A minha Meningite é melhor que a sua

Por Dr. Dorian Domingues

“Só sei que nada sei”, dizia Sócrates. A frase, que se assemelha à mais completa descrição de ignorância, é de profunda sabedoria. Ao declarar-se aparentemente desprovido de conhecimento, o filósofo adentrava de vez o restrito círculo dos gênios que nunca são esquecidos. Ou seja: ao querer menos para si, recebeu mais. Sócrates não contava vantagem.

No mundo moderno, muitas vezes nos esquecemos dessa regra e desejamos ter sempre mais. O carro mais rápido, mais novo, motor turbo. O salário mais alto. O corpo mais forte. A doença mais… não, não, não, isso não! Quando o assunto é doença, o raciocínio se inverte. Como sempre lembra o chef Henrique Fogaça: “menos é mais”.

Quando o assunto é doença, todo mundo quer ter menos. Micose. Unha encravada. Rinite. Cólica menstrual. Miopia. Intolerância à lactose, vá lá (mas pode comer um queijo escondido, uai!). Ninguém quer ter mais que isso. Ninguém quer ser hipertenso. Nem diabético. Nem ter patologias reumáticas. Só que essas doenças, em grande parte das vezes, são inevitáveis. Você já nasce com os genes, são hereditárias. É claro que você pode modificar um pouco a situação, se viver uma vida saudável e tomar cuidados. Mas é impossível se precaver 100%. Afinal, são doenças genéticas. E isso é imutável.

Outra doença que ninguém, mas ninguém mesmo quer ter, é meningite. Poucas palavras despertam tanto terror (medo seria pouco) quanto essa. É só falar na danada e rapidamente se seguem gestos de mão no peito, suspiros, mão na boca. Palavras de espanto. Nomes de santos, pequenos palavrões. São atos instintivos, que nos acompanham desde muito antes de Sócrates (e olha que ele é antigo). E não é sem razão: meningite sempre foi – e continua sendo – uma doença muito, mas muito grave mesmo. Antes da descoberta dos antibióticos, era inevitavelmente fatal. Mas, afinal, o que é uma meningite, e por que é tão temida?

“O todo sem a parte não é todo, a parte sem o todo não é parte” (Gregório de Matos, poeta barroco).

A meningite é a inflamação das meninges, que são membranas que cobrem o cérebro, provocada por bactérias (geralmente meningococos e pneumococos). Para ilustrar melhor, é como se fosse um filme plástico de PVC envolvendo um pedaço de carne, com um pouco da água da carne junto. Agora, suponha que esse líquido (chamado líquor) vá progressivamente se transformando em pus. Imagine isso acontecendo em torno do cérebro, o principal órgão do corpo, o maestro de toda a orquestra, que comanda todos os outros!

A doença começa de repente. A criança (ou adulto – a doença é democrática) começa a ter febre alta, cefaleia (dor de cabeça), vômitos incontroláveis, em jato. O pescoço fica duro. Ocorrem convulsões, e o doente vai entrando em um coma progressivo e, se não tratado, fatal. E, com o cérebro morrendo, tudo vai parando de funcionar: o sistema respiratório, o fígado, os rins. A pressão cai, o coração vai fraquejando. Até a coagulação do sangue é afetada, e ocorrem hemorragias. O tratamento tem que ser iniciado muito, muito rápido, com medicações fortes e isolamento, geralmente em UTIs, mas mesmo assim a taxa de mortalidade é alta, até em hospitais bem equipados e com equipes competentes. E a porcentagem de sequelas (principalmente surdez, estrabismo e deficiências na cognição/ aprendizagem) nos sobreviventes é alta.

Para os profissionais, a meningite é um desafio. Para o paciente, um pesadelo. Um agravante: os familiares e contatos mais próximos são contaminados, e há alto risco de doença. A gota d’água? Mesmo os que não desenvolverem meningite e estiverem totalmente assintomáticos hospedam a bactéria na garganta e transmitem o micróbio. E é por isso que, às vezes, ocorrem epidemias. Notícia ruim anda rápido.

Ufa, que texto pesado, vamos mudar de tom! Para quem está com saudades de falar sobre hipertensão e diabetes, uma boa nova: ao contrário dessas doenças que são um fardo hereditário, a meningite não o é! Existem vacinas que podem proteger seu(a) filho(a) – e você também!

Existem hoje vacinas contra 05 (cinco) tipos de meningococos e 13 (treze) tipos de pneumococos. O calendário vacinal do SUS não engloba todos eles (apenas 01 tipo de meningococo e 10 de pneumococos). Os outros ficam de fora. Mas você pode – e deve, aos olhos da OMS – complementar a sua vacinação e a do seu filho(a) em clinicas privadas . E ficar muito mais seguro.

Sócrates e o chef Fogaça estavam certos: nesse tipo de assunto, menos é mais. Quando se trata de doenças, não é bom discutir quem tem Ferrari ou quem tem Fusquinha. Afinal…. a minha meningite é melhor que a sua?

A Imunovida dispõe das vacinas que protegem contra todas essas meningites, e também de muitas outras, para todas as idades. Venha para a Imunovida. A nossa vocação é proteger as pessoas.

Vacina particular é igual à do posto de saúde?

“VACINA É TUDO IGUAL!”

                                                                                                   Por Dr. Dorian Domingues.

Não parece, mas há diferenças importantes  entre vacinas ofertadas pelo SUS e pelas clínicas particulares de vacinação. Há vacinas que são indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) e que não são fornecidas pelo sistema público, ou apresentam diferenças de qualidade em relação às disponíveis nas clínicas privadas. Assim como os automóveis, cosméticos, eletrodomésticos  ou os celulares, as vacinas têm modelos e fabricantes diferentes, ou seja, marcas diferentes não são iguais entre si. Vamos ver algumas dessas diferenças.

1. VACINA CONTRA ROTAVÍRUS:

A diferença é quantitativa: a vacina disponível na rede pública tem apenas um tipo de rotavírus, contra cinco na versão comercializada pala Imunovida™ (ROTATEQ™), que é mais completa, e protege mais.

2. VACINAS PENTAVALENTE E PÓLIO INJETÁVEL

Nesse caso, a diferença não é na quantidade, mas no tipo de componentes. Na versão de células inteiras (oferecida pelo SUS) há um componente da bactéria da coqueluche que provoca reações frequentes e muitas vezes graves. Na versão acelular (INFANRIX™)  oferecida pela Imunovida esse componente é retirado e raramente ocorrem reações, geralmente leves. Além disso, a versão acelular já tem a vacina contra pólio incluída, isso é, tudo na mesma aplicação. No caso da versão de células inteiras, a vacina contra poliomielite é feita à parte — ou seja, outra injeção.

Concluindo: a vacina acelular, além de bem mais segura, também é muito mais prática e indolor. Quando se fala em injeções, menos é mais.

3. VACINA PNEUMOCÓCICA

Os pneumococos são os principais causadores das infecções respiratórias. As  vacinas pneumocócicas  protegem  principalmente contra as formas mais graves de infecções por essas bactérias (pneumonias, septicemia e meningites pneumocócicas). Nesse caso, quanto mais sorotipos de pneumococos incluídos na vacina, melhor.

Aqui a diferença novamente é na quantidade de componentes – e no número de doses. A pneumocócica da rede pública (SINFLORIX™) tem apenas 10 sorotipos, enquanto na Imunovida temos vacinas com 13 sorotipos  (PREVENAR-13™)  e a moderníssima pneumocócica 15-valente, com 15  sorotipos (VAXNEUVANCE™). Ou seja: muito mais proteção.

Além disso, o SUS só aplica a vacina aos 02, 04 e 12 meses, enquanto a OMS, SBP e SBIm recomendam uma dose adicional aos 06 meses de idade   E mais:  o SUS só aplica a vacina até os dois anos de idade – e na rede privada não há essa limitação.

Outra dica: mesmo quem já tomou a vacina do SUS pode tomar também essas vacinas mais completas e ficar mais protegido.  Proteção 1.0, 1.3 ou 1.5? Você decide o melhor para a sua família!

4. VACINA MENINGOCÓCICA

Assim como os vírus das hepatites ou da gripe são designados por letras, os sorotipos de meningococos também o são: A, B, C, etc, mas aqui isso não influencia na gravidade da doença.  Não existe meningite branda ou melhor que a outra, e a vacina contra um tipo não imuniza contra o outro.  E, lembrando: mesmo quem já teve meningite não fica imune — só a vacina confere imunidade.

Na rede pública está disponível para os bebês apenas a vacina contra  o meningococo tipo C. Mas na Imunovida existem vacinas  contra  os tipos ACWY (NIMENRIX™, MENVEO™) e tipo B (BEXSERO™), todas elas indicadas pela OMS, SBP e SBIm. São recomendadas a partir dos três meses de vida e o número de doses varia conforme a idade do bebê. Não há limite superior de idade. Novamente, mais é melhor.

O SUS disponibilza a vacina ACWY para adolescentes a partir de 11 anos. Mas aí se passa uma década inteira andando no sereno

5. VACINA CONTRA VARICELA

São necessárias 02 doses para a imunização completa. O SUS fornece a primeira dose aos 15 meses (junto com a vacina triviral) e a segunda  aos 4 anos de idade. E nesses 3 anos de intervalo muitas crianças desenvolvem a doença.

Na Imunovida  a proteção começa mais cedo: a primeira  dose aos 12 e a segunda aos 15 meses. e game over. Mas você pode iniciar a proteção de seu filho ainda mais cedo, aos nove meses (nesse caso, são necessárias 03 doses). E, lembrando: varicela / catapora é mais frequente na primavera e verão.

3 anos ou 3 meses de espera? Aqui, novamente, menos é mais!

E, muito importante: quem nunca teve varicela ou nunca foi vacinado pode (e deve) iniciar sua proteção em qualquer idade. Adultos têm formas graves de varicela e quanto maior a idade, maior a gravidade da doença.

6. VACINA CONTRA HEPATITE A

A vacina disponível na rede pública é igual à da privada. O SUS só aplica 01 dose da vacina, mas a OMS, SBP E SBIm indicam um reforço após 6 meses. E outra coisa: quem nasceu antes de 2014 não recebeu nenhuma dose

Essas são algumas dicas sobre vacinação dos bebês, mas adolescentes e adultos que nunca foram vacinados também precisam receber essas vacinas ou fazer doses periódicas de reforço. Afinal, a idade não imuniza as pessoas, só as vacinas o fazem. E doenças de crianças em adultos são sempre mais graves.

Tem dúvidas sobre vacinas? Venha nos conhecer! Somos a maior clínica de pediatria e vacinas de Juiz de Fora e região. E a nossa vocação é proteger as pessoas.

Imunovida – Clínica de Vacinas da Clínica da Criança e do Adolescente
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