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Bullying: antes que ele chegue, esteja preparado!

por Clínica da Criança e do Adolescente
18/10/2023

Na era da Inteligência Artificial, ainda precisamos, e muito, conversar com as crianças sobre limitações e emoções humanas, mostrando que existem amor e acolhimento, mas também relações abusivas. O bullying é uma dessas interações que acontecem com frequência e que podem prejudicar o estado emocional de uma criança, com reflexos para toda a vida.

Controlar o bullying foge completamente aos poderes de pais e mães, mas existem ações que você pode tomar desde já para proteger o seu filho das consequências dessa prática. Veja abaixo:

– Sempre dê acolhimento e carinho a todas as emoções. Se o seu filho tem certeza que pode conversar com você sobre tudo, ele se torna mais seguro e menos vulnerável ao que os outros pensam.

– Fale com ele desde muito cedo como ele é importante, reconheça o esforço dele quando realizar uma atividade, fale com ele de forma respeitosa. A pessoa que é tratada com respeito e amor, não irá admitir que outras pessoas a tratem de forma inferior.

– Cuidado com comentários sobre si próprios (os pais) e sobre características físicas dos nossos filhos. Comentários negativos podem criar impressões Igualmente negativas, deixando marcas na memória que se perpetuam deletérias à  auto-imagem do indivíduo. Rever o seu próprio comportamento ajuda o seu filho a pensar sobre ele mesmo de diferentes formas..

– Conversar sobre um assunto que afetou a criança ou adolescente exige antes de qualquer coisa escutá-la. Deixe-a falar, expor seus sentimentos, não os minimize. Só depois fale e pergunte mais sobre como ele está se sentindo e qual a importância daquela pessoa na vida dele.

O bullying pode ter diferentes formas: verbal, digital e físico. Não temos como colocar os nossos filhos em uma bolha protetora, mas demonstrar a eles diariamente que podem contar conosco para qualquer situação torna esse aspecto mais gerenciável, caso aconteça, como qualquer outra adversidade que apareça. Lembrando que em alguns casos é necessário pedir intervenção da escola, de outros pais, outras instituições e até de autoridades.

O agressor (possivelmente outra criança) não é mais forte que o agredido, normalmente ele tem a necessidade de se destacar inferiorizando o outro. Essa ação pode ser realizada em qualquer idade, até mesmo dentro de ambientes de trabalho. Por isso, trabalhar o nosso próprio autoconhecimento é tão importante em qualquer idade.

E, naturalmente, em casos extremos de abuso, denuncie. Infelizmente, muitas vezes apenas a exposição do agressor de forma publica e critica sobre os seus atos, pode ser o suficiente para pôr fim ao problema.