A COVID, as vacinas e o novo normal.

(por Dr. Dorian Domingues)

Quando tudo isso começou, imaginávamos que iria durar só uns dois ou três meses, mas já se passou um semestre inteiro e nada da pandemia acabar. Então, já que o tempo não para e a COVID continua, vida que segue: bem-vindos ao Novo Normal!

O Novo Normal é uma festa estranha com gente esquisita. A gente não deve se agrupar, se encontrar, se tocar, porque é aí que o bicho pega. Já que vamos ter que conviver (prudentemente, sempre) com isso até que surja uma luz no fim do túnel (uma hora, ela chega!), temos que nos adaptar e retornar à rotina de cuidados com a saúde. E isso inclui as consultas de controle e as vacinas.

A pandemia mudou em seis meses o que várias guerras, a invenção dos antibióticos, a revolução sexual, os anticoncepcionais e a revolução agrícola demoraram (em conjunto) décadas para mudar: o nosso cotidiano.

A única medida ideal de prevenção seria o isolamento total (nos outros países, foi o que deu certo). Como por aqui essa hipótese já foi pro vinagre, resta a proteção individual. Fique ligado: distanciamento, máscaras e muita higiene obsessiva de tudo (atenção: as mãos contaminadas são grandes vetores da doença).


A PANDEMIA E AS VACINAS DE ROTINA

Durante o Novo Normal, é indispensável que as vacinas de rotina sejam mantidas. Manter o calendário vacinal habitual em dia é uma recomendação universal da OMS (e, aqui, nós seguimos essa cartilha).
Não atrase as vacinas (nem as consultas de controle) do seu filho. De todos os riscos que você pode correr ao sair de casa, esse com certeza é o que trará o melhor benefício.

Quando precisar de consultas e vacinas, fique tranquila. A Clínica da Criança e do Adolescente oferece um ambiente seguro para as consultas de controle e de pronto-atendimento com ambientes higienizados, amplo uso de EPis e mínimo risco de aglomerações.

E nossa divisão IMUNOVIDA tem vacinas melhores e mais potentes que a do SUS. Não sabia?

Ligue para nós e se informe mais sobre isso. Ou acesse o nosso blog: https://www.clinicadacrianca.com.br/vacina-particular-e-igual-a-do-posto-de-saude

Se precisar, conte sempre conosco. Aqui, estamos sempre de olho na sua saúde. Pra você nunca perder o controle.

O que é pneumonia?

(por Dr. Henrique Binato e Dr. Dorian Domingues)

Pneumonia é uma palavra que sempre causa impacto nas pessoas, mas … o que é isso, afinal?

A pneumonia é um processo infeccioso geralmente  provocado por vírus (da gripe, da covid-19, etc)  ou bactérias (principalmente o pneumococo, que provoca a maior parte dessas infecções) e  que causa a inflamação dos pulmões. E como isso acontece, enfim?

Os micróbios que provocam a pneumonia nos contaminam através de gotículas suspensas no ar  ou pelo toque das mãos sujas em nossa face (nariz, boca, etc). Exatamente como a covid. Logo…

Ponto básico 01: o ar é uma fonte de contaminação;

Ponto básico 02: as vias aéreas são a porta de entrada dos micróbios (daí a importância da máscara).

E como eles invadem os nossos pulmões? Segue o fluxo.

 A INVASÃO DO CONDOMÍNIO

A via aérea começa no nariz, avança pela garganta e termina lá nos alvéolos pulmonares, pequenos saquinhos onde se faz a efetiva Respiração (com R maiúsculo: a troca do gás carbônico “queimado” pelo nosso corpo pelo oxigênio que nos dá a vida). O alvéolo é o carburador do pulmão. E é aqui que a Coisa pega.

Imagine o pulmão como um grande condomínio autossustentável de unidades respiratórias (alvéolos) com portaria (nariz) e alguns vigias (anticorpos circulantes e algumas barreiras físicas), mas muitas  vias de acesso. Às vezes, não dá para controlar, não dá…. e rola uma invasão.

Uma vez burlada a vigilância, os micróbios se divertem.

Uns se desviam (otites), outros se perdem pelo caminho (sinusites, faringites, laringites e amigdalites), mas os mais determinados  chegam ao seu objetivo e dominam os alvéolos e seus arredores imediatos (os vizinhos de muro:  o tecido intersticial  e os  vasos sanguíneos e linfáticos), prejudicando a oxigenação. E é esse processo inflamatório que provoca todos os sintomas das pneumonias. Entendeu?

Eventualmente, os pneumococos ficam descontrolados e partem pro arrastão:  invadem a circulação sanguínea (septicemias) ou o sistema nervoso (meningites). Nesses casos, infelizmente, a morte é quase certa.

O principal sinal de alerta e gravidade das pneumonias é o aumento da frequência respiratória (taquipneia). Simples assim: se a oxigenação não é boa, a pessoa respira mais vezes. Além disso temos a tosse, a secreção (geralmente purulenta),  a dor torácica, a febre e a prostração (geralmente proporcionais à gravidade do caso). E a doença, se não tratada, pode ser fatal.

E COMO PREVENIR?

Se às vezes não dá para controlar, sempre dá pra planejar.

Medidas protetivas gerais são sempre indicadas: leite materno / boa nutrição, hidratação, cuidados ambientais (como o distanciamento social) e higiênicos (lavar as mãos) e controle das doenças de base (diabetes & alergias, asma, rinite, qualquer coisa que acumule catarro).  E, muito importante:  as vacinas contra gripe (H1N1) e pneumococos.

AS VACINAS

Existem vacinas contra a influenza (gripe / H1N1) e vacinas contra pneumococos. Ambas são disponíveis na rede pública e em clínicas privadas,  mas fique atento  a esses detalhes:

–  a vacina contra gripe da rede privada é tetravalente e mais potente que a do SUS (que tem apenas 03 vírus). Ela é indicada para todas as pessoas a partir dos 06 meses de idade, sem essa limitação de “grupo de risco”;

– a vacina contra pneumococos da rede privada também é mais completa, pois protege contra 13 tipos de pneumococos (a da rede pública só protege contra 10) . Além disso, na rede privada, o bebê recebe uma dose adicional que o SUS não faz.

Essa vacina (PREVENAR-13™) reduz em parte a incidência das formas leves (sinusites, otites, etc), e diminui drasticamente as formas graves de infecções por pneumococos (pneumonias, septicemias e meningites – que, enfim, é o que importa). É recomendada pela OMS e  praticada nos países do Primeiro Mundo para todas as  faixas etárias, a partir dos 02 meses de idade. Quanto mais proteção, melhor.

A Imunovida está sempre alerta e apta a te ajudar nessa tarefa de manter esses & os outros bichos bem longe da sua família. Aqui temos as vacinas mais modernas e completas, inclusive as que o SUS não fornece.

Mas, se o Bicho pegar, conte sempre com a Clínica da Criança e do Adolescente.

Clínica da Criança e do Adolescente & Imunovida. Parceria para toda vida.

Sempre alerta!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

Em tempos de pandemia, fica mais evidente a diferença entre a Ciência e a política: a visível discrepância entre o que é sugerido pela OMS e o que é praticado pelo ministério da saúde de cada país.

A OMS é a referência mundial quando o assunto é Saúde, e a segue quem tem juízo (e um bom médico).  É uma conselheira que orienta, mas não é juiz, e não tem poder de apito. Os mais sensatos a apoiam, e a seguem.

Já a Política é um grande campeonato de futebol, em que cada um torce pelo seu time e se outorga o direito de se achar o melhor.

Como os micróbios não se importam com a Saúde, mas gostam de futebol (devido às aglomerações), a bola rola solta toda vez que ocorre um descolamento entre as duas variáveis.

A Covid-19 demonstrou de forma muito clara uma verdade antiga: Saúde e política nunca deveriam se misturar. A Saúde é Ciência, e a Política é efêmera, e sujeita a todos os vícios capitais: corrupção, interesses, inveja, ganância…

Se quiser ler um ótimo post sobre Vacinas x Covid, clique aqui!

O calendário vacinal é uma das pontas mais sensíveis desse descolamento. Infelizmente, também aqui cada país segue a orientação que quiser, e tem aquilo que escolhe e merece. Os países mais evoluídos disponibilizam mais vacinas. Infelizmente, não estamos nessa lista.

O calendário vacinal praticado pela Clínica da Criança e do Adolescente segue as orientações da OMS, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Não se convenceu? É igual aos dos países do Primeiro Mundo.

Prevenir é sempre melhor que remediar (alô! Primeira vez no blog? Veja aqui as nossas postagens anteriores).

O calendário vacinal da rede privada inclui muitas vacinas que o SUS não oferece. Acha que é bobagem? Então, tá…

Voltando ao futebol, temos que escalar nossos melhores  zagueiros sempre alertas na defesa. Depois que a bola cruza a linha da zaga, tudo piora, as reações são incontroláveis e o destino pode ser a penalidade máxima. Mantenha o cartão vacinal sempre em dia.

Ninguém sabe quando vai se deparar com uma doença . Mas quando a sua saúde estiver na marca do pênalti, não espere um apito salvador da OMS. Ela é uma conselheira, não  é juiz, lembra?

Não se deixe levar pelo Fla-Flu das convicções. A Ciência é uma só. E pronto, acabou. Acabou!

Se precisar, nos procure por aqui. Saúde & Ciência? É com a gente!

Fala que eu te escuto!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

Bem-vindos à mais nova revolução da saúde: a Telemedicina!

Devido à pandemia pela Covid-19, o CFM oficializou e regulamentou as práticas relacionadas ao atendimento médico à distância. E aqui se prezam a ética (há atendimentos que só são possíveis em consultas presenciais), a segurança e o sigilo de ambas as partes (com o adequado registro no prontuário eletrônico dos dados criptografados da consulta remota, garantido por termo de compromisso), uma prescrição digital válida (inclusive de medicamentos controlados, como antibióticos) e até a remuneração médica, com cobertura pelos principais convênios ou consultas particulares.

Tudo é muito novo e, como sempre, ficamos assustados no começo. Depois, (quase) todos se adaptam. Lembra-se do primeiro dia na escola?  Não, né rsrs… pois é, é  bem assim!

Pensando sempre à frente de seu tempo, a Clínica que um dia foi só da Criança começou sua trajetória pioneira há quase 24 anos. Só que aqui não dirigimos olhando pelo retrovisor. Na verdade, sempre estivemos de olho no Futuro.

Tradicionalmente inovadores,  disponibilizamos agora atendimento digital* (para orientações e prescrições) sem a sua exposição ao risco do deslocamento. Onde você estiver: na rua, na chuva, na fazenda…

O futuro no futuro é diferente, a gente dizia bem no começo. Sempre pensamos nisso. Nosso passado é uma roupa que ainda nos serve, mas… o futuro chegou, enfim !

Aqui, você escolhe. Se preferir consultas presenciais, ou se o caso do seu filho demandar exame físico, vem que tem: nosso ambiente interno é controlado e seguro. Quer atendimento médico digital à distância? Estamos aqui, ao alcance do seu clique.**

Clínica da Criança e do Adolescente & Imunovida. Sempre de olho no seu futuro. Ao Infinito, e além!

Teste do Pezinho: conheça melhor esse exame

Em razão do Dia Nacional do Teste do Pezinho – instituído pelo Ministério da Saúde em 06 de junho para chamar a atenção dos pais, responsáveis e profissionais de saúde sobre a sua importância – a Clínica da Criança e do Adolescente juntou um time de especialistas em saúde da criança para te explicar tudo o que você precisa saber.

O exame é oferecido gratuitamente a todas as crianças. A abrangência do teste varia desde a versão mais básica do SUS (capaz de detectar seis doenças genéticas ou congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase) às versões ampliadas e mais completas (onde novas triagens são incluídas: deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose, toxoplasmose congênita, HIV, etc – leia mais sobre essas diferenças no próximo texto).

Estas enfermidades são progressivas e, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem causar graves sequelas e até levar à morte.

Fontes: Ministério da Saúde e Revista Crescer.

Neste artigo nós convidamos nossos colaboradores para te explicar a importância das análises mais aprofundadas e como elas podem garantir que o seu filho tenha uma vida saudável.

Vamos lá?

Teste do Pezinho: realizamos do exame básico ao completo!

Por Ana Beatriz Cotta
Farmacêutica e Bioquímica Diretora do Neolab
Laboratório de Análises Clínicas

Existem seis diferentes tipos de Teste do Pezinho na rede particular. O exame básico detecta 12 doenças, o ampliado 30, o Plus 33, o Master 38, o Expandido 60 e o Completo mais de 100 tipos de possíveis anomalias. Nós, do Neolab, realizamos todas as variações do exame, que é bastante simples, mas de fundamental importância para os bebês.

Todos os Testes do Pezinho são realizados a partir de gotinhas de sangue colhidas em papel filtro especial. Elas podem ser retiradas do calcanhar do bebê ou através de punção venosa em casos específicos. A coleta, geralmente, ocorre através de uma única punção, rápida e quase indolor para o bebê. E tem mais: a nossa equipe é altamente especializada para realizar a Coleta Domiciliar com todo o conforto e praticidade.

O teste é realizado, comumente, a partir de 48h após o nascimento e até o 5º (quinto) dia de vida. Ele favorece a detecção precoce de diversas doenças possibilitando o tratamento específico, com diminuição ou eliminação de danos irreversíveis para o bebê.

O objetivo é realizar uma triagem neonatal para detectar se a criança é suspeita de ser portadora de algum problema. Um resultado positivo não significa que ela tenha a doença, indica apenas que existe a necessidade de continuar a investigação para excluir ou confirmar o diagnóstico.

Para maior tranquilidade, o Pediatra pode solicitar a complementação do teste de seu filho com a investigação de outras doenças não pesquisadas no teste básico.

Teste do Pezinho e Oftalmologia

Por Dra. Aline Brasileiro Pena
Médica oftalmologista da Clínica da Criança e do Adolescente

Diversas doenças sistêmicas podem afetar os olhos. Muitas vezes é através do exame oftalmológico que uma enfermidade é descoberta. Isso acontece porque há sinais oculares que aparecem antes dos outros sinais de que alguma coisa está errada. Um exemplo é a toxoplasmose congênita, em que lesões típicas podem ser vistas na retina de crianças afetadas pelo protozoário (que pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação).

Porém, nem sempre o oftalmologista vê a criança precocemente e o diagnóstico acaba acontecendo tardiamente, o que pode levar a um pior prognóstico visual devido à falta de tratamento precoce. Essa situação poderia ser evitada com a triagem neonatal da toxoplasmose congênita que, infelizmente, não é oferecida para todas as crianças brasileiras.

O contrário também é importante: diante de uma sorologia positiva no teste de triagem e confirmação diagnóstica de toxoplasmose congênita, é de fundamental importância que sejam feitos exames de fundo de olho seriados durante todo o primeiro ano de vida da criança. Além de seguimento com o oftalmologista pelo resto da vida, pelo risco de reativação das lesões retinianas. Nos casos em que alguma lesão ocular é detectada, a visão deve ser estimulada o mais precocemente possível para que essa criança tenha uma vida normal ou adapte-se da melhor maneira à sua deficiência visual.

Outras doenças pesquisadas no teste do pezinho também podem afetar os olhos como, por exemplo, a anemia falciforme – que pode provocar alteração dos vasos da retina – e também a fenilcetonúria, levando a despigmentação da íris (a parte colorida dos olhos).

Existem mais de 100 doenças metabólicas hereditárias, sendo que a metade delas pode afetar os olhos, acarretando em baixa visual que pode variar de leve a profunda. Entre estes distúrbios estão o estrabismo, altos graus de miopia, catarata, alterações da retina etc.

Referência: Manifestações Oculares de Doenças Sistêmicas

Teste do Pezinho e Nutrição

Por Fabiana Salgado
Nutricionista da Clínica da Criança e do Adolescente

Detectar as doenças precocemente é dar ao seu filho melhores condições de vida, incluindo de nutrição. Os cuidados com a alimentação em algumas patologias detectáveis pelo teste do pezinho são essenciais. É o caso da fenilcetonúria, da fibrose cística e da doença falciforme. Se na prevenção e tratamento de tantas doenças a alimentação já tem sua importância mais do que reconhecida, nestes casos ela tem lugar central para uma boa evolução.

É crucial o conhecimento das peculiaridades relativas à alimentação pelo paciente e sua família, obtido de fonte segura, profissional. As buscas na internet não são suficientes ou confiáveis para se desenhar com capricho um cardápio eficiente para as crianças que sofrem de algum desses distúrbios.

Na fenilcetonúria, o consumo de proteínas tem rígidas restrições. É o caso de leite e derivados, carnes vermelhas ou brancas, ovos e leguminosas. Porém o aleitamento materno mostra-se não apenas seguro, mas também fundamental para o bom desenvolvimento dos bebês fenilcetonúricos. Legal, né? As fórmulas, por outro lado, merecem cuidado especial e devem ser específicas para a doença.

Na fibrose cística, a má absorção de gorduras e algumas vitaminas pode levar à desnutrição. Os processos inflamatórios estão diretamente ligados ao consumo alimentar, que exerce fator protetivo, havendo necessidade não apenas de dieta hipercalórica, hiperproteica e hiperlipídica, mas também de suplementação das vitaminas A, D, E e K. 

Já na doença falciforme, o cuidado com o consumo de fontes de ferro é essencial. As necessidades calóricas são elevadas pela doença, mas não se deve confundi-la com as anemias – quando há baixa desse mineral.  Aqui o caso é o oposto: os níveis de ferro encontram-se de normais a elevados, e os excessos podem ser depositados nos órgãos, levando a graves desfechos. Assim, o controle rigoroso das taxas de ferro faz-se necessário.

Viram como a nutrição protagoniza os cuidados com a saúde? Nas doenças, então, ela pode ser uma das suas maiores aliadas. 

Na Clínica da Criança e do Adolescente o atendimento nutricional é especializado na saúde infantil, desde o aleitamento materno até a juventude. Agende a sua consulta com nossa nutricionista para um acompanhamento individualizado e cheio de carinho.

Teste do Pezinho e Pneumologia


Por Dr. Henrique Binato
Pediatra e Pneumologista Pediátrico
Mestre em Ciências da Saúde pela UFV

A fibrose cística foi a primeira das doenças triáveis pelo Teste do Pezinho a ser descrita numa Enciclopédia Médica. Como os pacientes têm muito cloreto (sal) no suor, os médicos da época observaram, mesmo sem saber como explicar: “As crianças que, beijadas na fronte, tiverem sabor salgado, são amaldiçoadas e morrerão cedo.” Daí a grande importância de um diagnóstico precoce.

A fibrose cística é uma doença genética, de transmissão familiar, grave e que ataca vários órgãos, em especial os pulmões e o pâncreas, levando a infecções repetidas, diarreia crônica e desnutrição. O teste feito é a dosagem do Tripsinogênio Imunorreativo (IRT), que é uma substância precursora de uma enzima produzida pelo pâncreas e que está elevada em bebês portadores de Fibrose Cística.

Quando houver alteração do IRT no teste do pezinho, o bebê deve repetir essa dosagem e realizar outros exames mais específicos (teste de cloretos no suor e análise genética) para a confirmação da doença. Se positiva, deve ser seguido de perto desde os primeiros meses pelo pediatra (com especial atenção às vacinas), pneumologista pediátrico (prevenção contra pneumonias e danos respiratórios) e nutricionista (indispensável para a manutenção da massa corporal e melhora da imunidade – comprometida nesses pacientes).

A doença não tem cura, mas pode ser bem controlada. E o acompanhamento precoce e multidisciplinar melhora (e muito) a qualidade e a expectativa média de vida desses pacientes.

#umafalhaeespalha!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

A Beleza mora nos detalhes, e as doenças também. Durante a pandemia da covid-19 estamos todos em risco.

O vírus é muito transmissível de pessoa a pessoa (gotículas transmitidas pela respiração) ou superfícies contaminadas (= quase tudo que você vê ao seu redor).

Pessoas saudáveis, inclusive crianças, podem transmitir o vírus. Daí a importância da prevenção.

A doença é grave, e ainda não tem cura nem tratamento.

Quer saber mais sobre a covid-19? São 5 passos fundamentais:

1) o isolamento;

2) entrar em casa;

3) dentro de casa;

4) saindo de casa

5) a máscara.

Se você chegou até aqui, já entendeu o  básico:

“Fique em  casa, lave as mãos, use máscaras, limpe os pés”, etc.

Mas… você sabe como fazer isso corretamente?

Se ligue nessa, siga o link e vem comigo:

#umafalhaeespalha

1 – O ISOLAMENTO

Bem-vindo ao primeiro tópico: o ISOLAMENTO

O isolamento ideal é o horizontal: só sai de casa quem é indispensável. Setores essenciais (como os profissionais de saúde e segurança, combustíveis) e consumo inadiável (como compras de alimentos, medicações e produtos de higiene e limpeza, pra citar alguns). E pacientes, é claro.

É a única estratégia reconhecida em todo o mundo. A OMS diz que teria que ser assim até o fim desse surto. Só que tem muita gente que não segue. Daí…

Passar o final de semana com os avós, visitar a vizinha ou aproveitar para brincar  com a priminha durante o “feriado” não são formas de isolamento, mas sim de “espalhamento” da covid-19.

Tudo bem, você não sabia, ou saiu de casa por qualquer motivo (profissional ou não). Xiii, e agora… como é que você entra em casa?

Antes de abrir a porta, vou te abrir os olhos. Abra aí!

#umafalhaeespalha

2 – QUERIDA CASA, CHEGUEI!

Beleza (inclusive você mesmo, se morar sozinho). Regra universal: tire o calçado ANTES de entrar. Se puder, deixe-o ao sol. A radiação UV ajuda (mas não confie exclusivamente nela) na descontaminação.

Entre descalço ou deixe um calçado de apoio junto à porta. Acha que acabou? Não, está começando!

1 – Tire toda a roupa imediatamente  e coloque-a preferencialmente no tanque ou já direto na máquina. Roupas sujas mantém o vírus;

2 – Deposite  objetos (chaves, cartões bancários, celulares, etc) num recipiente ou superfície previamente designados para posterior assepsia;

3 – Tome banho, e só depois cuide de si (barba, axilas, virilhas, maquiagem, unhas, etc);

4 – Volte três casinhas, limpe e esterilize  as  chaves, celulares e cartões bancários.

5 – Agora lave e esterilize novamente as mão.

Pronto!  Você está  limpinho(a) de novo.

Entrar e  sair de casa é cansativo, e muito trabalhoso! Qualquer pulinho do lado de fora e você tem que repetir todos esses passos. Poupe seu tempo: evite sair. Se o fizer, aproveite pra resolver todas as suas pendências de uma vez.

De qualquer forma, lembre-se sempre: lave  as mãos com frequência.

#umafalhaeespalha

3 – TÔ DENTRO!

Lar, doce lar, mas fique esperto! E diminua as possibilidades de falhas na prevenção.

Mesmo dentro de casa, mantenha rigorosa higiene pessoal e limpeza frequente de objetos (celulares, controle remoto, etc) ou superfícies (bancadas, teclados) frequentemente usados. Água & sabão, álcool líquido ou gel (70%) são ideais para isso. Para limpeza pesada, use água sanitária.

Como o presunto e o queijo não nascem dentro da geladeira e você precisa fazer compras, é necessário  que você higienize  TUDO que você comprar. Despreze todas as embalagens o mais breve possível, inclusive as sacolas plásticas dos mercados. Lave com detergente e descontamine com água sanitária (atenção: diluída!) os alimentos frescos.

Limpe com saponáceo e desinfete com frequência (com álcool e /ou água sanitária) tudo aquilo que for mais utilizado. Sejam maçanetas, torneiras, chinelos, panos de chão, etc.

Agora, finalmente, relaxe: você está seguro em casa!

#umafalhaeespalha

4 – TRIMMMM… HORA DE TRABALHAR!

Se você tiver (imperiosamente) que sair de casa, paciência: junte-se a nós, muita calma nessa hora, e com as adequadas medidas de proteção tudo vai dar certo.

Agora, é o contrário: é só se vestir adequadamente antes de abrir a porta, calçar  o sapato “de rua”  já  fora da casa e seguir equipado pra jornada.

E, lembre-se: colocou o nariz pra fora de casa? Máscara! Mas, lembrando: com o nariz dentro dela!

Frasquinho de bolso com álcool gel é sempre útil. Lenços descartáveis também. E lembre-se: evite TERMINANTEMENTE usar dinheiro vivo (cédulas, moedas). Pague TUDO que puder com aplicativos, débito automático, boleto digital, etc. Cash is trash.

#umafalhaeespalha

5 – A MÁSCARA

Pra quem ainda não entendeu, a doença se transmite principalmente por via aérea (gotículas da respiração) ou contaminação ambiental pela mesma (superfícies e objetos). Junto à lavagem das mãos, o uso da máscara é a medida mais efetiva na prevenção da infecção (= você não pegar) e da disseminação  (= você não transmitir) a COVID-19.

A máscara deve ser usada em todo ambiente externo ao lar, e sua durabilidade/tempo útil de vida varia em dependência do material (TNT ou tecido, N95, etc).

Já o uso incorreto da máscara (muito tempo, higienização,  manuseio inadequado), como o clássico “máscara suja debaixo do queixo” é um fator de risco. Nesse caso, a máscara se contamina e aumenta o risco de infecção.

Lavar as mãos, usar máscaras adequadamente e manter o isolamento reduzem MUITO o risco de infecção pelo coronavírus. O contrário também é verdadeiro, e aí a pandemia ganha força.

Entendeu?

6 – CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS…

Esse é um guia básico de prevenção em tempos de pandemia. Até a descoberta de um tratamento ou de uma vacina eficazes, ninguém sabe realmente o que vai nos acontecer. Quem é que vai nos proteger,   será que vamos conseguir vencer?

Isolamento e higiene são as palavras da hora. Os próximos meses ditarão as novas normas de convivência (e de sobrevivência).

Muitas novas informações vão surgir, e vamos  nos atualizando por aqui.

Fique vivo e vem comigo.

#umafalhaeespalha #dominguesdorian

Clínica da Criança e do Adolescente – JF