adequado, seja com antibióticos ou outros medicamentos, se necessário.

  • Siga as instruções do médico:

Não interrompa o tratamento com antibiótico antes do tempo, mesmo que os sintomas melhorem, pois isso pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes.

  • Previna as doenças respiratórias:

Incentive a lavagem frequente das mãos, ensine as crianças a cobrirem a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evite locais com grande aglomeração de pessoas, principalmente durante os períodos de maior incidência de doenças.

  • Mantenha a carteira de vacinação do seu filho em dia:

As vacinas previnem diversas doenças, inclusive algumas que podem causar infecções graves e necessitar de tratamento com antibióticos.

Combater a resistência bacteriana é uma responsabilidade compartilhada entre pais, profissionais de saúde e a sociedade. 

Com esforços conjuntos, é possível garantir um tratamento eficaz contra infecções e preservar a saúde das gerações futuras.

Automedicação e importância dos cuidados pediátricos para os pequenos

A automedicação é o ato de utilizar medicamentos sem prescrição médica, podendo ser perigosa dependendo do medicamento e da doença.

Em crianças, os responsáveis frequentemente buscam alívio para sintomas como resfriados, gripe, dores e febres, utilizando analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.

Mas, essa prática não é recomendada para ninguém: adultos e muito menos crianças.

Os perigos da automedicação em crianças incluem intoxicações, dificuldade de diagnóstico correto e mascaramento de sintomas importantes.

Essa prática pode levar a interações medicamentosas, intoxicações, associação incorreta entre sintomas e causas, e resistência bacteriana.

A conscientização sobre os perigos da automedicação e a orientação de um profissional de saúde são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar das crianças.

Os cuidados médicos devem ser feitos desde os primeiros dias, incluindo consultas regulares, avaliação de crescimento e desenvolvimento, vacinação, alimentação, cuidados de higiene, sono, desenvolvimento emocional, prevenção e tratamento de doenças, educação aos pais e acompanhamento a longo prazo.

Para proporcionar um crescimento seguro, é essencial o acompanhamento contínuo com o pediatra, permitindo que o bebê seja monitorado ao longo do seu crescimento e sendo possível prevenir e detectar doenças precocemente, além de oferecer orientações sobre nutrição e hábitos saudáveis, acompanhar marcos de desenvolvimento, criar um histórico médico, fornecer suporte emocional e construir um relacionamento de confiança.

Escolher um pediatra de confiança é crucial para garantir o cuidado adequado da criança, considerando a abordagem e filosofia de tratamento do profissional.

Desta forma, não será necessário optar pela automedicação, pois o pediatra em questão conhecerá a criança e saberá qual melhor abordagem para o tratamento.

Encontre profissionais qualificados na Clínica da Criança e do Adolescente e ofereça ao seu filho um crescimento seguro e protegido.