Sempre alerta!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

Em tempos de pandemia, fica mais evidente a diferença entre a Ciência e a política: a visível discrepância entre o que é sugerido pela OMS e o que é praticado pelo ministério da saúde de cada país.

A OMS é a referência mundial quando o assunto é Saúde, e a segue quem tem juízo (e um bom médico).  É uma conselheira que orienta, mas não é juiz, e não tem poder de apito. Os mais sensatos a apoiam, e a seguem.

Já a Política é um grande campeonato de futebol, em que cada um torce pelo seu time e se outorga o direito de se achar o melhor.

Como os micróbios não se importam com a Saúde, mas gostam de futebol (devido às aglomerações), a bola rola solta toda vez que ocorre um descolamento entre as duas variáveis.

A Covid-19 demonstrou de forma muito clara uma verdade antiga: Saúde e política nunca deveriam se misturar. A Saúde é Ciência, e a Política é efêmera, e sujeita a todos os vícios capitais: corrupção, interesses, inveja, ganância…

Se quiser ler um ótimo post sobre Vacinas x Covid, clique aqui!

O calendário vacinal é uma das pontas mais sensíveis desse descolamento. Infelizmente, também aqui cada país segue a orientação que quiser, e tem aquilo que escolhe e merece. Os países mais evoluídos disponibilizam mais vacinas. Infelizmente, não estamos nessa lista.

O calendário vacinal praticado pela Clínica da Criança e do Adolescente segue as orientações da OMS, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Não se convenceu? É igual aos dos países do Primeiro Mundo.

Prevenir é sempre melhor que remediar (alô! Primeira vez no blog? Veja aqui as nossas postagens anteriores).

O calendário vacinal da rede privada inclui muitas vacinas que o SUS não oferece. Acha que é bobagem? Então, tá…

Voltando ao futebol, temos que escalar nossos melhores  zagueiros sempre alertas na defesa. Depois que a bola cruza a linha da zaga, tudo piora, as reações são incontroláveis e o destino pode ser a penalidade máxima. Mantenha o cartão vacinal sempre em dia.

Ninguém sabe quando vai se deparar com uma doença . Mas quando a sua saúde estiver na marca do pênalti, não espere um apito salvador da OMS. Ela é uma conselheira, não  é juiz, lembra?

Não se deixe levar pelo Fla-Flu das convicções. A Ciência é uma só. E pronto, acabou. Acabou!

Se precisar, nos procure por aqui. Saúde & Ciência? É com a gente!

Fala que eu te escuto!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

Bem-vindos à mais nova revolução da saúde: a Telemedicina!

Devido à pandemia pela Covid-19, o CFM oficializou e regulamentou as práticas relacionadas ao atendimento médico à distância. E aqui se prezam a ética (há atendimentos que só são possíveis em consultas presenciais), a segurança e o sigilo de ambas as partes (com o adequado registro no prontuário eletrônico dos dados criptografados da consulta remota, garantido por termo de compromisso), uma prescrição digital válida (inclusive de medicamentos controlados, como antibióticos) e até a remuneração médica, com cobertura pelos principais convênios ou consultas particulares.

Tudo é muito novo e, como sempre, ficamos assustados no começo. Depois, (quase) todos se adaptam. Lembra-se do primeiro dia na escola?  Não, né rsrs… pois é, é  bem assim!

Pensando sempre à frente de seu tempo, a Clínica que um dia foi só da Criança começou sua trajetória pioneira há quase 24 anos. Só que aqui não dirigimos olhando pelo retrovisor. Na verdade, sempre estivemos de olho no Futuro.

Tradicionalmente inovadores,  disponibilizamos agora atendimento digital* (para orientações e prescrições) sem a sua exposição ao risco do deslocamento. Onde você estiver: na rua, na chuva, na fazenda…

O futuro no futuro é diferente, a gente dizia bem no começo. Sempre pensamos nisso. Nosso passado é uma roupa que ainda nos serve, mas… o futuro chegou, enfim !

Aqui, você escolhe. Se preferir consultas presenciais, ou se o caso do seu filho demandar exame físico, vem que tem: nosso ambiente interno é controlado e seguro. Quer atendimento médico digital à distância? Estamos aqui, ao alcance do seu clique.**

Clínica da Criança e do Adolescente & Imunovida. Sempre de olho no seu futuro. Ao Infinito, e além!

Teste do Pezinho: conheça melhor esse exame

Em razão do Dia Nacional do Teste do Pezinho – instituído pelo Ministério da Saúde em 06 de junho para chamar a atenção dos pais, responsáveis e profissionais de saúde sobre a sua importância – a Clínica da Criança e do Adolescente juntou um time de especialistas em saúde da criança para te explicar tudo o que você precisa saber.

O exame é oferecido gratuitamente a todas as crianças. A abrangência do teste varia desde a versão mais básica do SUS (capaz de detectar seis doenças genéticas ou congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase) às versões ampliadas e mais completas (onde novas triagens são incluídas: deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose, toxoplasmose congênita, HIV, etc – leia mais sobre essas diferenças no próximo texto).

Estas enfermidades são progressivas e, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem causar graves sequelas e até levar à morte.

Fontes: Ministério da Saúde e Revista Crescer.

Neste artigo nós convidamos nossos colaboradores para te explicar a importância das análises mais aprofundadas e como elas podem garantir que o seu filho tenha uma vida saudável.

Vamos lá?

Teste do Pezinho: realizamos do exame básico ao completo!

Por Ana Beatriz Cotta
Farmacêutica e Bioquímica Diretora do Neolab
Laboratório de Análises Clínicas

Existem seis diferentes tipos de Teste do Pezinho na rede particular. O exame básico detecta 12 doenças, o ampliado 30, o Plus 33, o Master 38, o Expandido 60 e o Completo mais de 100 tipos de possíveis anomalias. Nós, do Neolab, realizamos todas as variações do exame, que é bastante simples, mas de fundamental importância para os bebês.

Todos os Testes do Pezinho são realizados a partir de gotinhas de sangue colhidas em papel filtro especial. Elas podem ser retiradas do calcanhar do bebê ou através de punção venosa em casos específicos. A coleta, geralmente, ocorre através de uma única punção, rápida e quase indolor para o bebê. E tem mais: a nossa equipe é altamente especializada para realizar a Coleta Domiciliar com todo o conforto e praticidade.

O teste é realizado, comumente, a partir de 48h após o nascimento e até o 5º (quinto) dia de vida. Ele favorece a detecção precoce de diversas doenças possibilitando o tratamento específico, com diminuição ou eliminação de danos irreversíveis para o bebê.

O objetivo é realizar uma triagem neonatal para detectar se a criança é suspeita de ser portadora de algum problema. Um resultado positivo não significa que ela tenha a doença, indica apenas que existe a necessidade de continuar a investigação para excluir ou confirmar o diagnóstico.

Para maior tranquilidade, o Pediatra pode solicitar a complementação do teste de seu filho com a investigação de outras doenças não pesquisadas no teste básico.

Teste do Pezinho e Oftalmologia

Por Dra. Aline Brasileiro Pena
Médica oftalmologista da Clínica da Criança e do Adolescente

Diversas doenças sistêmicas podem afetar os olhos. Muitas vezes é através do exame oftalmológico que uma enfermidade é descoberta. Isso acontece porque há sinais oculares que aparecem antes dos outros sinais de que alguma coisa está errada. Um exemplo é a toxoplasmose congênita, em que lesões típicas podem ser vistas na retina de crianças afetadas pelo protozoário (que pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação).

Porém, nem sempre o oftalmologista vê a criança precocemente e o diagnóstico acaba acontecendo tardiamente, o que pode levar a um pior prognóstico visual devido à falta de tratamento precoce. Essa situação poderia ser evitada com a triagem neonatal da toxoplasmose congênita que, infelizmente, não é oferecida para todas as crianças brasileiras.

O contrário também é importante: diante de uma sorologia positiva no teste de triagem e confirmação diagnóstica de toxoplasmose congênita, é de fundamental importância que sejam feitos exames de fundo de olho seriados durante todo o primeiro ano de vida da criança. Além de seguimento com o oftalmologista pelo resto da vida, pelo risco de reativação das lesões retinianas. Nos casos em que alguma lesão ocular é detectada, a visão deve ser estimulada o mais precocemente possível para que essa criança tenha uma vida normal ou adapte-se da melhor maneira à sua deficiência visual.

Outras doenças pesquisadas no teste do pezinho também podem afetar os olhos como, por exemplo, a anemia falciforme – que pode provocar alteração dos vasos da retina – e também a fenilcetonúria, levando a despigmentação da íris (a parte colorida dos olhos).

Existem mais de 100 doenças metabólicas hereditárias, sendo que a metade delas pode afetar os olhos, acarretando em baixa visual que pode variar de leve a profunda. Entre estes distúrbios estão o estrabismo, altos graus de miopia, catarata, alterações da retina etc.

Referência: Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas

Teste do Pezinho e Nutrição

Por Fabiana Salgado
Nutricionista da Clínica da Criança e do Adolescente

Detectar as doenças precocemente é dar ao seu filho melhores condições de vida, incluindo de nutrição. Os cuidados com a alimentação em algumas patologias detectáveis pelo teste do pezinho são essenciais. É o caso da fenilcetonúria, da fibrose cística e da doença falciforme. Se na prevenção e tratamento de tantas doenças a alimentação já tem sua importância mais do que reconhecida, nestes casos ela tem lugar central para uma boa evolução.

É crucial o conhecimento das peculiaridades relativas à alimentação pelo paciente e sua família, obtido de fonte segura, profissional. As buscas na internet não são suficientes ou confiáveis para se desenhar com capricho um cardápio eficiente para as crianças que sofrem de algum desses distúrbios.

Na fenilcetonúria, o consumo de proteínas tem rígidas restrições. É o caso de leite e derivados, carnes vermelhas ou brancas, ovos e leguminosas. Porém o aleitamento materno mostra-se não apenas seguro, mas também fundamental para o bom desenvolvimento dos bebês fenilcetonúricos. Legal, né? As fórmulas, por outro lado, merecem cuidado especial e devem ser específicas para a doença.

Na fibrose cística, a má absorção de gorduras e algumas vitaminas pode levar à desnutrição. Os processos inflamatórios estão diretamente ligados ao consumo alimentar, que exerce fator protetivo, havendo necessidade não apenas de dieta hipercalórica, hiperproteica e hiperlipídica, mas também de suplementação das vitaminas A, D, E e K. 

Já na doença falciforme, o cuidado com o consumo de fontes de ferro é essencial. As necessidades calóricas são elevadas pela doença, mas não se deve confundi-la com as anemias – quando há baixa desse mineral.  Aqui o caso é o oposto: os níveis de ferro encontram-se de normais a elevados, e os excessos podem ser depositados nos órgãos, levando a graves desfechos. Assim, o controle rigoroso das taxas de ferro faz-se necessário.

Viram como a nutrição protagoniza os cuidados com a saúde? Nas doenças, então, ela pode ser uma das suas maiores aliadas. 

Na Clínica da Criança e do Adolescente o atendimento nutricional é especializado na saúde infantil, desde o aleitamento materno até a juventude. Agende a sua consulta com nossa nutricionista para um acompanhamento individualizado e cheio de carinho.

Teste do Pezinho e Pneumologia


Por Dr. Henrique Binato
Pediatra e Pneumologista Pediátrico
Mestre em Ciências da Saúde pela UFV

A fibrose cística foi a primeira das doenças triáveis pelo Teste do Pezinho a ser descrita numa Enciclopédia Médica. Como os pacientes têm muito cloreto (sal) no suor, os médicos da época observaram, mesmo sem saber como explicar: “As crianças que, beijadas na fronte, tiverem sabor salgado, são amaldiçoadas e morrerão cedo.” Daí a grande importância de um diagnóstico precoce.

A fibrose cística é uma doença genética, de transmissão familiar, grave e que ataca vários órgãos, em especial os pulmões e o pâncreas, levando a infecções repetidas, diarreia crônica e desnutrição. O teste feito é a dosagem do Tripsinogênio Imunorreativo (IRT), que é uma substância precursora de uma enzima produzida pelo pâncreas e que está elevada em bebês portadores de Fibrose Cística.

Quando houver alteração do IRT no teste do pezinho, o bebê deve repetir essa dosagem e realizar outros exames mais específicos (teste de cloretos no suor e análise genética) para a confirmação da doença. Se positiva, deve ser seguido de perto desde os primeiros meses pelo pediatra (com especial atenção às vacinas), pneumologista pediátrico (prevenção contra pneumonias e danos respiratórios) e nutricionista (indispensável para a manutenção da massa corporal e melhora da imunidade – comprometida nesses pacientes).

A doença não tem cura, mas pode ser bem controlada. E o acompanhamento precoce e multidisciplinar melhora (e muito) a qualidade e a expectativa média de vida desses pacientes.

#umafalhaeespalha!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

A Beleza mora nos detalhes, e as doenças também. Durante a pandemia da covid-19 estamos todos em risco.

O vírus é muito transmissível de pessoa a pessoa (gotículas transmitidas pela respiração) ou superfícies contaminadas (= quase tudo que você vê ao seu redor).

Pessoas saudáveis, inclusive crianças, podem transmitir o vírus. Daí a importância da prevenção.

A doença é grave, e ainda não tem cura nem tratamento.

Quer saber mais sobre a covid-19? São 5 passos fundamentais:

1) o isolamento;

2) entrar em casa;

3) dentro de casa;

4) saindo de casa

5) a máscara.

Se você chegou até aqui, já entendeu o  básico:

“Fique em  casa, lave as mãos, use máscaras, limpe os pés”, etc.

Mas… você sabe como fazer isso corretamente?

Se ligue nessa, siga o link e vem comigo:

#umafalhaeespalha

1 – O ISOLAMENTO

Bem-vindo ao primeiro tópico: o ISOLAMENTO

O isolamento ideal é o horizontal: só sai de casa quem é indispensável. Setores essenciais (como os profissionais de saúde e segurança, combustíveis) e consumo inadiável (como compras de alimentos, medicações e produtos de higiene e limpeza, pra citar alguns). E pacientes, é claro.

É a única estratégia reconhecida em todo o mundo. A OMS diz que teria que ser assim até o fim desse surto. Só que tem muita gente que não segue. Daí…

Passar o final de semana com os avós, visitar a vizinha ou aproveitar para brincar  com a priminha durante o “feriado” não são formas de isolamento, mas sim de “espalhamento” da covid-19.

Tudo bem, você não sabia, ou saiu de casa por qualquer motivo (profissional ou não). Xiii, e agora… como é que você entra em casa?

Antes de abrir a porta, vou te abrir os olhos. Abra aí!

#umafalhaeespalha

2 – QUERIDA CASA, CHEGUEI!

Beleza (inclusive você mesmo, se morar sozinho). Regra universal: tire o calçado ANTES de entrar. Se puder, deixe-o ao sol. A radiação UV ajuda (mas não confie exclusivamente nela) na descontaminação.

Entre descalço ou deixe um calçado de apoio junto à porta. Acha que acabou? Não, está começando!

1 – Tire toda a roupa imediatamente  e coloque-a preferencialmente no tanque ou já direto na máquina. Roupas sujas mantém o vírus;

2 – Deposite  objetos (chaves, cartões bancários, celulares, etc) num recipiente ou superfície previamente designados para posterior assepsia;

3 – Tome banho, e só depois cuide de si (barba, axilas, virilhas, maquiagem, unhas, etc);

4 – Volte três casinhas, limpe e esterilize  as  chaves, celulares e cartões bancários.

5 – Agora lave e esterilize novamente as mão.

Pronto!  Você está  limpinho(a) de novo.

Entrar e  sair de casa é cansativo, e muito trabalhoso! Qualquer pulinho do lado de fora e você tem que repetir todos esses passos. Poupe seu tempo: evite sair. Se o fizer, aproveite pra resolver todas as suas pendências de uma vez.

De qualquer forma, lembre-se sempre: lave  as mãos com frequência.

#umafalhaeespalha

3 – TÔ DENTRO!

Lar, doce lar, mas fique esperto! E diminua as possibilidades de falhas na prevenção.

Mesmo dentro de casa, mantenha rigorosa higiene pessoal e limpeza frequente de objetos (celulares, controle remoto, etc) ou superfícies (bancadas, teclados) frequentemente usados. Água & sabão, álcool líquido ou gel (70%) são ideais para isso. Para limpeza pesada, use água sanitária.

Como o presunto e o queijo não nascem dentro da geladeira e você precisa fazer compras, é necessário  que você higienize  TUDO que você comprar. Despreze todas as embalagens o mais breve possível, inclusive as sacolas plásticas dos mercados. Lave com detergente e descontamine com água sanitária (atenção: diluída!) os alimentos frescos.

Limpe com saponáceo e desinfete com frequência (com álcool e /ou água sanitária) tudo aquilo que for mais utilizado. Sejam maçanetas, torneiras, chinelos, panos de chão, etc.

Agora, finalmente, relaxe: você está seguro em casa!

#umafalhaeespalha

4 – TRIMMMM… HORA DE TRABALHAR!

Se você tiver (imperiosamente) que sair de casa, paciência: junte-se a nós, muita calma nessa hora, e com as adequadas medidas de proteção tudo vai dar certo.

Agora, é o contrário: é só se vestir adequadamente antes de abrir a porta, calçar  o sapato “de rua”  já  fora da casa e seguir equipado pra jornada.

E, lembre-se: colocou o nariz pra fora de casa? Máscara! Mas, lembrando: com o nariz dentro dela!

Frasquinho de bolso com álcool gel é sempre útil. Lenços descartáveis também. E lembre-se: evite TERMINANTEMENTE usar dinheiro vivo (cédulas, moedas). Pague TUDO que puder com aplicativos, débito automático, boleto digital, etc. Cash is trash.

#umafalhaeespalha

5 – A MÁSCARA

Pra quem ainda não entendeu, a doença se transmite principalmente por via aérea (gotículas da respiração) ou contaminação ambiental pela mesma (superfícies e objetos). Junto à lavagem das mãos, o uso da máscara é a medida mais efetiva na prevenção da infecção (= você não pegar) e da disseminação  (= você não transmitir) a COVID-19.

A máscara deve ser usada em todo ambiente externo ao lar, e sua durabilidade/tempo útil de vida varia em dependência do material (TNT ou tecido, N95, etc).

Já o uso incorreto da máscara (muito tempo, higienização,  manuseio inadequado), como o clássico “máscara suja debaixo do queixo” é um fator de risco. Nesse caso, a máscara se contamina e aumenta o risco de infecção.

Lavar as mãos, usar máscaras adequadamente e manter o isolamento reduzem MUITO o risco de infecção pelo coronavírus. O contrário também é verdadeiro, e aí a pandemia ganha força.

Entendeu?

6 – CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS…

Esse é um guia básico de prevenção em tempos de pandemia. Até a descoberta de um tratamento ou de uma vacina eficazes, ninguém sabe realmente o que vai nos acontecer. Quem é que vai nos proteger,   será que vamos conseguir vencer?

Isolamento e higiene são as palavras da hora. Os próximos meses ditarão as novas normas de convivência (e de sobrevivência).

Muitas novas informações vão surgir, e vamos  nos atualizando por aqui.

Fique vivo e vem comigo.

#umafalhaeespalha #dominguesdorian

Clínica da Criança e do Adolescente – JF

Cirurgia de Estrabismo: o que é e quando fazer

Também conhecido popularmente como vesgueira, o estrabismo é uma doença que afeta a função dos músculos oculares. Algumas pessoas apresentam, ainda bebês, um desvio nos olhos. A condição normalmente regride e aos poucos os órgãos alinham-se corretamente. Porém, quando isso não ocorre, vários tratamentos podem ser feitos, entre eles a cirurgia de estrabismo. 

Mas quando o procedimento cirúrgico é indicado? Quem pode fazer? Adulto pode ou não pode? As crianças também precisam passar por ela? É o que vamos te contar neste artigo.  

Preparado? Então vamos lá. 

O que é e o que causa o estrabismo?

Como falamos no artigo Estrabismo: conheça mais sobre a doença, a disfunção pode surgir no nascimento e tem como principal causa os problemas genéticos. Quando a doença aparece no decorrer dos anos, ela pode ter vários fatores. Entre eles podemos destacar:

  • Diabetes;
  • Doenças neurológicas;
  • Traumatismos na cabeça;
  • Grau elevado de hipermetropia. 

Além do desalinhamento dos olhos, algumas pessoas com estrabismo também apresentam diplopia. Comumente conhecida como visão dupla, essa alteração faz com que o indivíduo enxergue os objetos em dobro. Isso geralmente ocorre quando o desvio é adquirido em crianças mais velhas e adultos.

Nas crianças menores não ocorre diplopia porque o cérebro “desliga” o olho desviado a fim de evitar a visão dupla (a isso dá-se o nome de supressão). O problema é que a supressão impede que a visão se desenvolva corretamente, causando a ambliopia, popularmente conhecida como “olho preguiçoso”. 

Quando o estrabismo não regride espontaneamente ainda nos primeiros meses de vida,  alguns tratamentos podem auxiliar na correção dos olhos, entre eles o uso de óculos, lentes corretivas e tampões. Porém, há casos em que a cirurgia de estrabismo é recomendada. Mas em quais situações esta intervenção é necessária? Como é o procedimento e quais os riscos que ele oferece ao paciente? 

O que é e como funciona a cirurgia de estrabismo? 

A cirurgia de estrabismo é indicada em casos em que sabidamente o tratamento clínico (óculos e tampão) não funciona ou naqueles em o tratamento clínico melhora o desvio, mas não de maneira satisfatória.  O procedimento é realizado nos músculos extraoculares e o cirurgião Oftalmologista realiza uma pequena incisão para chegar até eles. Tudo é feito no tecido que cobre o olho e em momento algum o globo ocular é atingido ou retirado. 

Durante a cirurgia de estrabismo, os músculos dos olhos são afrouxados ou apertados, dependendo de cada caso. Com isso, os olhos são reposicionados e o estrabismo é corrigido. Em alguns casos, mesmo após a cirurgia, ainda pode ser necessário o uso de óculos ou tampão.

É importante que se faça a avaliação com o especialista o mais cedo possível, pois para determinados tipos de desvio o sucesso do alinhamento ocular a longo prazo é maior quanto mais cedo se opera; a cirurgia em si não traz melhora da visão, mas o realinhamento precoce dos olhos pode ajudar no tratamento da ambliopia (olho preguiçoso). Isso sem contar o ganho estético e para a autoestima da criança. Por outro lado, nem sempre a cirurgia precoce é o melhor tratamento; há casos em que é preferível postergar o procedimento até que a criança esteja um pouco maior. Por isso a avaliação e o acompanhamento do oftalmologista especializado são muito importantes desde cedo, para que não se perca a indicação cirúrgica no melhor momento possível.

Há ainda um mito que pacientes adultos que são estrábicos desde a infância não podem mais ser submetidos à cirurgia. Quase sempre eles podem sim (como tudo em Medicina, há exceções). Há estudos que comprovam a grande melhora da qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia de estrabismo, devido à melhora em distúrbios associados como baixa autoestima, depressão, dificuldade de relacionamento, isolamento social etc.

Como é a recuperação da cirurgia de estrabismo?

Apesar de ser um procedimento cirúrgico, a intervenção é rápida (podendo variar de 30 minutos a cerca de 01h30) e não necessita de internação (o procedimento é feito sob o regime de hospital-dia, ou seja, o paciente é operado e volta para casa no mesmo dia). A recuperação é relativamente rápida – variando, claro, de pessoa para pessoa – e é preciso interromper as atividades do dia a dia por pouco tempo. O resultado final da cirurgia de estrabismo pode ser observado depois de aproximadamente 6 semanas. Além disso, é necessário o uso de colírio no pós-operatório, prescrito pelo médico Oftalmologista. 

Como toda intervenção cirúrgica, a cirurgia de estrabismo tem os seus riscos, sendo que os mais graves, como infecções ou complicações relacionadas à anestesia são muito pouco frequentes. Dentre as complicações mais comuns podemos citar: dor nos olhos, vermelhidão, abrasão na córnea, formação de tecido cicatricial (incluindo cistos conjuntivais).

O mais importante quando falamos em estrabismo é o diagnóstico precoce. Por isso é essencial levar os bebês e crianças ao Oftalmologista pediátrico para avaliações de rotina. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores serão as chances de sucesso do tratamento.

Não perca tempo e marque a sua consulta ou do seu filho. 

Entre em contato com a Clínica da Criança e do Adolescente.

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(32) 4009-4800

Clínica da Criança e do Adolescente

Cuidando da saúde da sua família desde 1996.

O retorno do rei

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

CORONAVÍRUS

Se todo ano você já tem motivos pra se vacinar contra a gripe, em 2020 você tem um motivo a mais: a epidemia global pelo coronavírus.

“Ué, mas não existe vacina contra isso”, você diz – e, de fato, não há. Que papo estranho, né, achou confuso? Vem comigo, que no caminho eu explico!
O coronavírus provoca um quadro infeccioso que em muito se parece com a gripe (alô, leitor: gripe não é resfriado, veja aqui a diferença aqui).

Num resumo rápido: mal-estar geral, febre, prostração, náuseas / vômitos / desidratação, coriza, tosse, espirros, dor de garganta e em todo o corpo, tudo muito parecido com a gripe “comum” pelo tradicional vírus Influenza. Numa segunda fase, pode evoluir com falta de ar (= insuficiência respiratória) e alterações renais (insuficiência renal).

Até aqui, tudo bem. Mas… por que se vacinar contra a gripe, se o coronavírus não é evitável pela vacina?

Não se trata de prevenção, é claro. A resposta está na outra ponta do raciocínio: para facilitar o seu tratamento!

O fato de você estar devidamente vacinado contra a gripe facilita (e muuuuito!) o diagnóstico diferencial da doença pelo médico. Simples assim: uma pessoa devidamente vacinada contra gripe com sintomas de gripe provavelmente NÃO está com gripe, e POSSIVELMENTE está infectada com coronavírus, o que facilita demaaaaais o diagnóstico. Já sobre uma pessoa não-vacinada com o mesmo quadro, paira sempre a dúvida: será que ele é, será que ele é…

Separar o joio do trigo é um ditado que continua valendo.

Ainda que não haja tratamento específico para eliminar o vírus, o diagnóstico rápido é importante não só para diminuir a contaminação dos contactantes (especialmente os familiares mais íntimos) mas também para a detecção precoce dos sinais de piora, visando uma abordagem mais agressiva do tratamento de suporte.

A vacina contra gripe é indicada para TODAS AS PESSOAS acima de 06 meses de idade, salvo algumas contraindicações. O SUS fornece a vacina contra 3 tipos de vírus (os mais frequentes e famosos) e apenas a grupos de “risco”, determinados por uma seleção dele próprio.

A vacina da rede privada é mais completa e protege contra 04 tipos de vírus (os 03 do SUS e mais um, emergente) e é disponível (e indicada) pra todo mundo. Proteção a mais é sempre melhor. Afinal, ninguém nunca sabe quem vai bombar na próxima temporada …

Facilite a vida do seu amigo médico, tome a vacina e evite um diagnóstico errado ou tardio.

A sua Vida agradece.