Puberdade Precoce: o que você precisa saber!

A puberdade é uma fase de grandes transformações no corpo e na mente dos adolescentes. Mas e quando essas mudanças começam a acontecer muito cedo? A puberdade precoce pode trazer diversas dúvidas e preocupações para os pais.

Neste artigo, vamos te ajudar a entender o que é a puberdade precoce, quais são os seus sinais e a importância de procurar um pediatra.

O que é a Puberdade Precoce?
A puberdade precoce é caracterizada pelo início das mudanças físicas relacionadas à puberdade antes da idade considerada normal. Em meninas, geralmente antes dos 8 anos; e em meninos, antes dos 9 anos. Essas mudanças podem incluir o desenvolvimento das mamas, o aparecimento de pelos pubianos e axilares, o crescimento dos testículos e o início da menstruação.

Quais são as causas da puberdade precoce?
As causas da puberdade precoce podem ser diversas e complexas, incluindo:
– Causas idiopáticas: Em muitos casos, a causa não é identificada.
– Fatores hormonais: Desequilíbrios hormonais podem desencadear a puberdade precoce.
– Tumores: Em casos raros, tumores podem estimular a produção de hormônios sexuais.
– Doenças: Algumas doenças, como a hiperplasia adrenal congênita, podem estar associadas à puberdade precoce.

Quais são os sinais da puberdade precoce?
Os sinais da puberdade precoce podem variar dependendo da idade da criança e do sexo. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

– Meninas: desenvolvimento das mamas, crescimento de pelos pubianos e axilares, sangramento vaginal, odor vaginal e crescimento rápido.
– Meninos: crescimento dos testículos, aumento do pênis, aparecimento de pelos pubianos e axilares, mudança na voz e crescimento rápido.

Por que a puberdade precoce preocupa?
A puberdade precoce pode impactar negativamente a saúde física e emocional da criança, gerando crescimento acelerado, problemas psicológicos e desenvolvimento sexual precoce, afetando a estatura, a autoestima e relações sociais.

O que fazer?
Se você observar algum sinal de puberdade precoce em seu filho(a), é fundamental procurar um pediatra. O pediatra irá realizar uma avaliação completa e solicitar exames para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.

Existe tratamento da puberdade precoce?
O tratamento da puberdade precoce dependerá da causa e da idade da criança. Em alguns casos, o tratamento pode incluir medicamentos para bloquear a produção de hormônios sexuais e acompanhamento regular com o pediatra.

Conclusão:
A puberdade precoce é uma condição que requer atenção médica. Com o diagnóstico e tratamento adequados, é possível minimizar os impactos dessa condição na saúde e no desenvolvimento da criança.

Entenda o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD): Sintomas e Como Ajudar Seu Filho.

Você já ouviu falar em Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)? Esta é uma condição que se manifesta através de comportamentos desafiadores e hostis em relação a figuras de autoridade.

Esse distúrbio de conduta pode se manifestar na infância e adolescência.Continue sua leitura para entender mais sobre o TOD.

O que é o TOD?

Imagine uma criança que constantemente discute com os pais, professores e outros adultos, se recusa a seguir regras, irrita propositalmente as pessoas ao seu redor e culpa os outros por seus erros. Essa é uma descrição típica de uma criança com TOD.

Claro, que os sintomas do TOD podem variar em intensidade, mas geralmente incluem:

– Humor irritável: a criança frequentemente perde a paciência, é irritável e facilmente se incomoda.

– Argumentação e desafio: discute com adultos, desafia regras e se recusa a obedecer.

– Vingança: Procura se vingar de pessoas que a frustraram.

– Irritabilidade: deliberadamente incomoda ou irrita outras pessoas.

– Culpa os outros: atribui seus erros e mau comportamento a outras pessoas.

Quais as causas do TOD?

As causas exatas do TOD ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neurobiológicos possa estar envolvida.

Como diagnosticar o TOD?

O diagnóstico do TOD é feito por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra infantil ou um psicólogo, com base em uma avaliação completa da criança, incluindo:

– Histórico clínico: o profissional irá coletar informações sobre o comportamento da criança em diferentes ambientes (casa, escola, etc.).

– Observação do comportamento: o profissional poderá observar a criança em interação com outras pessoas.

– Entrevistas com os pais e professores: a opinião dos pais e professores é fundamental para a compreensão do comportamento da criança.

O tratamento do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é multidisciplinar e pode incluir psicoterapia, terapia familiar e, em alguns casos, medicamentos.

A terapia comportamental cognitiva é eficaz no ensino de habilidades de enfrentamento. A família desempenha um papel importante no tratamento, melhorando a comunicação e dinâmica familiar. O tratamento deve ser individualizado para cada criança.

Os pais podem ajudar seus filhos com Transtorno Opositivo Desafiador mantendo a calma, estabelecendo limites claros, reforçando comportamentos positivos e buscando ajuda profissional.

Isso pode contribuir significativamente para o tratamento da condição. O TOD é um transtorno desafiador, mas com o tratamento adequado e o apoio da família, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida da criança.

Se você suspeita que seu filho possa ter TOD, procure um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.

Antibiótico seguido de outro antibiótico: o que está acontecendo com a saúde das crianças?

O aumento no uso de antibióticos em crianças, especialmente em casos de doenças respiratórias, tem gerado preocupação entre médicos e especialistas em saúde pública. Essa prática, além de não ser eficaz em muitos casos, contribui para o desenvolvimento de bactérias resistentes, dificultando o tratamento de infecções no futuro.

Continue sua leitura e entenda mais sobre este assunto.

Em muitos casos de doenças respiratórias, o uso de antibióticos é ineficaz, pois elas são causadas por vírus, contra os quais os antibióticos não têm ação. O uso inadequado desses medicamentos, além de não trazer benefícios para a criança, pode ocasionar efeitos colaterais e contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana.

O uso excessivo e inadequado de antibióticos leva ao surgimento de bactérias resistentes, ou seja, que se tornam mais fortes e não respondem mais ao tratamento com antibióticos tradicionais. Essa situação torna o combate a infecções mais difícil e perigoso, podendo inclusive levar à morte.

O que podemos fazer?

  • Consulte um médico antes de dar qualquer medicamento para o seu filho:

O médico irá avaliar a causa da doença e indicar o tratamento adequado, seja com antibióticos ou outros medicamentos, se necessário.

  • Siga as instruções do médico:

Não interrompa o tratamento com antibiótico antes do tempo, mesmo que os sintomas melhorem, pois isso pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes.

  • Previna as doenças respiratórias:

Incentive a lavagem frequente das mãos, ensine as crianças a cobrirem a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evite locais com grande aglomeração de pessoas, principalmente durante os períodos de maior incidência de doenças.

  • Mantenha a carteira de vacinação do seu filho em dia:

As vacinas previnem diversas doenças, inclusive algumas que podem causar infecções graves e necessitar de tratamento com antibióticos.

Combater a resistência bacteriana é uma responsabilidade compartilhada entre pais, profissionais de saúde e a sociedade. 

Com esforços conjuntos, é possível garantir um tratamento eficaz contra infecções e preservar a saúde das gerações futuras.

Automedicação e importância dos cuidados pediátricos para os pequenos

A automedicação é o ato de utilizar medicamentos sem prescrição médica, podendo ser perigosa dependendo do medicamento e da doença.

Em crianças, os responsáveis frequentemente buscam alívio para sintomas como resfriados, gripe, dores e febres, utilizando analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos.

Mas, essa prática não é recomendada para ninguém: adultos e muito menos crianças.

Os perigos da automedicação em crianças incluem intoxicações, dificuldade de diagnóstico correto e mascaramento de sintomas importantes.

Essa prática pode levar a interações medicamentosas, intoxicações, associação incorreta entre sintomas e causas, e resistência bacteriana.

A conscientização sobre os perigos da automedicação e a orientação de um profissional de saúde são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar das crianças.

Os cuidados médicos devem ser feitos desde os primeiros dias, incluindo consultas regulares, avaliação de crescimento e desenvolvimento, vacinação, alimentação, cuidados de higiene, sono, desenvolvimento emocional, prevenção e tratamento de doenças, educação aos pais e acompanhamento a longo prazo.

Para proporcionar um crescimento seguro, é essencial o acompanhamento contínuo com o pediatra, permitindo que o bebê seja monitorado ao longo do seu crescimento e sendo possível prevenir e detectar doenças precocemente, além de oferecer orientações sobre nutrição e hábitos saudáveis, acompanhar marcos de desenvolvimento, criar um histórico médico, fornecer suporte emocional e construir um relacionamento de confiança.

Escolher um pediatra de confiança é crucial para garantir o cuidado adequado da criança, considerando a abordagem e filosofia de tratamento do profissional.

Desta forma, não será necessário optar pela automedicação, pois o pediatra em questão conhecerá a criança e saberá qual melhor abordagem para o tratamento.

Encontre profissionais qualificados na Clínica da Criança e do Adolescente e ofereça ao seu filho um crescimento seguro e protegido.

Vício em telas na infância.

Hoje vamos falar um pouco sobre neurociência, para que você entenda a importância do controle do uso de telas na infância e em outros momentos da vida também.

Os primeiros seis anos de vida, também conhecidos como a primeira infância, são fortemente marcados  pela capacidade de aprendizado e desenvolvimento. É o período em que o cérebro possui a maior plasticidade, ou seja, quando aprende mais rápido e com menos esforço. Então, brincar, explorar, testar, socializar e muitos hábitos rotineiros são verdadeiros momentos de aprendizado.

No entanto, outra característica do cérebro nesse período é a sua imaturidade. A criança ainda não tem capacidade de julgar de forma ampla as situações, ela costuma acreditar nas coisas de forma literal, por exemplo: Se ela comete um erro e escuta alguém dizer – ah, que criança feia! – ela entende que ela é feia e não que a situação gerada não deveria ter acontecido.

Antes de iniciarmos o aspecto do vício, ainda é importante entender que o cérebro, em qualquer idade, sempre vai preferir os caminhos que ele já conhece e que geram prazer. Apesar do enorme potencial, ele é “preguiçoso”, por isso mesmo quando temos a intenção de mudar um hábito, a concretização do ato pode ser muito difícil, simplesmente porque o nosso cérebro vai nos guiar por onde é familiar e não em busca de caminhos que ele vai ter que trabalhar.

Explicadas essas três características, acompanhe comigo. O vício é um hábito que produz um prazer muito grande ao nosso cérebro, de forma que ele se torna obcecado em querer mais daquilo. O vício pode ter aspectos que afetam a saúde de uma forma mais direta, como um vício em algo químico, ou pode ter aspectos que afetam de forma branda, mas que ao se intensificar pode gerar uma disfunção que cause danos ao indivíduo.

Quando a criança é exposta aos tipos de vídeos atuais, que são cheios de gatilhos para prender a atenção dela, ela praticamente desliga a capacidade de aprendizado cerebral, focando toda a sua atenção visual para a tela. O cérebro imaturo ama todo aquele conteúdo e quer sempre mais, até porque é algo que não lhe exige esforço e ainda causa uma sensação de anestesia. Já viu que a criança na frente da tela não reclama, não chora, quase esquece até de comer? Essa sensação de “curtir” somada a alienação do mundo real provoca facilmente o vício em telas.

Talvez você pense que seria mais um hábito, uma vez que não provoca uma disfunção, será? Crianças que passam muito tempo em frente às telas perdem aquele tempo sem desenvolver a capacidade plástica do seu cérebro, ou seja, elas não exploram, elas não tentam, apenas absorvem, o que a depender do conteúdo pode até ensinar algo válido para ela, mas que não se compara a usar todos os sentidos (visão, tato, audição, olfato e o paladar) como em brincadeiras.

Muitos estudos estão sendo realizados no mapeamento dos impactos das telas na rotina das família e alguns aspectos como: aumento do sedentarismo, crianças e jovens mais obesos, aumento de casos de miopia no público infantil, desregulação das emoções e aumento da ansiedade, sensação de solidão e dificuldades na rotina do sono.

Cuidar da saúde mental é cuidar do cérebro e das emoções. Então, apesar das telas serem uma realidade em quase todos os lares, é preciso supervisão e controle. O vício após instaurado é difícil de ser revertido, mas também não é impossível. Busque oferecer atividades que estimulem a criança de forma completa, estabeleça um tempo de tela e o tipo de conteúdo mais apropriado.

Aqui na Clínica da Criança e do Adolescente somos preocupados com o desenvolvimento global. Por isso além da nossa equipe de médicos pediatras com diferentes especialidades, ainda contamos com um quadro multidisciplinar com psicóloga, fonoaudióloga e neuropsicopedagoga, todos prontos para cuidar da sua família da melhor forma.

Conviver com telas e computadores é inevitável e natural. Mas é importante evitar os excessos e estimular o convívio entre as pessoas. Porque essa, sim, é a nossa verdadeira natureza.

“Não sois máquinas, homens é que sois” (Charles Chaplin – “Tempos Modernos”)

Mamãe, meu coleguinha é uma criança diferente

por Clínica da Criança e do Adolescente
04/03/2024

Diversidade e integração são as palavras da hora, e esse processo de inclusão começa em casa. Os pais precisam conversar com os seus filhos sobre as questões que eles vivenciam de forma clara e carinhosa. Para que isso seja feito de um jeito leve é importante que os adultos também busquem o conhecimento necessário, seja pesquisando  por meios próprios, buscando orientação junto à escola ou até conversando com os pais da criança atípica.

Apesar de normalmente o foco seja falar sobre as limitações, o mais importante é entender as suas habilidades. Se o seu filho convive com uma criança atípica, é importante falar sobre paciência, em respeitar o tempo do colega e a observar as coisas pelas quais a criança possui interesse. Esses ensinamentos valem para todas as demais crianças da sala e  motivam o desenvolvimento de diversas habilidades fundamentais para o aproveitamento escolar.

Evite falar que a criança tem um “problema”.  As crianças atípicas possuem um padrão diferente de interpretação da realidade, e ao se abrir para compreender o mundo pelo olhar delas seu filho pode abrir diversas portas internas que irão trazer novas experiências e aprendizado .

Existem diversos tipos de crianças atípicas, então aguce a sua curiosidade e vá atrás de informação, para poder criar um ambiente interessante e acolhedor para o seu filho e os demais colegas de sala.

Quando o seu filho lhe trouxer perguntas sobre o comportamento de uma tal criança  evite responder resumidamente o que você sabe (por exemplo: “ele tem Síndrome de Down” ou qualquer outro tipo de diagnóstico).  Faça perguntas junto com ele: e ele é legal? Você sabe se ele gosta de música? O que ele gosta de comer ou de fazer? Você já perguntou a ele se você pode ajudá-lo em alguma atividade específica? Dessa forma você vai inserir a vivência da diversidade entre as pessoas de uma forma natural para o seu filho.

Pode ser que crianças menores demorem um pouco para perceber que existe uma criança atípica, e mesmo sintam ciúmes porque elas recebem mais atenção. “Por que a tia a ajuda em tudo? Por que ela pode fazer a tarefa de um jeito diferente?” … nesses casos, você precisa apresentar ao seu filho o princípio básico da igualdade: tratar desigualmente aos desiguais.  E explicar que aquele coleguinha diferente às vezes não consegue realizar as tarefas sozinho , daí a necessidade da ajuda que o seu filho não requer. Mas cuidado aqui! Não condene o seu filho por também querer atenção, é natural. Apenas enfatize o trabalho importante que a professora realiza e diga a ele que ela está sempre atenta ao desenvolvimento dele também, só que ele já se vira melhor sozinho, daí não necessitar de tanto auxílio para realizar  as tarefas interessantes e desafiadoras que a tia lhe demanda. .

Por fim, para que a inclusão aconteça de forma verdadeira é preciso o empenho de todos: escola, crianças e pais, além dos aspectos mais amplos, que tangem às politicas públicas que favoreçam o desenvolvimento de todas as crianças atípicas de forma ampla, com acesso a serviços de saúde, acessibilidade e tantos outros recursos importantes para o nosso desenvolvimento enquanto sociedade.

Seu filho é uma criança atípica? Venha nos conhecer. Aqui a nossa tríade de psicologia, fonoaudiologia e neuropsicopedagogia está sempre unida nesse grande movimento de integração e inclusão!