ISTs na adolescência: como prevenir e conversar com o seu filho!

Por Clínica da Criança e do Adolescente 

Alguma vez você já foi questionado pelos seus filhos, em qualquer idade, sobre as relações sexuais, as doenças sexualmente transmissíveis ou o uso das camisinhas e ficou sem saber como iniciar a conversa? 

Bom, a verdade é que em algum momento esses assuntos se tornam pauta na convivência e a melhor opção será sempre conversar sobre e explicar, pelo seu ponto de vista, como o sexo pode ser algo normal mas ao mesmo tempo trazer riscos à saúde do jovem. 

Para conseguir quebrar o tabu da conversa, continue lendo esse artigo que preparamos. 

O que são as ISTs?

As ISTs, ou as conhecidas doenças sexualmente transmissíveis, são um grupo de infecções que podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros micro-organismos. 

A transmissão se dá, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem uso de preservativo (masculino ou feminino) com uma pessoa infectada. Apesar de menos frequente, a transmissão de ISTs também pode ocorrer durante a gestação, parto e amamentação ou a partir de compartilhamento de seringas.

Além da mais conhecida infecção por HIV, outros exemplos são: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, cancro mole, cancroide, doença inflamatória pélvica (DIP), papilomavírus humano (HPV) ou as hepatites virais B e C. 

Todas podem ser combatidas através do sexo seguro. 

Como prevenir?

Antes de qualquer explicação: não importa se existe outro método, o uso da camisinha sempre será o mais eficaz contra todas essas doenças ao mesmo tempo. Além de ajudar a evitar uma gravidez indesejada.

No entanto, existem vacinas contra hepatite B (HBV) e HPV. No caso da vacina contra o HPV, é recomendada para ambos os sexos a partir dos 9 anos e é indispensável já que a doença pode evoluir para câncer de colo de útero (comum e potencialmente fatal nas mulheres) e também de câncer de pênis (este, mais raro). Importante lembrar que o HPV pode ser transmitido através do simples contato com a pele e mucosa genital infectadas durante as preliminares, não sendo necessária a penetração de fato, ou seja, nesse caso a camisinha não protege completamente contra a transmissão.

Porém, não existe imunizante para as demais ISTs.

E para incentivar o uso do preservativo não existe nada muito elaborado. É preciso falar em casa, na escola e nas consultas médicas, sobre relações sexuais seguras, ensinando de maneira clara os cuidados necessários para evitar ISTs e gravidez indesejada.

Se você tem receio, antes de iniciar essa conversa fique despreocupado: a educação sexual não leva à sexualização precoce. Pelo contrário, ela gera crianças e adolescentes mais conscientes sobre o corpo e ainda ajuda a prevenir abusos sexuais.

Como iniciar a conversa?

Se você não sabe como tirar um momento específico, pode também esperar pela dúvida, assim você aborda o assunto de forma constante e natural, conversando sobre sexo em casa desde cedo e fazendo com que o seu filho tenda a ter mais cuidado com a segurança e saúde quando começar a vida sexual.

Não existe uma idade exata para conversar sobre sexo e sexualidade com as crianças. O assunto se manifesta de diferentes formas ao longo da vida, então não é necessário solicitar o momento ou fazer um discurso sem ouvir o outro lado.

Seja qual for a idade, você precisa ser honesto e objetivo, respondendo às perguntas com linguagem adequada ao universo em que o seu filho se encontra, sem ir além do que for questionado. Se houver mais dúvidas, novas perguntas surgirão.

Conforme a criança percebe que suas dúvidas são respondidas com naturalidade, ela vê nos pais uma fonte segura e amigável para levar futuros questionamentos. Responder “não sei” ou “isso não é assunto de criança” tende a provocar o efeito contrário: quando tiver novas dúvidas, ela pode achar que não adianta perguntar para os pais – e buscar outras fontes de informação.

O seu filho nunca te perguntou? 

Calma, contar sobre o seu passado de forma leve mostra que está aberto a esse tipo de conversa sem pressioná-lo. 

O tema também pode surgir num diálogo dos pais. Por que não permitir que os mais novos participem? Assim, eles percebem que falar sobre sexo não é um tabu na sua casa. Vale até relembrar o primeiro beijo, o primeiro amor, as emoções envolvidas etc.

Durante as conversas, você pode inserir assuntos relacionados, como respeito pelas pessoas, direito à intimidade, diversidade, cuidado com a saúde, uso de preservativo e finalmente a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Mas se a conversa não flui na primeira oportunidade: sem pressão! Não feche de vez o diálogo mas também não o pressione, assim você mostra que no tempo dele, você continua disponível. Também é legal contar com alguém de muita confiança que possa abrir esse espaço. 

Como cuidar?

Se você perceber algo ou o seu filho vier te contar, não se desespere e não se culpe, isso pode acontecer. 

Esse sendo o caso, a primeira iniciativa é bater um papo para mostrar que agora ele precisará ir ao médico certo e realizar exames para assim buscar um tratamento ideal. 

Desesperá-lo pode fazer com que ele se feche e não busque mais pela sua ajuda, prejudicando-o. Então seja alguém de confiança, ofereça ajuda e se mostre disponível, mesmo que triste pela situação. Você poderá conversar com ele com mais calma quando o susto passar e mostrar como essa experiência não foi agradável e os riscos a que ele esteve exposto. 

Seja qual for a IST ou a dúvida, conte sempre com o seu médico de confiança, e na Clínica da Criança e do Adolescente você encontra diversos profissionais capacitados e especializados que poderão te ajudar tanto na conversa, como também nos cuidados e tratamento necessários. 

O importante é ter com quem contar e nós estamos abertos para você e sua família!

05 dúvidas frequentes sobre prematuridade.

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Prematuridade é um assunto extenso e nenhuma família está preparada para vivenciá-la. Cada história é única. Atualmente, temos o apoio de muita tecnologia, avanços científicos e profissionais que trabalham incansavelmente para conseguir promover um excelente desenvolvimento aos prematuros, sendo que, hoje, a expectativa de sobrevida de um prematuro é de 95%.

Em novembro existe a campanha “Novembro Roxo”, voltada para sensibilizar a todos sobre a prematuridade. Este ano, o slogan escolhido foi “Juntos pelos prematuros, cuidando do futuro”, afinal os cuidados com eles vão para além das maternidades, dependendo também de políticas públicas e o apoio de organizações privadas para promover o suporte à família que está cuidando de um recém-nascido prematuro.

Separamos aqui 5 perguntas comuns relativas a esse assunto:

Quando um bebê é considerado prematuro?

Bebês que nascem antes de completar as 37 semanas de gestação são considerados prematuros; aqueles que nascem antes das 28 semanas são considerados prematuros extremos.

Quando o bebê vai para casa, ele precisa de cuidados especiais? 

Quando o bebê é liberado para ir para casa isso significa que ele está apto a receber os mesmos cuidados que um bebê recém-nascido a termo, ou seja, muito colo, atenção, carinho e cuidado.

O bebê prematuro terá algum atraso em relação aos outros?

O desenvolvimento neurológico de um bebê prematuro deve ser sempre avaliado pela idade corrigida da criança, não pela idade cronológica. Por exemplo, um bebê de 10 meses que nasceu 8 semanas antes, pode apresentar reações mais semelhantes às de um bebê de 8 meses, sem que isso signifique atraso. Esse desenvolvimento deve ser acompanhado por um pediatra cuidadoso e pela família para avaliarem, juntos, os estímulos corretos que devem ser oferecidos e quando é necessário acompanhamento especializado e terapias.

O que é preciso ser observado?

Todo o histórico gestacional, tempo de prematuridade, como foi o quadro de saúde após o nascimento e se algum cuidado médico precisará ser mantido em casa. Durante o tempo de internação é importante a mãe e/ou pai estarem o máximo de tempo possível com o bebê, incentivar o aleitamento materno e o contato físico com o bebê. O método canguru é amplamente utilizado para promover essa interação corpo a corpo, mas também precisa ser feito com atenção, uma vez que o bebê gasta bastante energia quando está fora da incubadora.

É verdade que os prematuros têm um calendário diferenciado de vacinação?

Sim, os prematuros seguem um calendário vacinal diferenciado. Ao mesmo tempo que podem precisar aguardar um pouco para receber algumas vacinas (como BCG e hepatite B), precisam se imunizar de forma antecipada contra algumas doenças respiratórias. Destaca-se especialmente a imunização contra o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), sendo importante sua realização no período de sazonalidade (entre abril e setembro).

Se você tem um bebê prematuro, procure um pediatra que possa te apoiar e dar orientações atualizadas sobre o desenvolvimento do seu filho, alguém que te passe toda a segurança que você precisa para exercer a sua parentalidade de forma leve e atenciosa.

Na Clínica da Criança e do Adolescente, além de médicos de diferentes especialidades, você conta com um atendimento de plantão, onde o profissional tem acesso a toda a ficha do seu filho, oferecendo, assim, atendimento sempre que você precisar e com todo o histórico dele (caso ele já faça o acompanhamento de rotina aqui na clínica).

Os dias de vacinação são sofridos para você?

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Muitos pais se sentem ansiosos quando precisam levar seus filhos para se vacinar.  Isso é normal:  afinal, sabemos que é “pro Bem”, mas também é um pouco dolorido e pode provocar reações. 

Se você possui receio quanto a isso converse com o pediatra e verifique as opções para amenizar essa situação. Algumas vacinas oferecidas pela rede privada são mais purificadas e oferecem menos ou nenhuma reação. Escolha aquela que for a melhor para garantir maior bem-estar e proteção para o seu filho. Além disso, informe-se sobre o que fazer em caso de reações.  

Quando chegar o dia, enfim, coragem! Para te ajudar a deixar esse dia mais leve, separamos aqui algumas dicas:

  • Se seu filho mama ao seio, deixe-o mamar durante a a aplicação. O ato de amamentar libera endorfinas que ajudam a aliviar a dor;
  • Avise seu filho sobre a vacinação algum tempo antes de sair de casa. Isso dá a chance de a criança demonstrar os seus sentimentos e ser acolhida por você;
  • Seja qual for a idade da criança sempre explique a ela o que vai acontecer: “Eu vou te segurar para que a enfermeira aplique a vacina” isso demonstra respeito e afeto pela criança;
  • Explique sempre a verdade e de maneira clara. “A vacina é importante para que você continue saudável e possa brincar muito. É um pouco dolorido e eu estarei com você pelo tempo que precisar”. Dizer que “não dói”, ou que “você é corajoso e não vai chorar” não confortam e geram falsas expectativas e cobranças;
  • Após a vacinação, sempre pergunte a seu filho como  ele está se sentindo, muitas vezes isso  é mais importante do que elogiar ou fazer outro comentário;
  • A frase “Pronto, já passou” pode ser substituída por “Você conseguiu. Estou aqui com você agora”.
  • Tudo bem comemorar depois de passado o “aperto”, mas nada de promessas do tipo “se você não chorar, a gente vai tomar sorvete”. Barganhas não geram comportamentos positivos;
  • Ser empático, acolher e dizer ao seu filho que você estará sempre ali, ao lado, reforça a sensação de segurança;
  • Quando a criança demonstra muita angústia, você pode realizar algumas brincadeiras que a ajudem a expressar esse sentimento. De uma forma lúdica a criança compreende e aceita com mais tranquilidade a vacinação. Um exemplo clássico é usando bonequinhos ou bichinhos de brinquedo (que são a enfermeira e/ou também vão tomar vacina junto com a criança) ou uma pequena encenação (você é a criança e ela é você). Mas atenção: aqui o objetivo é o relaxamento e o riso, mas não pode haver deboche.

Aqui na Clínica da Criança e do Adolescente damos todas as informações para as famílias seguirem o calendário vacinal da OMS com as indicações mais atualizadas. E a nossa divisão de vacinas, a Imunovida, disponibiliza todas essas vacinas, seja aqui na clínica ou a domicílio.

Se precisar conte conosco. Estamos há 25 anos cuidando da saúde da sua família.

Respeito, atenção e cuidado: as crianças são os adultos do futuro

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Durante os anos que se passaram no nosso mundo, estudamos e observamos mudanças intrínsecas em cada parte do planeta, seja por regiões, estados ou países. Com culturas diferentes e baseadas em princípios particulares, as formas com que lidamos com o ser humano se torna uma crescente evolução, uma vez que nossos ancestrais de forma alguma lidariam uns com os outros da maneira como lidamos hoje. 

E essa forma de encarar o ser humano muda também quando nos relacionamos com certas etapas da vida, ou seja, nosso tratamento vai mudar quando lidarmos com uma criança e com um idoso. 

A verdade é que nem sempre tivemos um conceito e uma visão das crianças como nos dias de hoje. Por isso, que tal uma cronologia para entendermos qual é realmente o papel dos pequenos na sociedade atual? 

O passado

Até o final do século XVIII, as crianças eram vistas como mini adultos, numa concepção de que poderiam suportar trabalhos pesados tanto quanto homens adultos. Nesta época não existia uma atenção específica às necessidades das crianças, que eram vistas apenas como homens com tamanhos reduzidos. 

Elas eram postas para trabalharem nos mesmos locais e usar as mesmas roupas. “A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14). 

No entanto, em determinado ponto da História, a igreja se pôs a identificar as crianças como semelhantes aos anjos, o que traria uma nova perspectiva sobre elas, refletindo a inocência e a fragilidade. 

O presente

Com toda essa evolução vinda das experiências dos séculos passados, começamos a dar a atenção que realmente era necessária para esta faixa etária, identificando suas particularidades e dando a elas um reconhecimento efetivo de espaço dentro da nossa sociedade.

A orientação e a educação passaram a receber uma dedicação superior a qualquer outra dada às crianças no passado. Dessa maneira, elas foram ocupando um espaço de muita importância em nossa sociedade. 

Enquanto na Idade Média a criança era sem valor e suas responsabilidades eram trabalhar e chegar o mais rápido possível na fase adulta, após o século XVIII, se dá o início do processo de escolarização infantil.

Atualmente, sabemos da importância de respeitar os direitos das crianças: educação, acesso à cultura, à alimentação, às suas individualidades e muito mais. Inclusive, esses direitos são resguardados por Lei (no Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – foi publicado pela primeira vez em 1990 e representa um marco na proteção da Infância). 

É desde a primeira infância que começamos a reunir histórias e ideais que nos acompanharão por toda a vida, em quaisquer que sejam as nossas decisões. É nessa fase que aprendemos a nos relacionar, construímos nosso Eu e formamos a base do adulto do futuro.

Por isso, respeitar as crianças, amá-las e ensiná-las desde os seus primeiros dias de vida poderão mudar o futuro e torná-lo mais amável. 

“Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias.” Eduardo Galeano

Meu filho tem infecção urinária! E agora?

Por Dr. Dorian Domingues, pediatra da Clínica da Criança e do Adolescente

Infecção urinária é o nome dado à colonização do trato urinário por microrganismos, principalmente bactérias, provocando um quadro infeccioso. Complicou? Vem comigo que eu explico.

O sistema / aparelho urinário começa nos rins (que filtram impurezas do sangue e formam a urina) e segue por dois canais (os ureteres direito e esquerdo) até chegar à bexiga e daí à uretra, por onde fazemos xixi.

Como não tem contato com o meio exterior, a urina é naturalmente isenta de qualquer bactéria, logo a contaminação desse ecossistema fechado acontece a partir desse ponto final do fluxo urinário e também a porta de entrada para as vias urinárias. É por ela que as bactérias sempre tentam “escalar” as vias urinárias superiores.

Seria um plano perfeito se não fosse a urina. A principal defesa das vias urinárias é justamente…  urinar! Ao fazer isso nosso corpo “lava” as vias urinárias antes que as bactérias consigam “subir” até a bexiga ou os rins.

A partir daí fica fácil entender como funciona essa guerra: quanto mais você urina, melhor = viva a hidratação! E nossos inimigos são a baixa ingesta de líquidos e a obstrução das vias urinárias ou a retenção voluntária da urina.

Os principais agentes de infecções do trato urinário (ITU) são as bactérias da flora intestinal expelidas nas fezes, principalmente quando se usa fraldas, daí serem mais frequentes nas meninas (a uretra feminina é menor que a masculina). Também é importante lembrar a correta higienização após evacuar, nunca trazendo germes da flora intestinal para a região da vagina.

Em meninos, o principal fator de risco é a fimose, que pode gerar obstrução do fluxo urinário e infecção ascendente.

E lembrando: em ambos os gêneros a retenção voluntária da urina é um fator de risco, mesmo para crianças maiores e adultos.

Estatisticamente, aproximadamente 2% das crianças terão ITU e a escandalosa maioria é feminina (exceto no primeiro ano de vida, onde os meninos são líderes geralmente por fatores obstrutivos). Mas quem tem uma vez costuma ter mais de uma, e merece um acompanhamento rigoroso inclusive, com exames de imagem básicos que o próprio pediatra solicita (ultrassonografia das vias urinárias) e outros mais sofisticados (cintilografia, uretrocistografia), esses últimos a critério do especialista (nefropediatra).

Aumento da frequência e/ou incontinência urinária, disúria (dor ao urinar), alterações na cor ou no cheiro da urina, febre, dor abdominal, vômitos, diarreia, mal-estar inexplicado, perda do apetite… todos são sintomas compatíveis com ITU e essa hipótese deve ser considerada como diagnóstico, que se faz a partir do exame de urina, cuja coleta varia de acordo com a idade.

Em bebês, a perda de peso ou o peso estacionário são grandes alertas de possível ITU, que deve ser sempre investigada.

A ITU merece muita atenção pois pode provocar lesões renais irreversíveis (com risco de diálise ou transplante renal) e até septicemias (infecções generalizadas).

O tratamento é feito com antibióticos que podem ser idealmente selecionados a partir da urocultura, que identifica o germe causador da infecção e seu perfil de sensibilidade a diversos antimicrobianos. Depois do tratamento é importante a realização de controles periódicos para se ter a certeza da cura e da ausência de recidiva.

As melhores formas de prevenção são sempre a hidratação, a higiene local adequada e a não-retenção voluntária da urina. Nada de andar com a bexiga cheia por aí!

Por fim (mas sem esgotar o assunto, que é enorme): como em outras doenças, aqui também existe o portador assintomático, ou seja, há quem tenha ITU e não o saiba, mas que igualmente requer tratamento e seguimento rigorosos.

Em caso de mais dúvidas consulte o seu médico ou conte sempre com os pediatras da Clínica.

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Hábitos saudáveis: como ensinar para as crianças desde cedo

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Muitas mães e pais nos procuram para saber sobre os hábitos mais saudáveis para ajudar seus filhos a se desenvolverem da melhor maneira possível em cada etapa. O que percebemos por aqui é que a maior dificuldade está em fazer novos hábitos se encaixarem na rotina da família.

Um grande marco para a família, por exemplo, é o momento da Introdução Alimentar (IA), pois existe todo um processo por trás dela, como criar horários mais determinados, ter opções de bons alimentos e toda a logística que envolve a preparação de uma refeição para o bebê. Quando a família gosta dos mesmos alimentos que são bons para a criança e já tem a prática de preparar refeições, todo esse processo fica um pouco mais leve, pois é necessário apenas um ajuste nos temperos e consistência de alguns alimentos. Mas, quando a família possui um cardápio mais limitado e horários pouco flexíveis, esse início pode se tornar uma verdadeira tortura. Aqui na CDC temos uma Nutricionista que dá dicas valiosas para tornar esse processo mais leve. É importante que os pais se abram para experimentar e conhecer alimentos que, às vezes, não fazem parte da sua rotina, fazendo da IA uma oportunidade para que toda a família adquira melhores hábitos alimentares.

Outro hábito importante é a realização de atividade físicas; não estamos nos referindo somente à prática de esportes, mas ao brincar também. Estimular atividades interessantes e variadas, como música, dança, atividades artísticas, montar uma cabana com lençóis ou fazer uma guerra de travesseiros por exemplo; use a imaginação e busque por experiências. Enquanto as crianças são menores, a ideia é apresentar opções de interação, deixando-as mostrar também o que lhes interessa. Conforme a criança vai crescendo, ela mesma irá demonstrar o que gostaria de aprender mais e aí cabe à família entender e proporcionar atividades mais direcionadas.

Os hábitos saudáveis são reflexos da nossa consciência sobre as nossas ações no dia-a- dia. Como as crianças estão o tempo todo usando os seus pais como exemplos, querer desenvolver hábitos saudáveis nelas requer rever também as nossas escolhas. Então, lembre-se: o que é bom para ela, é bom para você também. 

Por fim, criamos algumas dicas mais pontuais do que acreditamos:

– Cuide da alimentação: escolha bons produtos, faça um planejamento, experimente o mesmo alimento em diferentes formas de preparo, desembale menos e descasque mais.

– Se divirta: às vezes para descansar precisamos nos movimentar. Olhe nos olhos da criança e vá com ela pelos caminhos que ela te levar. Apresente opções de objetos e de sensações, não se prenda a regras e pense que o objetivo ali é ter um momento bacana com o seu filho. 

Cuide da saúde mental: esteja sempre atento para reconhecer as conquistas da sua criança, para dar colo quando ela precisar, para se conectar com ela e dar a segurança que ela precisa. Quando estiver interagindo com crianças, fale coisas que vão incentivá-las a persistir, a aprender e a se superar e que a ajudem a construir sua auto-estima de maneira saudável. Se perceber sinais de que algo não vai bem, não hesite em buscar ajuda da Psicologia!

Conte sempre com a Clínica da Criança e do Adolescente na sua jornada de parentalidade!

Clínica da Criança e do Adolescente. A saúde do seu filho sob controle.