Quem é vivo sempre aparece

Por Dr. Dorian Domingues

O preço da liberdade é a eterna vigilância, diz o antigo ditado. E olhem só como ele continua atual. Quando bem acreditávamos ter superado um velho inimigo, aí está ele de novo: a febre amarela voltou! Depois de muitos anos de controle da doença, agora nos deparamos com a sua volta. E temos que nos preparar para enfrentá-la novamente.

O vírus da febre amarela é um velho conhecido dos brasileiros. Um país tropical, quente, chuvoso como o Brasil é um lar perfeito para seus principais transmissores: mosquitos que se alimentam de sangue. Tanto é que, no final do século XIX e começo do século XX, alada nos mesmos Aedes aegypti de hoje, a febre amarela urbana causava epidemias devastadoras por aqui, principalmente na maior metrópole do país: a então maravilhosa cidade do Rio de Janeiro. As epidemias matavam aos milhares, e a coisa ficou tão feia que os navios estrangeiros pararam de atracar por aqui, adicionando ao caos geral da saúde um toque de crise econômica. Um cenário catastrófico.

Quando tudo parecia perdido, a solução: a descoberta da vacina e uma enérgica campanha de vacinação maciça comandada por Oswaldo Cruz, que reverteu a situação e que, transformada em ação permanente de imunização, conseguiu manter a doença sob controle por décadas nos centros urbanos.

Entretanto, nas regiões silvestres e rurais, o vírus continuou seu ciclo natural, em seus hospedeiros selvagens: os macacos e os mosquitos silvestres (dos tipos Haemagogus e Sabethes). Quem se aventurava por essas regiões, que sempre foram reservatórios naturais do vírus, estava sujeito à doença. Essa é a forma silvestre da febre amarela. Com nossas fronteiras urbanas se expandindo sempre contra essas regiões, o vírus está voltando à periferia das nossas cidades. E está gostando do que vê: muita água empoçada, muita gente. E muitos, muitos Aedes!

Ah, saudade não tem idade… O fantasma da velha vilã está de volta: a febre amarela urbana. Extinta de nosso cenário desde 1942, pode reaparecer no mesmo contexto favorável que impulsiona as epidemias de zika, dengue e chikungunya. Bem próximo aos nossos perímetros urbanos, esses vírus já estão se sentindo em casa: todo dia são registrados novos casos suspeitos aqui e ali, formando um cinturão de focos cada vez mais ameaçador.

Recentemente em nossa região foram 85 notificações de dengue, com 23 casos confirmados. A chikungunya teve 18 notificações, com três confirmações. Já a zika apresentou seis notificações, com um caso confirmado. Isso não quer dizer que essas doenças são sempre mortíferas. Mas ninguém precisa passar por isso.

A febre amarela tem maior mortalidade e é muuuuito pior que a dengue, mas em muita coisa as duas se parecem: febre alta de início súbito, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular e generalizada, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Qualquer pessoa com esses sintomas deve comparecer a uma consulta médica. Depois disso, a maioria dos infectados se recupera bem e, no caso da febre amarela, adquire imunização permanente contra a doença.

Contudo, há aqueles que, após um breve período de melhora, evoluem para as formas graves, com sérios problemas renais e hepáticos (daí a icterícia, com coloração amarelada dos olhos e pele, que dá o nome à febre amarela) e de coagulação, com risco de hemorragias (sangramentos), que atinge ambas. E ambas podem ser fatais.

Você pode tentar se proteger usando repelentes, telas, inseticidas e roupas longas. Mas a única forma de prevenção realmente efetiva contra as doenças são as vacinas. É muito importante que você sempre procure a orientação do seu médico/pediatra sobre como deve ser o seu calendário vacinal, ou o do seu filho. Não só em relação a essas, mas a todas as outras doenças preveníveis por vacinas: meningites, HPV, hepatites etc.

Prevenir as doenças é sempre melhor que tratá-las. Converse com seu médico sobre as várias vacinas disponíveis, exponha suas dúvidas sobre a eficácia vacinal (que é alta) e as reações (que são poucas), sobre seus medos.

A Imunovida dispõe das vacinas que você precisa para não andar por aí sem proteção, inclusive para adultos. Além da febre amarela, várias outras velhas doenças (meningites, sarampo…) estão de volta. E saudade não tem idade!

A minha Meningite é melhor que a sua

Por Dr. Dorian Domingues

“Só sei que nada sei”, dizia Sócrates. A frase, que se assemelha à mais completa descrição de ignorância, é de profunda sabedoria. Ao declarar-se aparentemente desprovido de conhecimento, o filósofo adentrava de vez o restrito círculo dos gênios que nunca são esquecidos. Ou seja: ao querer menos para si, recebeu mais. Sócrates não contava vantagem.

No mundo moderno, muitas vezes nos esquecemos dessa regra e desejamos ter sempre mais. O carro mais rápido, mais novo, motor turbo. O salário mais alto. O corpo mais forte. A doença mais… não, não, não, isso não! Quando o assunto é doença, o raciocínio se inverte. Como sempre lembra o chef Henrique Fogaça: “menos é mais”.

Quando o assunto é doença, todo mundo quer ter menos. Micose. Unha encravada. Rinite. Cólica menstrual. Miopia. Intolerância à lactose, vá lá (mas pode comer um queijo escondido, uai!). Ninguém quer ter mais que isso. Ninguém quer ser hipertenso. Nem diabético. Nem ter patologias reumáticas. Só que essas doenças, em grande parte das vezes, são inevitáveis. Você já nasce com os genes, são hereditárias. É claro que você pode modificar um pouco a situação, se viver uma vida saudável e tomar cuidados. Mas é impossível se precaver 100%. Afinal, são doenças genéticas. E isso é imutável.

Outra doença que ninguém, mas ninguém mesmo quer ter, é meningite. Poucas palavras despertam tanto terror (medo seria pouco) quanto essa. É só falar na danada e rapidamente se seguem gestos de mão no peito, suspiros, mão na boca. Palavras de espanto. Nomes de santos, pequenos palavrões. São atos instintivos, que nos acompanham desde muito antes de Sócrates (e olha que ele é antigo). E não é sem razão: meningite sempre foi – e continua sendo – uma doença muito, mas muito grave mesmo. Antes da descoberta dos antibióticos, era inevitavelmente fatal. Mas, afinal, o que é uma meningite, e por que é tão temida?

“O todo sem a parte não é todo, a parte sem o todo não é parte” (Gregório de Matos, poeta barroco).

A meningite é a inflamação das meninges, que são membranas que cobrem o cérebro, provocada por bactérias (geralmente meningococos e pneumococos). Para ilustrar melhor, é como se fosse um filme plástico de PVC envolvendo um pedaço de carne, com um pouco da água da carne junto. Agora, suponha que esse líquido (chamado líquor) vá progressivamente se transformando em pus. Imagine isso acontecendo em torno do cérebro, o principal órgão do corpo, o maestro de toda a orquestra, que comanda todos os outros!

A doença começa de repente. A criança (ou adulto – a doença é democrática) começa a ter febre alta, cefaleia (dor de cabeça), vômitos incontroláveis, em jato. O pescoço fica duro. Ocorrem convulsões, e o doente vai entrando em um coma progressivo e, se não tratado, fatal. E, com o cérebro morrendo, tudo vai parando de funcionar: o sistema respiratório, o fígado, os rins. A pressão cai, o coração vai fraquejando. Até a coagulação do sangue é afetada, e ocorrem hemorragias. O tratamento tem que ser iniciado muito, muito rápido, com medicações fortes e isolamento, geralmente em UTIs, mas mesmo assim a taxa de mortalidade é alta, até em hospitais bem equipados e com equipes competentes. E a porcentagem de sequelas (principalmente surdez, estrabismo e deficiências na cognição/ aprendizagem) nos sobreviventes é alta.

Para os profissionais, a meningite é um desafio. Para o paciente, um pesadelo. Um agravante: os familiares e contatos mais próximos são contaminados, e há alto risco de doença. A gota d’água? Mesmo os que não desenvolverem meningite e estiverem totalmente assintomáticos hospedam a bactéria na garganta e transmitem o micróbio. E é por isso que, às vezes, ocorrem epidemias. Notícia ruim anda rápido.

Ufa, que texto pesado, vamos mudar de tom! Para quem está com saudades de falar sobre hipertensão e diabetes, uma boa nova: ao contrário dessas doenças que são um fardo hereditário, a meningite não o é! Existem vacinas que podem proteger seu(a) filho(a) – e você também!

Existem hoje vacinas contra 05 (cinco) tipos de meningococos e 13 (treze) tipos de pneumococos. O calendário vacinal do SUS não engloba todos eles (apenas 01 tipo de meningococo e 10 de pneumococos). Os outros ficam de fora. Mas você pode – e deve, aos olhos da OMS – complementar a sua vacinação e a do seu filho(a) em clinicas privadas . E ficar muito mais seguro.

Sócrates e o chef Fogaça estavam certos: nesse tipo de assunto, menos é mais. Quando se trata de doenças, não é bom discutir quem tem Ferrari ou quem tem Fusquinha. Afinal…. a minha meningite é melhor que a sua?

A Imunovida dispõe das vacinas que protegem contra todas essas meningites, e também de muitas outras, para todas as idades. Venha para a Imunovida. A nossa vocação é proteger as pessoas.

Vacina particular é igual à do posto de saúde?

“VACINA É TUDO IGUAL!”

                                                                                                   Por Dr. Dorian Domingues.

Não parece, mas há diferenças importantes  entre vacinas ofertadas pelo SUS e pelas clínicas particulares de vacinação. Há vacinas que são indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) e que não são fornecidas pelo sistema público, ou apresentam diferenças de qualidade em relação às disponíveis nas clínicas privadas. Assim como os automóveis, cosméticos, eletrodomésticos  ou os celulares, as vacinas têm modelos e fabricantes diferentes, ou seja, marcas diferentes não são iguais entre si. Vamos ver algumas dessas diferenças.

1. VACINA CONTRA ROTAVÍRUS:

A diferença é quantitativa: a vacina disponível na rede pública tem apenas um tipo de rotavírus, contra cinco na versão comercializada pala Imunovida™ (ROTATEQ™), que é mais completa, e protege mais.

2. VACINAS PENTAVALENTE E PÓLIO INJETÁVEL

Nesse caso, a diferença não é na quantidade, mas no tipo de componentes. Na versão de células inteiras (oferecida pelo SUS) há um componente da bactéria da coqueluche que provoca reações frequentes e muitas vezes graves. Na versão acelular (INFANRIX™)  oferecida pela Imunovida esse componente é retirado e raramente ocorrem reações, geralmente leves. Além disso, a versão acelular já tem a vacina contra pólio incluída, isso é, tudo na mesma aplicação. No caso da versão de células inteiras, a vacina contra poliomielite é feita à parte — ou seja, outra injeção.

Concluindo: a vacina acelular, além de bem mais segura, também é muito mais prática e indolor. Quando se fala em injeções, menos é mais.

3. VACINA PNEUMOCÓCICA

Os pneumococos são os principais causadores das infecções respiratórias. As  vacinas pneumocócicas  protegem  principalmente contra as formas mais graves de infecções por essas bactérias (pneumonias, septicemia e meningites pneumocócicas). Nesse caso, quanto mais sorotipos de pneumococos incluídos na vacina, melhor.

Aqui a diferença novamente é na quantidade de componentes – e no número de doses. A pneumocócica da rede pública (SINFLORIX™) tem apenas 10 sorotipos, enquanto na Imunovida temos vacinas com 13 sorotipos  (PREVENAR-13™)  e a moderníssima pneumocócica 15-valente, com 15  sorotipos (VAXNEUVANCE™). Ou seja: muito mais proteção.

Além disso, o SUS só aplica a vacina aos 02, 04 e 12 meses, enquanto a OMS, SBP e SBIm recomendam uma dose adicional aos 06 meses de idade   E mais:  o SUS só aplica a vacina até os dois anos de idade – e na rede privada não há essa limitação.

Outra dica: mesmo quem já tomou a vacina do SUS pode tomar também essas vacinas mais completas e ficar mais protegido.  Proteção 1.0, 1.3 ou 1.5? Você decide o melhor para a sua família!

4. VACINA MENINGOCÓCICA

Assim como os vírus das hepatites ou da gripe são designados por letras, os sorotipos de meningococos também o são: A, B, C, etc, mas aqui isso não influencia na gravidade da doença.  Não existe meningite branda ou melhor que a outra, e a vacina contra um tipo não imuniza contra o outro.  E, lembrando: mesmo quem já teve meningite não fica imune — só a vacina confere imunidade.

Na rede pública está disponível para os bebês apenas a vacina contra  o meningococo tipo C. Mas na Imunovida existem vacinas  contra  os tipos ACWY (NIMENRIX™, MENVEO™) e tipo B (BEXSERO™), todas elas indicadas pela OMS, SBP e SBIm. São recomendadas a partir dos três meses de vida e o número de doses varia conforme a idade do bebê. Não há limite superior de idade. Novamente, mais é melhor.

O SUS disponibilza a vacina ACWY para adolescentes a partir de 11 anos. Mas aí se passa uma década inteira andando no sereno

5. VACINA CONTRA VARICELA

São necessárias 02 doses para a imunização completa. O SUS fornece a primeira dose aos 15 meses (junto com a vacina triviral) e a segunda  aos 4 anos de idade. E nesses 3 anos de intervalo muitas crianças desenvolvem a doença.

Na Imunovida  a proteção começa mais cedo: a primeira  dose aos 12 e a segunda aos 15 meses. e game over. Mas você pode iniciar a proteção de seu filho ainda mais cedo, aos nove meses (nesse caso, são necessárias 03 doses). E, lembrando: varicela / catapora é mais frequente na primavera e verão.

3 anos ou 3 meses de espera? Aqui, novamente, menos é mais!

E, muito importante: quem nunca teve varicela ou nunca foi vacinado pode (e deve) iniciar sua proteção em qualquer idade. Adultos têm formas graves de varicela e quanto maior a idade, maior a gravidade da doença.

6. VACINA CONTRA HEPATITE A

A vacina disponível na rede pública é igual à da privada. O SUS só aplica 01 dose da vacina, mas a OMS, SBP E SBIm indicam um reforço após 6 meses. E outra coisa: quem nasceu antes de 2014 não recebeu nenhuma dose

Essas são algumas dicas sobre vacinação dos bebês, mas adolescentes e adultos que nunca foram vacinados também precisam receber essas vacinas ou fazer doses periódicas de reforço. Afinal, a idade não imuniza as pessoas, só as vacinas o fazem. E doenças de crianças em adultos são sempre mais graves.

Tem dúvidas sobre vacinas? Venha nos conhecer! Somos a maior clínica de pediatria e vacinas de Juiz de Fora e região. E a nossa vocação é proteger as pessoas.

Imunovida – Clínica de Vacinas da Clínica da Criança e do Adolescente
(32) 4009-4808

AMBLIOPIA: Já ouviu falar? Saiba como prevenir esse problema

A ambliopia ou “olho preguiçoso” é um problema mais comum do que se imagina; para se ter uma ideia, é a principal causa de baixa visão em crianças, sendo mais frequente do que todas as outras causas juntas. Afeta de 3 a 5% da população.

Trata-se de baixa visual uni ou bilateral sem lesão orgânica aparente do globo ocular e acomete exclusivamente crianças; se não tratada ainda na infância, é motivo de baixa visão permanente. Além da acuidade visual propriamente dita, outras funções visuais são também afetadas, como a sensibilidade ao contraste e a estereopsia (visão tridimensional).

A ambliopia pode se desenvolver devido a estrabismo, erros de refração (“grau”) ou quando alguma lesão atrapalha a entrada da luz no olho (catarata, opacidades da córnea, ptose – “pálpebra caída”). Em alguns casos mais de um fator está presente.

A ambliopia estrabísmica é aquela que se desenvolve quando os olhos não estão alinhados. Como o cérebro não é capaz de processar a informação proveniente dos dois olhos ao mesmo tempo (o que causaria visão dupla), ele “desliga” o olho desviado, causando, com o tempo, baixa visão desse olho por falta de desenvolvimento adequado das vias visuais.

A ambliopia refracional instala-se quando a criança tem uma grande diferença de grau entre os olhos ou há grau muito alto nos dois olhos (geralmente hipermetropia ou astigmatismo).

Devemos ter muito cuidado com a ambliopia refracional, que pode ser considerada a mais “perigosa”, já que geralmente a criança não apresenta sinais de que algo está errado e assim o problema passa despercebido tanto para a família quanto para o Pediatra. Dessa forma, o diagnóstico muitas vezes é tardio. Para evitar que isso aconteça, é necessário que se faça a medida da acuidade visual e o exame de refração (verificação do grau) por um oftalmologista.

E como é feito o tratamento? Depende do tipo de ambliopia, mas na maioria das vezes é indicada a oclusão. O objetivo é tampar o olho “bom” da criança e forçá-la a usar o olho amblíope, dessa forma impedindo o cérebro de “desligá-lo” por muito tempo. O período durante o qual a oclusão deve ser feita é indicado pelo oftalmologista, considerando o grau de perda visual e a idade da criança. E o seguimento deve ser feito de perto, pois excesso de oclusão pode causar ambliopia do olho bom.

Em alguns casos pode ser indicada cirurgia de estrabismo, catarata ou ptose; porém, a cirurgia não cura por si só a ambliopia e ainda pode ser necessária a oclusão. Nos quadros de ambliopia refracional, o uso de óculos ou lente de contato é a chave do tratamento, mas frequentemente é preciso associar a oclusão.

Existem outras formas de tratamento além do oclusivo, como colírio ou medicação sistêmica; no entanto, as indicações são mais restritas e devem ser avaliadas individualmente.

Não existe um limite bem definido de idade para o tratamento, mas as chances de sucesso são maiores quanto menor a criança. Quando não se observa melhora alguma mesmo seguindo à risca as orientações do oftalmologista, deve-se fazer acompanhamento periódico mesmo que a decisão seja de suspender o tratamento. Nesses casos devem ser tomadas medidas para proteção do olho sadio porque sabe-se que em amblíopes existe um maior risco de trauma e perda da visão do olho bom.

O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais e a principal arma contra a baixa visão causada por ambliopia. Toda criança deve ser avaliada por um oftalmologista ainda no primeiro ano de vida e seguir fazendo acompanhamentos periódicos de acordo com as recomendações do especialista. Também em relação à saúde ocular, prevenir é o melhor remédio!

 

Referências:

  1. American Association for Pediatric Ophthalmology and Strabismus. www.aapos.org/terms/conditions/21
  2. Salata et al. Terapia oclusiva em ambliopia: fatores prognósticos. Arq Bras Oftalmol 2001; 64:123-6