Pneumonia de repetição?

por Dr. Dorian Domingues
10/11/2023

Pneumonia é uma palavra assustadora pq essa é uma doença infecciosa  grave e infelizmente muito mais comum do que gostaríamos. Pode ser provocada por vírus (ex: Covid) ou até por fungos, mas de uma forma geral usamos o termo pneumonia para designar as infecções bacterianas do pulmão que necessitam de tratamento específico com antibióticos.

O tema aqui será pneumonias de repetição. Mas se quiser ler um outro texto bem completo e didático sobre pneumonias clique aqui.

O processo inflamatório gerado nos pulmões tem repercussão geral sobre o organismo (febre, abatimento, dor  torácica, etc) e sintomas respiratórios (tosse, catarro e até mesmo falta de ar, já que pode comprometer a oxigenação nas formas mais graves, levando à internação e/ou ao óbito), além de funcionar como possível foco de disseminação da infecção para outros órgãos (septicemias, meningites, etc). 

Ou seja: o estrago é grande,e o pulmão sofre um bocado.Agora… já imaginou pneumonias de repetição? Xii…

Isso infelizmente também acontece, e as causas são muitas. Há vários fatores de risco como:

  • Idade (extremos etários). Idosos e bebês prematuros são mais suscetíveis;
  • Imunodeficiências  (primária ou adquirida (como a AIDS) e doenças que comprometem a imunidade (diabetes, doença falciforme, lúpus, doença renal crônica, por exemplo);
  • Malformações do trato respiratório e patologias respiratórias crônicas (DPOC, asma persistente, sinusites de repetição, mucoviscidose);
  • Alergias em geral (destaque para a alergia à proteína do leite de vaca, muito frequente, devido à excessiva produção de secreções respiratórias);
  • Refluxo gastroesofágico patológico;
  • Doenças neuromusculares que afetam a deglutição e a força muscular (impedindo um reflexo da tosse eficaz);
  • Exposição a poluentes / tabagismo (ativo ou passivo);
  • Deficiências nutricionais (vitamina D, zinco, vitamina C, desnutrição);
  • Condições inadequadas de higiene e moradia / contato com pessoas ou ambientes contaminados;
  • Calendário vacinal incompleto (vacinas contra gripe, Covid e pneumococos).

A lista é longa e não para por aqui. E cada caso é um caso a ser analisado individualmente, pois a prevenção varia de acordo com a causa. Mas é fundamental evitar a repetição desses episódios.

No caso de crianças com pneumonias de repetição geralmente o próprio pediatra inicia a abordagem através de anamnese e exame físico detalhados e solicita os exames complementares pertinentes  (de imagem e laboratoriais). Eventualmente é necessária uma consulta com especialistas (alergista/imunologista e pneumologista).

E para todos os casos é indicada a vacinação contra pneumococos, os maiores causadores das pneumonias!

A vacina contra pneumococos é disponibilizada pelo SUS para os bebês menores de 02 anos de idade. A versão da vacina utilizada tem 10 tipos de pneumococos. 

Na Imunovida disponibilizamos a recém-lançada versão mais moderna e potente da vacina (PREVENAR-15), com 15 tipos de pneumococos = mais proteção! E sabe o melhor? É para todas as idades 

Cuide bem da saúde da sua família. Vem pra Imunovida!

“A GRANDE GRIPE” – Um artigo legal sobre a maior pandemia de todos os tempos

Por Dr. Dorian Domingues – Pediatra da Clínica da Criança e do Adolescente

COVID-21?

O ano é 1918. O cenário é global.

A (primeira) Grande Guerra acabara. A Europa em escombros pacificada e iniciando sua reconstrução, os EUA em crescimento e oferecendo ajuda econômica e o Terceiro Mundo rico em recursos naturais e exótico como sempre, cheinho de matérias primas. Tudo para ensejar um mundo perfeito para todos. Mas… Faltou combinar com os vírus.

O que a humanidade não sabia era que o vaivém da guerra circularia uma variante do tradicional vírus influenza, que infectaria literalmente todo o mundo e mataria no mínimo entre 50 e 100 milhões de pessoas (à época não existia computador, e muitos registros com certeza se perderam). Essa doença entrou para a história como a pandemia mais fatal de todos os tempos (até agora): a gripe espanhola. Só lembrando: à época a população mundial era aproximadamente 1/3 da atual. Ou seja, proporcionalmente, a mortalidade era muito maior!

O nome não tem nada a ver com a origem (sobre a qual há dúvidas), a Espanha foi apenas o primeiro país a divulgar em alto e bom tom a pandemia. Sem querer geograficar a doença, os primeiros casos foram nos EUA (Kansas) e os primeiros óbitos idem (Philadelphia).

Daí não importa se o vírus é chinês, japonês, italiano, americano, australiano. O vírus é O Vírus.

A doença que devorou a humanidade se iniciou e teve seu maior pico em 1918 (mais da metade dos casos) e findou em 1920, após supostamente termos atingido a imunidade de rebanho (e a que preço!) ou o vírus ter sofrido uma mutação e ficado mais brando. E as pessoas enfim puderam retornar à vida normal e respirar aliviadas. Mas foram dois anos de muita dor e mortes.

Detalhe cruel, mas importante: a variante do vírus de 1918 gostava de pessoas jovens. Estima-se que 8 a 10% dos adultos jovens da época foram mortos pela doença, o que se chamou de “dupla mortalidade”, considerando-se não só o lado pessoal mas também demográfico da Coisa.

Jabuticaba brasileira: por aqui, a Pandemia interrompeu sua marcha no final do ano de 1918 às custas de milhares de óbitos e apesar da ausência de uma política epidemiológica e pública de enfrentamento. A doença retrocedeu, e a mortalidade subitamente cessou. Ufa, fim do filme, a minha vida de volta! Daí…

Dizem que o Carnaval de 1919 foi um dos mais animados de todos os tempos, seguido de um novo boom de natalidade nove meses após, resultado da comemoração e a consequente pegação generalizada. Mas a ressaca ainda se arrastou pelo mundo até 1920, com uma severa segunda leva de mortalidade.

Durante esses tempos sombrios os cadáveres sobravam sem covas pelas ruas (qualquer semelhança com a realidade atual não é mera coincidência, é repetição). Hoje o mesmo ritual tétrico de pessoas agonizantes tossindo sangue e ficando roxas entre seus delirantes espasmos febris e queixas de dor se repete, como se o tempo não tivesse passado. Mas passou.

Minha falecida avó presenciou esse tempo e relatava os féretros pelas ruas da cidade.

Há um século atrás a humanidade se virou como pôde e sem informações precisas para conter a pandemia de gripe espanhola e felizmente sobrevivemos. Não faz sentido nos privamos de ferramentas agora.

A Pandemia está aí, e informação é o que não falta. Vamos deixar a COVID em 2019. Senão, ela vira COVID 2020, COVID 2021…

Em tempo: o coronavírus NÃO É um vírus influenza igual ao da gripe, e esse não é um texto sobre nenhuma gripezinha, é só um exemplo histórico de uma devastação por uma pandemia.

A História não se repete como drama, mas como farsa. Ou seja: saber sobre o Passado nos permite avaliar o Presente e escolher melhor o Futuro.

Minha falecida avó viveu até os 92 anos. Espero que a sua também conquiste essa marca.

Um dia seremos História. De uma forma ou de outra.

Clínica da Criança e do Adolescente, cuidando da saúde da sua família desde 1996.

As fontes desse texto são:

A GRANDE GRIPE (JOHN M. BARRY) – premiado pela Academia Nacional de Ciências dos EUA  e considerado oficialmente o livro referência  do país sobre a pandemia; Editora Intrínseca.

1929: a quebra da bolsa de NY (Ivan Sant’Anna) Inversa Publicações.

Violeta Hargreaves Ribeiro (1905-1997, minha avó), edição infelizmente esgotada.

Sempre alerta!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

Em tempos de pandemia, fica mais evidente a diferença entre a Ciência e a política: a visível discrepância entre o que é sugerido pela OMS e o que é praticado pelo ministério da saúde de cada país.

A OMS é a referência mundial quando o assunto é Saúde, e a segue quem tem juízo (e um bom médico).  É uma conselheira que orienta, mas não é juiz, e não tem poder de apito. Os mais sensatos a apoiam, e a seguem.

Já a Política é um grande campeonato de futebol, em que cada um torce pelo seu time e se outorga o direito de se achar o melhor.

Como os micróbios não se importam com a Saúde, mas gostam de futebol (devido às aglomerações), a bola rola solta toda vez que ocorre um descolamento entre as duas variáveis.

A Covid-19 demonstrou de forma muito clara uma verdade antiga: Saúde e política nunca deveriam se misturar. A Saúde é Ciência, e a Política é efêmera, e sujeita a todos os vícios capitais: corrupção, interesses, inveja, ganância…

Se quiser ler um ótimo post sobre Vacinas x Covid, clique aqui!

O calendário vacinal é uma das pontas mais sensíveis desse descolamento. Infelizmente, também aqui cada país segue a orientação que quiser, e tem aquilo que escolhe e merece. Os países mais evoluídos disponibilizam mais vacinas. Infelizmente, não estamos nessa lista.

O calendário vacinal praticado pela Clínica da Criança e do Adolescente segue as orientações da OMS, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Não se convenceu? É igual aos dos países do Primeiro Mundo.

Prevenir é sempre melhor que remediar (alô! Primeira vez no blog? Veja aqui as nossas postagens anteriores).

O calendário vacinal da rede privada inclui muitas vacinas que o SUS não oferece. Acha que é bobagem? Então, tá…

Voltando ao futebol, temos que escalar nossos melhores  zagueiros sempre alertas na defesa. Depois que a bola cruza a linha da zaga, tudo piora, as reações são incontroláveis e o destino pode ser a penalidade máxima. Mantenha o cartão vacinal sempre em dia.

Ninguém sabe quando vai se deparar com uma doença . Mas quando a sua saúde estiver na marca do pênalti, não espere um apito salvador da OMS. Ela é uma conselheira, não  é juiz, lembra?

Não se deixe levar pelo Fla-Flu das convicções. A Ciência é uma só. E pronto, acabou. Acabou!

Se precisar, nos procure por aqui. Saúde & Ciência? É com a gente!

O retorno do rei

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

CORONAVÍRUS

Se todo ano você já tem motivos pra se vacinar contra a gripe, em 2020 você tem um motivo a mais: a epidemia global pelo coronavírus.

“Ué, mas não existe vacina contra isso”, você diz – e, de fato, não há. Que papo estranho, né, achou confuso? Vem comigo, que no caminho eu explico!
O coronavírus provoca um quadro infeccioso que em muito se parece com a gripe (alô, leitor: gripe não é resfriado, veja aqui a diferença aqui).

Num resumo rápido: mal-estar geral, febre, prostração, náuseas / vômitos / desidratação, coriza, tosse, espirros, dor de garganta e em todo o corpo, tudo muito parecido com a gripe “comum” pelo tradicional vírus Influenza. Numa segunda fase, pode evoluir com falta de ar (= insuficiência respiratória) e alterações renais (insuficiência renal).

Até aqui, tudo bem. Mas… por que se vacinar contra a gripe, se o coronavírus não é evitável pela vacina?

Não se trata de prevenção, é claro. A resposta está na outra ponta do raciocínio: para facilitar o seu tratamento!

O fato de você estar devidamente vacinado contra a gripe facilita (e muuuuito!) o diagnóstico diferencial da doença pelo médico. Simples assim: uma pessoa devidamente vacinada contra gripe com sintomas de gripe provavelmente NÃO está com gripe, e POSSIVELMENTE está infectada com coronavírus, o que facilita demaaaaais o diagnóstico. Já sobre uma pessoa não-vacinada com o mesmo quadro, paira sempre a dúvida: será que ele é, será que ele é…

Separar o joio do trigo é um ditado que continua valendo.

Ainda que não haja tratamento específico para eliminar o vírus, o diagnóstico rápido é importante não só para diminuir a contaminação dos contactantes (especialmente os familiares mais íntimos) mas também para a detecção precoce dos sinais de piora, visando uma abordagem mais agressiva do tratamento de suporte.

A vacina contra gripe é indicada para TODAS AS PESSOAS acima de 06 meses de idade, salvo algumas contraindicações. O SUS fornece a vacina contra 3 tipos de vírus (os mais frequentes e famosos) e apenas a grupos de “risco”, determinados por uma seleção dele próprio.

A vacina da rede privada é mais completa e protege contra 04 tipos de vírus (os 03 do SUS e mais um, emergente) e é disponível (e indicada) pra todo mundo. Proteção a mais é sempre melhor. Afinal, ninguém nunca sabe quem vai bombar na próxima temporada …

Facilite a vida do seu amigo médico, tome a vacina e evite um diagnóstico errado ou tardio.

A sua Vida agradece.

A dengue tem vacina!

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

PARTE 1) ERA UMA VEZ : O AEDES É O BICHO!

Era uma vez um mosquito chamado Aedes aegypti, que vivia feliz em sua terra natal na África (principalmente no Cairo, Egito, porque era um grande porto e o Aedes gosta de gente). Estava tudo bem até ele entrar de gaiato no navio (as caravelas das Grandes Navegações) rumo às recém-descobertas Américas a partir do século XVI.

As pessoas estranharam a mudança de ambiente, mas o Aedes rapidamente se esqueceu das pirâmides e dos faraós e se sentiu em casa. O clima quente e extremamente úmido desaconselhava o uso de roupas, e o mosquito encarou aqueles nativos e colonizadores praticamente nus como um convite a um banquete, e se esbaldou. Cresceu, se multiplicou, sua descendência prosperou, e assim se passaram muitos e muitos anos.

No começo, a febre amarela era a principal doença transmitida pelo Aedes, mas sobre isso já escrevemos (leia aqui).

Os primeiros relatos de dengue no Brasil datam do final do século XIX, mas o primeiro registro laboratorialmente confirmado do vírus no país aconteceu em 1981-1982, em Boa Vista (RR). Depois, em 1986, houve breves epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste, entre elas Salvador. Não por acaso as duas primeiras capitais do Brasil e grandes destinos turísticos (Carnaval, praias, etc.), as mesmas onde a febre amarela também havia feito estragos.

Daí pra frente a coisa explodiu, e virou o que sabemos. A dengue faz parte da paisagem como os engarrafamentos, os buracos e os flanelinhas. A questão não é saber “se”, mas “quando” você vai se deparar com ela. Mas, afinal, o que é a dengue?

PARTE 2) DENGUE: QUE BICHO É ESSE?

A dengue é uma doença infecciosa provocada por um arbovírus e transmitida pela picada do Aedes aegypti. Existem quatro sorotipos de vírus da dengue, e a infecção por um deles não imuniza contra os outros, pelo contrário, a reinfecção (= pegar de novo) é de altíssimo risco, como você vai ler (eu espero!) abaixo.

Todo mundo que pegou fala invariavelmente a mesma frase: “foi a pior coisa que eu já tive”. Os relatos são tipo “eu estava esperando o ônibus/ no supermercado/ no trabalho/ no clube e de uma hora pra outra comecei a ficar doente”. Muita febre e muita dor em tudo (cabeça, corpo, olhos, abdominal – os índios chamam a dengue de “febre quebra-ossos”). Prostração, fraqueza, vômitos, diarreia e perda do apetite (e de qualquer forma de vontade, dizem os acometidos) também são sintomas comuns.

Nessa primeira fase, a pessoa não tem anticorpos, e os vírus se divertem. É o dia da Caça, e vai rolar a festa, vai rolar. Felizmente, a festa dura pouco (pra quem não é afetado): após aproximadamente cinco dias o corpo já produz anticorpos em quantidade suficiente para debelar a infecção em grau significante, e os sintomas retrocedem. Ufa, a festa acabou, que bom… mas só que não!

Daí, chega a Cura, prepara, que agora é hora: o corpo produz anticorpos. É o dia do Caçador. Só que ele chega atirando pra todo lado. Como há vírus (ou fragmentos deles) em toda parte, o tiroteio é grande. E os estragos disso são comparáveis à passagem dos Vingadores “salvando” Nova York.

Além da coceira (descrita como incoçável, perdão pelo neologismo), vêm as complicações.

A intensa reação inflamatória provocada pelos vírus da dengue e pela reação desenfreada do sistema imunológico resulta numa agressão ao nosso próprio corpo, com lesão de vários órgãos através de uma vasculite generalizada (processo inflamatório dos vasos sanguíneos), inclusive com destruição das plaquetas e sangramentos de variados graus, desde minúsculos (as pintinhas na pele, as petéquias) até difusas, com hemorragias incontroláveis. Nos casos graves, há várias complicações resultantes dessa inflamação geral, e muitas vezes ocorre o óbito. Daí as tristes estatísticas dos noticiários.

Em qualquer uma das fases, é sempre importante a hidratação, e é pesada: aproximadamente 70 ml de líquidos por kg de peso por dia, para “diluir” a inflamação e evitar problemas renais. Isso dá em média 5l para um homem adulto, aproximadamente 2x a média diária, o que é água que não acaba mais. E não é fácil manter essa disciplina (com as crianças é ainda pior, porque elas não entendem).

Alguns remédios são contra-indicados (AAS e antiinflamatórios). Mas não vou exaurir o assunto, senão esse artigo não termina. Consulte o seu médico (e não o Dr Google).

Para evitar ser picado, o negócio é andar vestido com roupas longas (falar é fácil…), usar ventiladores e repelentes, e acabar com os criadouros (vasos, pneus, acúmulos de água parada em geral). Você pode se proteger, mas se olhar pro lado vai ver que uma andorinha voando sozinha não faz verão. Se não houver uma ampla conscientização, não rola. Cuidemo-nos um por todos, ou morreremos todos por um!

E atenção para a notícia pouco divulgada: a dengue TEM vacina!

A vacina contra dengue (DENGVAXIA®) é indicada para pessoas acima de nove anos (sem limite superior de idade) . Atua contra os quatro tipos de vírus da dengue, mas não confere 100% de imunidade contra eles (em média, ~74% de proteção). Contudo, tem uma grande eficácia na prevenção da forma grave (=hemorrágica) da doença, que é o que realmente importa.

Por uma limitação do Ministério da Saúde a vacina só deve ser aplicada em quem já teve dengue pelo menos uma vez. A reinfecção (=pegar de novo) nesses pacientes seria de altíssimo risco, e a vacina é e melhor proteção. Longe de ser a ideal, é a que temos.

A excelente e promissora vacina em estudos da Fundação Oswaldo Cruz, que seria 100% eficaz contra os quatro sorotipos e em dose única, dorme deitada eternamente em berço esplêndido na escuridão de uma gaveta à espera de verbas para pesquisa científica na FIOCRUZ. E não parece haver príncipe encantado no futuro próximo que a brinde com seu dote orçamentário.

Informe-se mais com o seu médico e termine essa história com um final feliz. Vacinas são sempre legais!

Somos a maior clínica de vacinas de JF e região. A IMUNOVIDA é a Divisão de Vacinas da Clínica da Criança e do Adolescente, com todas as vacinas para crianças e adultos, na ativa desde 1996!

Clínica da Criança e do Adolescente e IMUNOVIDA. Parceria para toda a vida!

Uma breve história do Mundo – as doenças e as vacinas

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

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A História é velha e sempre se repete. Primeiro, como tragédia. Depois, como farsa. 

Doenças antes controladas estão voltando à cena (febre amarela, sarampo). E, como sempre, algumas pessoas (sempre!) morrem: bem-vindo ao universo das doenças e das estatísticas de mortalidade, parecido com o que se confunde com Sorte ou Azar. E haja História!

Dizem que a História é um profeta com o olhar voltado para trás. Se for assim, vai acertar todas porque, historicamente, a Estatística não tem erro.  Redundante por Natureza!

Ainda que admita limites e derivadas, a Estatística é o mundo dos dados, e eles são cruelmente frios e insensíveis. Temos X pessoas = temos X dados. Nesse caso, os dados não têm face ou identidade, são apenas números (já viu um dado ?). E  o conjunto deles forma um número  do qual se extraem  outros. Que funcionam como novos dados, e assim sucessivamente.  E segue o jogo!

A estatística rege o Mundo e é aplicável a tudo: bolsa de valores, acidentes em rodovias, biologia, eleições, etc. No nosso caso, nos interessam as doenças. X pessoas = X dados = 02 números. Sim ou não, par ou ímpar, vermelho ou preto.  E os dados são terrivelmente implacáveis.

A Morte, que antigamente usava capuz e foice, deu um up mas não perdeu o rigor,  e continua matando. Hoje ela se traveste invisivelmente na internet, entre planilhas de Excel e aplicativos de celulares. Muita gente, muitos dados. E a fila tem que andar!  

Imagine uma epidemia de uma doença qualquer (nem é preciso uma imaginação fértil para isso, convenhamos, às vezes é até difícil escolher entre elas…) com 1% de mortalidade (um dado que, estatisticamente, é significativo). Ou seja, a cada 100 pessoas, “só”  uma morre. Aquele 1% vagabundo… Tudo bem, né? . Claro…. desde que não seja eu!

Esse é um probleminha pessoal que a Estatística tem: ela não vê as várias faces dos dados, só vê números. Números não são pessoas (são dados). E aí as pessoas confundem as coisas (já os dados, não).  Você é um número, lembra? Mas tem gente que não entende isso…

Quando se diz que tal doença mata tantos por cento dos pacientes, estamos falando de números (ou de você?). Sempre que há doenças, há estatísticas. E sempre tem alguém que serve de dado. Par ou ímpar?

Veja a coisa por outro lado. Se a doença tem 1% de mortalidade, quer dizer que, estatisticamente, todo mundo que pega a doença tem 1% de chance de ser aquele 1% vagabundo que vai morrer. Porque, a cada 100, um morre. E pode ser você!

Os 99% sobreviventes seguem vivos lamentando o 1% que morreu. Mas esse 1% está 100% morto. Frio, estático e estatístico: matemático. Sem pêsames ou cerimônias. Simples assim. 

As exceções fazem as regras, e a regra é clara, Arnaldo: jogo que segue!

Einstein dizia que o Universo não joga dados. A OMS diz que o movimento antivacinas é uma das 10 maiores ameaças à saúde global. Fique de olho no cartão vacinal!

Quem não conhece a História está condenado a repeti-la, dizem as más-línguas. E a Estatística também!

A Imunovida oferece vacinas mais completas e seguras que as do SUS. Consulte o seu médico e confira: temos vacinas para todas as idades!

Clínica da Criança e Adolescente & Imunovida. De olho na sua história e no seu futuro.

Ouça aqui uma música super legal sobre essa história toda:

Quer saber mais sobre esse assunto? Confira a matéria “Como a humanidade enfrentou as epidemias ao longo da história“, publicada pelo Viva Bem.