Traumatismo Cranioencefálico na Infância

Por Dra. Bruna Luisa Martins Fernandes | CRMMG 59967

Traumatismo Cranioencefálico (TCE) é o nome técnico que se dá quando uma pessoa bate a cabeça.

Por que quando as crianças (principalmente as menores que 02 anos de idade) caem, na grande maioria das vezes batem a cabeça?

Porque nessa idade a cabeça tem um tamanho proporcionalmente grande em relação ao corpo. Assim a cabeça (por ser mais pesada) é projetada mais facilmente, o que provoca mais traumas nessa região.

Durante a infância as principais causas de TCE são as quedas, acidentais ou não, principalmente no primeiro ano de vida. Nos bebês menores que 01 ano de idade a Síndrome do Bebê Sacudido (“Shaken baby”) e outros maus-tratos ou negligências são as causas mais comuns. Já durante a adolescência as principais causas estão relacionadas a acidentes automobilísticos e atividades esportivas.

A maior parte dos traumas cranianos em pediatria é leve, sem lesões cerebrais ou sequelas. Apenas 10% dos casos cursam com complicações graves. As lesões cerebrais no trauma
podem ser classificadas como primárias ou secundárias – as primárias ocorrem no momento do acidente e as secundárias são complicações de lesões primárias.

A radiografia de crânio NÃO é indicada, pois só mostra os ossos e não consegue excluir lesões cerebrais (que são as que realmente importam) se estiver normal , e se alterada indica a realização da tomografia de crânio. Porém, a tomografia deve ser bem indicada, pois seu uso indiscriminado, muitas vezes até nos traumas mínimos, tem sido motivo de preocupação dos órgãos de saúde pela possibilidade da ocorrência de câncer e exposição do sistema nervoso em desenvolvimento à radiação.

Quando levar a criança à avaliação médica?

As crianças abaixo de dois anos de idade devem ser avaliadas com mais cuidado, pois além de terem os ossos do crânio mais “molinhos” (o que predispõe a lesões dentro do cérebro sem manifestação externa de fratura), não conseguem dizer exatamente o que estão sentindo.

Algumas das principais situações que necessitam de avaliação médica de urgência: queda de criança menor de 3 meses de idade; queda de mais de um metro de altura para crianças abaixo de 2 anos de idade e queda de mais de 1,5 metro nas crianças acima de 2 anos; queda de mais de 4 degraus da escada; acidente com bicicleta sem capacete; acidente automobilístico com vítimas; perda da consciência por mais de 1 minuto pós trauma; presença de galos na cabeça, principalmente na região das têmporas e na região de trás da cabeça; sangramento ou corrimento aquoso pelo ouvido ou nariz.

Após o trauma é comum ocorrerem vômitos e isso pode não significar nada mais sério; a criança deve ser avaliada se vomitar em grande frequência dentro de uma hora. Também é muito frequente a criança dormir após bater a cabeça, seja porque chorou ou pelo próprio stress da queda. Você pode – e deve – deixar a criança dormir, e observar seu sono regularmente. Se for difícil acordá-la, deverá ser feita a avaliação médica urgente..

Qual é o período de maior risco para que a criança tenha algum sintoma mais sério após ter sofrido o trauma na região da cabeça?


A grande preocupação após o TCE são os sangramentos, os famosos hematomas. Estes podem ser causados por lesão das artérias ou das veias intracranianas. Quando acontece a lesão da artéria, o sangramento é grande, intenso e causa compressão do cérebro rapidamente, podendo levar a criança à morte. É o que chamamos de hematoma extradural. Nesse caso, a criança é difícil de ser acordada, os vômitos são persistentes e a dor de cabeça progressiva. Ele ocorre mais frequentemente até as primeiras 12 horas após o trauma e, geralmente, é necessária a cirurgia de emergência.

Quando a lesão ocorre na veia, o sangramento é mais lento e menos intenso. É o que ocorre no hematoma subdural. Nesse caso, a criança vai
piorando a cada dia, mas há tempo suficiente para que o neurocirurgião avalie e dê o melhor tratamento para cada caso. A cirurgia pode não ser imediata. Lembrando: ainda existe o edema cerebral (inchaço difuso do cérebro), que também provoca os mesmos sintomas.

Como prevenir o TCE?


Apesar da possibilidade de lesões mais sérias, não há motivo para medo ou necessidade de superproteger a criança, limitando o seu desenvolvimento normal. O mais importante é a prevenção. Crianças devem sempre estar sob supervisão de um adulto, e medidas de segurança devem ser adotadas para minimizar possíveis traumas.

Se seu filho caiu, bateu a cabeça e está bem, sem os sintomas descritos acima, não há necessidade de avaliação médica de urgência, e sim de observação. Na piora do quadro geral e /ou surgimento de algum dos sinais e sintomas acima, procure sempre o serviço de emergência e o neurologista infantil.

Referências:


1 Schunk JE, Schutzman AS. Pediatric head injury. Pediatrics. 2012;33(9):398-411.
2 Parslow RC, Moris KP, Tasker RC, Forsyth RJ, Hawley CA; UK Paediatric Traumatic
Brain Injury Study Steering Group et al. Epidemiology of traumatic brain injury in
children receiving intensive care in the UK. Arch Dis Child. 2005;90(11):1182-7.
3 Brasil. Ministério da Saúde [internet]. Brasília: MS; 2010 [acesso em: 4 dez.
2017]. Disponível em:http://www.datasus.gov.br

Está quente ou está frio?

Por Dr. Dorian Domingues | CRMMG 22323

Calma, não é fábula nem lição de moral, muito menos boletim meteorológico: aqui, é física aplicada! Vamos começar de novo?

A LAGARTIXA E O CROCODILO (ou A Forma e o Conteúdo)

Uma das dúvidas mais frequentes das mães (principalmente as de primeira viagem) é sobre a vestimenta dos bebês. Afinal, tá frio ou tá quente?

Está frio, é claro, dizem as avós, e taca-lhe roupa: body, blusinha, jaqueta, agasalho, cachecol, mantas , touca, luvas e meias (naturalmente, porque é pelas extremidades que o frio penetra, né, sempre foi assim)… peraí ! Pausa para a reflexão. 🤔

Durante a pausa você se olha no espelho e se flagra com uma roupa fresquinha ou agasalhos leves, muitas vezes com calçados abertos ou de cano curto, e reflete sobre a imagem: o que há de tudo nesse errado? 🤔

A resposta é simples e sem trocadilhos: muita roupa no seu bebê! É muita forma para pouco conteúdo. A explicação? Os bebês são seres superficiais! 😮😰. E você precisa saber disso, porque é pela superfície corporal que se troca calor com o meio ambiente.

É uma lei da Física: quanto menor a criatura, maior é a sua superfície corporal em relação ao volume (= mais “superficial” ela é). Isso porque ao crescer a superfície corporal aumenta em metros quadrados (m²) e o volume em metros cúbicos (m³), e vice-versa. Ou seja: quanto maior, mais volume e menos superfície. Quanto menor, o contrário.

A ilustração mais auto-explicativa é um dado 🎲. Mas outros não faltam. Quer ver?

Por exemplo, a lagartixa e o crocodilo. A primeira mais se assemelha a um desenho (muita superfície e pouco volume, é quase plana), enquanto o crocodilo parece um charuto mal enrolado prestes a vazar por todos os lados. A lagartixa é pura superfície, e o crocodilo é volume que não cabe em si. A forma e o conteúdo.

Há muitos outros exemplos fáceis. A folha e o livro (esse, sempre com um conteúdo a mais). A sardinha e a baleia. O lençol e o colchão. Ou a linda borboleta (essa é leptosuperficial) e o roliço e suculento chester recheado de conteúdos festivos do qual todos disputam a minúscula pele torradinha.

A relação entre superfície e volume é sempre inversa, e determina várias funções orgânicas. Entre elas a troca de calor: quem tem mais superfície, troca mais calor, como se fosse um radiador de carro, ou uma toalha molhada estendida para secar, ao invés de enrolada e jogada sobre a cama. Mas…onde é que seu filho entra mesmo?

Em tudo isso! O que queremos dizer é que seu filho tem pele (superfície) demais para conteúdo (volume) de menos. Ele é um ser superficial, lembra? Logo, ele troca muito mais calor com o meio ambiente.

Traduzindo em termos práticos, quer dizer que (tirem as avós da sala, por favor) a vestimenta do seu filho deve ser mais radical que a sua! Se você esta com calor, ele está com muito calor. E se você está com frio ele está com mais frio. Simples assim!

O cuidado com a adequada vestimenta do seu filho previne contra lesões cutâneas (assaduras, brotoejas) e também contra situações que representam um real risco à saúde dele (hipotermia, intermação, desidratação).

O seu bebê é o mais puro exemplo de amor à flor da pele. Não deixe que uma coisa tão superficial como uma roupa prejudique o que ele tem de mais importante: o conteúdo. E a troca de calor . ♥♥♥

Clínica da Criança e do Adolescente. Conteúdo e informação estão sempre em moda.


Você sabe o que é Medicina do Sono?

Por Dr. Henrique Binato | CRMMG 47998

Olá! Você sabia que existe uma especialidade médica chamada Medicina do Sono?

“Ah, que nada, dormir é da nossa natureza, nem precisa de médico pra isso!”

Então deixa eu te propor essa leitura aqui; ela será rápida e espero que seja divertida e esclarecedora.

Você que está lendo esse texto agora, seja na hora que for, deve estar acordado(a), não é?! E na hora que estiver com sono, você irá fazer seu ritual de escovar os dentes, botar o pijama, desligar a luz – talvez ler um livro ou ver televisão – e em poucos momentos já estará nos braços de Morfeu (o Deus grego dos sonhos), não é verdade?!

Mas nós, adultos, já somos bem grandinhos para sabermos a hora e o jeito de irmos dormir… Os pequenos não.

O mecanismo de sono-vigília (o ato de ficarmos acordados) é regulado por uma série de eventos neurológicos, bioquímicos e ambientais que formam uma rede bem complexa em prol de manter nosso organismo pronto para a vida diária quando a gente acorda. Acontece que os bebês ainda demoram um pouco – às vezes um muito – para entrarem no ciclo adequado entre dormir e acordar.

E aí que vem o problema: bebê que demora para dormir, que acorda muito, que dorme no colo, que não dorme na cama, ufa… É um monte de coisa jogando no time adversário e o time da casa – pai, mãe, irmãos, famílias e tal – acaba tendo que, às vezes, literalmente, suar a camisa para fazer a turma dormir.

A gente sempre escuta uma série de “fórmulas mágicas” que prometem trazer o sono perdido em três dias (ou noites); mas o que mais importa nessas horas é ter o que chamamos de Higiene do Sono. E isso nada mais é do que manter uma rotina de sono adequada, regulando os cochilos, botando a criança para dormir mais ou menos sempre no mesmo horário – desde que seja adequado, não deixar que a criança adormeça no colo, nem na mamadeira, e regulando estímulos auditivos e visuais no momento de embalar o soninho.

Na Clínica da Criança e do Adolescente nós temos muita gente – Pediatras, Neuropediatra e Pneumopediatra – que sabem bastante do assunto e estão prontos para ajudarem nessa tarefa que nem sempre é muito simples.

Agora deixa eu ir dormir…está batendo aquele sono… Zzzzzzzz
Abraços fraternos!

Introdução Alimentar

Por Nutricionista Fabiana Salgado | CRN9 22950

Até o 6° mês de vida, o único alimento do bebê deve ser o leite materno ou, quando ele não é possível, uma fórmula infantil. Por volta dos 6 meses de idade toda criança deve iniciar a alimentação complementar, que tem esse nome exatamente por ser um complemento ao aleitamento materno ou às fórmulas infantis.

O início da alimentação costuma causar um certo desconforto na família, pois as informações são tantas que acabam gerando mais dúvidas do que soluções. Isso acontece pois as informações são genéricas, enquanto cada caso é um caso, e a introdução alimentar deve ser planejada de forma individual, levando em conta a realidade da criança e da família.

Uma introdução alimentar bem feita é um presente para toda a vida, pois é a partir dela que se começa a educar o paladar, as preferências alimentares, os horários e as sensações de fome e saciedade.

Nas consultas com o pediatra abordam-se muitos temas. Vacinas, leite, desenvolvimento, medicamentos, intestino, sono… A alimentação é mais um desses temas e o pediatra está preparado para orientar os procedimentos para que a alimentação complementar se inicie. Mas há muito mais dúvidas e possibilidades do que as que cabem em uma consulta de rotina com ele.

A consulta com a nutricionista para orientação da introdução de alimentos deixa a família completamente segura quanto à escolha do método a ser seguido e alimentos a serem oferecidos, da higiene ao preparo e conservação. Dicas para a rotina diária sobre congelamento e armazenamento tornam tudo mais leve e prazeroso, elevando as chances de sucesso.

Ué nutri… Mas existe mais de um método de introdução alimentar? Não é só dar fruta amassada e papinha?

Existem diferentes métodos sim! A mais antiga abordagem nem é mais utilizada: os alimentos eram cozidos todos juntos e liquidificados. O abandono deste método justifica-se por inúmeras razões, sendo a principal delas que, apesar de nutrir a criança, ele não educava o seu paladar. É improvável reconhecer um alimento misturado com tantos outros, não é mesmo? Como gostar do que nem se conhece?

Hoje em dia, após tantos avanços nas ciências nutricionais, escolhemos basicamente entre a abordagem Responsiva e o BLW (sigla em inglês para Desmame Guiado pelo Bebê) ou BLISS (uma versão mais elaborada do BLW). Na responsiva, o cuidador é parte ativa junto à criança. Usam-se papinhas e alimentos inteiros, mas com uma grande diferença de antigamente – o foco está na educação alimentar, havendo interação e grande respeito à criança. No BLW ou BLISS, o cuidador é passivo e a criança guia todo o processo, aprendendo com liberdade e educando o seu paladar. Aos responsáveis restringe-se o dever de disponibilizar os alimentos ao alcance da criança de forma segura.

Apostar em uma orientação profissional da nutricionista antes dos 6 meses pode fazer toda a diferença para sempre.

Na Clínica da Criança e do Adolescente o consultório de nutrição conta com o cadeirão de alimentação, onde são feitos testes e demonstrações do preparo da criança para alimentar-se, deixando a família super segura para seguir em frente.

As orientações são individualizadas, respeitando a rotina familiar e conduzindo a criança para que participe das refeições à mesa com alegria e naturalidade. Sem estresses!

E mais! Por várias semanas após a consulta inicial, os responsáveis pela criança podem trocar mensagens, fotos e vídeos pelo WhatsApp com a nutricionista, assegurando-se de que está tudo correndo bem. Nada como caminhar amparado por um profissional, não é mesmo?

Agende sua consulta nutricional na Clínica da Criança e do Adolescente. Estamos esperando você.

Urticária na Infância

A urticária é uma das formas de alergia mais assustadoras  e é motivo frequente de consultas pediátricas em serviços de urgência. O corpo vermelho e empolado das crianças, associado à coceira intensa e à preocupação com um eventual edema de glote (que pode levar à morte),  levam muitos pais ao desespero. Mas, ao contrário do que se imagina, o quadro geralmente é auto-limitado e na maior parte das vezes benigno nessa faixa etária. Quer saber mais sobre urticária? Nosso blog explica!

Primeiro, as boas notícias: por definição, a urticária começa de forma súbita e evolui rapidamente mas NÃO deixa sequelas. Portanto, em poucos dias a pele do seu filho estará 100% recuperada!

A urticária pode ser classificada como aguda (duração menor que 06 semanas – é a forma mais comum na infância) ou crônica (maior que 06 semanas – mais comum em adultos, às vezes se arrastando por anos).

Estatisticamente, até 20% das pessoas terão um episódio de urticária na vida, e em 0,1% de todas as consultas médicas o médico observará a presença de urticas no exame físico, mesmo que o paciente não se queixe disso. Por isso, o  médico deve colher uma história bem detalhada do caso do paciente para definir a real etiologia do problema!

É importante salientar que grande parte das urticárias agudas são causadas por infecções, geralmente virais. Portanto, não é indicado suspender alimentos supostamente  suspeitos da dieta das crianças até a devida avaliação médica. Essas restrições alimentares podem inclusive gerar prejuízos nutricionais e comprometimento pondero-estatural nos pacientes. Como apenas uma parte  dos casos é desencadeada por alimentos,  somente um médico poderá orientar sobre a necessidade ou não da restrição dietética.

Mas… E como é a urticária, enfim?

A lesão básica dessa doença é chamada de urtica. Essa  lesão se assemelha a uma picada de inseto, gerando um aspecto avermelhado na pele. As urticas se disseminam pelo corpo de forma bastante intensa, tornando-se confluentes e desenhando no corpo da criança um cenário parecido com um mapa, com várias “ilhas” e “continentes”, inclusive com relevo (pele empolada). O mapa, inclusive, vai mudando de lugar: a urticária vai, mas volta. O prurido (coceira) é intenso, e pode haver complicações secundárias (ex:  feridas e infecções cutâneas) provocadas pelo ato de se coçar. Daí a importância do tratamento precoce e adequado, bem como da devida apuração da causa.

A base do tratamento é a administração de antialérgicos por via oral, sejam de primeira (provocam sono – melhores para os bebês) ou de segunda geração (mais modernos, e não provocam sonolência – melhores para quem já vai à escola  e/ou para uso prolongado), mas em muitos casos é necessário associá-los ou ainda acrescentar os poderosos (e danosos, por seus efeitos colaterais) corticóides. Há necessidade de internação para uso de medicações intravenosas nos casos mais rebeldes. E as reações mais graves (anafilaxia) necessitam de atendimento hospitalar de urgência e uso de adrenalina.

A consulta com o pediatra é o primeiro passo na abordagem da urticária, mas muitas vezes só se mata a charada com o teste alérgico. Se precisar, estamos aqui! Na Clínica da Criança e do Adolescente você encontra os profissionais adequados – pediatra e alergista (Dr. Renato Camilo) –  para a adequada abordagem da urticária e alergias em geral.

Agosto Dourado

Por Dra. Patricia Brandão da Silva | CRMMG 48461

O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado, pois simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Leite materno vale ouro!

Leite Materno é a base da vida! Ele sacia a fome e impulsiona o viver. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. Sendo assim, o bebê deve mamar logo após o nascimento – momento chamado de “hora de ouro”.

A recomendação mundial é de que o aleitamento deve ser exclusivo até o 6º mês de vida (em livre demanda, ou seja, a hora que o bebê quiser e o tempo que ele quiser) e complementado com adição de alimentos variados até os 2 anos ou mais.

O leite dos primeiros dias após o parto é chamado de colostro e oferece grande proteção contra infecções. Colostro é conhecido como a “primeira vacina” do bebê. 

“Empoderar mãe e pais, favorecer a amamentação. Hoje e para o futuro!”. Este é o slogan da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2019, definido pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês).

Há muitas barreiras para manter a amamentação. A falta de informação, dor para amamentar, crença de “leite fraco”, retorno ao trabalho e falta de apoio dos familiares são alguns exemplos. Cabe às mães procurarem atendimento pediátrico no pré-natal para ter informações sobre como se preparar para este momento (consulta pré-natal com o pediatra) e no pós-natal, para todas as orientações, apoio e informações para que a amamentação ocorra de forma prazerosa e saudável para mãe e filho.

Mães fiquem atentas: não existe leite materno “fraco”. A composição do leite materno fornece a água necessária para manter o seu filho hidratado e alimentado. Por isso, até os 6 meses de vida, seu bebê não precisa de nenhum outro alimento, nem água!

As vantagens do leite materno são inúmeras! Importante lembrar que a criança amamentada ao seio estará protegida contra alergias e infecções, fortalecendo-se com os anticorpos da mãe e evitando problemas como diarreias, pneumonias, otites e meningites. Além disso, a amamentação favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, facilitando o desenvolvimento da fala, regulando a respiração e prevenindo problemas na dentição. Além de fortalecer o vínculo mãe e bebê.

E para as mães que amamentam? Existe vantagem?

Claro que sim! Além de ver seu filho se desenvolver de forma plena e saudável, a mãe que amamenta volta mais rapidamente ao seu peso normal e tem menos hemorragia pós-parto, além de ter chances reduzidas de desenvolver diabetes, infarto cardíaco, câncer de mama e de ovário.

Uma coisa também é certa: a mãe, ao oferecer o seio ao seu filho, transmite-lhe segurança, prazer e conforto. Nesse processo, ocorre liberação de hormônio (endorfinas) que aumentam a sensação de prazer e felicidade para a mulher que amamenta. Além disso, melhora sua autoestima, ao saber que seu bebê está saudável porque está recebendo o alimento ideal: o seu leite!

Amamentar é um ato de amor sem limites!

Nós, profissionais da Clínica da Criança e do Adolescente estamos aptos a ajudar as famílias orientando e estimulando o aleitamento materno. Fazemos consulta pediátrica pré-natal e o acompanhamento do seu filho após o nascimento até a adolescência. Marque sua consulta com um de nossos profissionais!

Referência: www.sbp.com.br