Os dias de vacinação são sofridos para você?

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Muitos pais se sentem ansiosos quando precisam levar seus filhos para se vacinar.  Isso é normal:  afinal, sabemos que é “pro Bem”, mas também é um pouco dolorido e pode provocar reações. 

Se você possui receio quanto a isso converse com o pediatra e verifique as opções para amenizar essa situação. Algumas vacinas oferecidas pela rede privada são mais purificadas e oferecem menos ou nenhuma reação. Escolha aquela que for a melhor para garantir maior bem-estar e proteção para o seu filho. Além disso, informe-se sobre o que fazer em caso de reações.  

Quando chegar o dia, enfim, coragem! Para te ajudar a deixar esse dia mais leve, separamos aqui algumas dicas:

  • Se seu filho mama ao seio, deixe-o mamar durante a a aplicação. O ato de amamentar libera endorfinas que ajudam a aliviar a dor;
  • Avise seu filho sobre a vacinação algum tempo antes de sair de casa. Isso dá a chance de a criança demonstrar os seus sentimentos e ser acolhida por você;
  • Seja qual for a idade da criança sempre explique a ela o que vai acontecer: “Eu vou te segurar para que a enfermeira aplique a vacina” isso demonstra respeito e afeto pela criança;
  • Explique sempre a verdade e de maneira clara. “A vacina é importante para que você continue saudável e possa brincar muito. É um pouco dolorido e eu estarei com você pelo tempo que precisar”. Dizer que “não dói”, ou que “você é corajoso e não vai chorar” não confortam e geram falsas expectativas e cobranças;
  • Após a vacinação, sempre pergunte a seu filho como  ele está se sentindo, muitas vezes isso  é mais importante do que elogiar ou fazer outro comentário;
  • A frase “Pronto, já passou” pode ser substituída por “Você conseguiu. Estou aqui com você agora”.
  • Tudo bem comemorar depois de passado o “aperto”, mas nada de promessas do tipo “se você não chorar, a gente vai tomar sorvete”. Barganhas não geram comportamentos positivos;
  • Ser empático, acolher e dizer ao seu filho que você estará sempre ali, ao lado, reforça a sensação de segurança;
  • Quando a criança demonstra muita angústia, você pode realizar algumas brincadeiras que a ajudem a expressar esse sentimento. De uma forma lúdica a criança compreende e aceita com mais tranquilidade a vacinação. Um exemplo clássico é usando bonequinhos ou bichinhos de brinquedo (que são a enfermeira e/ou também vão tomar vacina junto com a criança) ou uma pequena encenação (você é a criança e ela é você). Mas atenção: aqui o objetivo é o relaxamento e o riso, mas não pode haver deboche.

Aqui na Clínica da Criança e do Adolescente damos todas as informações para as famílias seguirem o calendário vacinal da OMS com as indicações mais atualizadas. E a nossa divisão de vacinas, a Imunovida, disponibiliza todas essas vacinas, seja aqui na clínica ou a domicílio.

Se precisar conte conosco. Estamos há 25 anos cuidando da saúde da sua família.

Respeito, atenção e cuidado: as crianças são os adultos do futuro

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Durante os anos que se passaram no nosso mundo, estudamos e observamos mudanças intrínsecas em cada parte do planeta, seja por regiões, estados ou países. Com culturas diferentes e baseadas em princípios particulares, as formas com que lidamos com o ser humano se torna uma crescente evolução, uma vez que nossos ancestrais de forma alguma lidariam uns com os outros da maneira como lidamos hoje. 

E essa forma de encarar o ser humano muda também quando nos relacionamos com certas etapas da vida, ou seja, nosso tratamento vai mudar quando lidarmos com uma criança e com um idoso. 

A verdade é que nem sempre tivemos um conceito e uma visão das crianças como nos dias de hoje. Por isso, que tal uma cronologia para entendermos qual é realmente o papel dos pequenos na sociedade atual? 

O passado

Até o final do século XVIII, as crianças eram vistas como mini adultos, numa concepção de que poderiam suportar trabalhos pesados tanto quanto homens adultos. Nesta época não existia uma atenção específica às necessidades das crianças, que eram vistas apenas como homens com tamanhos reduzidos. 

Elas eram postas para trabalharem nos mesmos locais e usar as mesmas roupas. “A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14). 

No entanto, em determinado ponto da História, a igreja se pôs a identificar as crianças como semelhantes aos anjos, o que traria uma nova perspectiva sobre elas, refletindo a inocência e a fragilidade. 

O presente

Com toda essa evolução vinda das experiências dos séculos passados, começamos a dar a atenção que realmente era necessária para esta faixa etária, identificando suas particularidades e dando a elas um reconhecimento efetivo de espaço dentro da nossa sociedade.

A orientação e a educação passaram a receber uma dedicação superior a qualquer outra dada às crianças no passado. Dessa maneira, elas foram ocupando um espaço de muita importância em nossa sociedade. 

Enquanto na Idade Média a criança era sem valor e suas responsabilidades eram trabalhar e chegar o mais rápido possível na fase adulta, após o século XVIII, se dá o início do processo de escolarização infantil.

Atualmente, sabemos da importância de respeitar os direitos das crianças: educação, acesso à cultura, à alimentação, às suas individualidades e muito mais. Inclusive, esses direitos são resguardados por Lei (no Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – foi publicado pela primeira vez em 1990 e representa um marco na proteção da Infância). 

É desde a primeira infância que começamos a reunir histórias e ideais que nos acompanharão por toda a vida, em quaisquer que sejam as nossas decisões. É nessa fase que aprendemos a nos relacionar, construímos nosso Eu e formamos a base do adulto do futuro.

Por isso, respeitar as crianças, amá-las e ensiná-las desde os seus primeiros dias de vida poderão mudar o futuro e torná-lo mais amável. 

“Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias.” Eduardo Galeano

Meu filho tem infecção urinária! E agora?

Por Dr. Dorian Domingues, pediatra da Clínica da Criança e do Adolescente

Infecção urinária é o nome dado à colonização do trato urinário por microrganismos, principalmente bactérias, provocando um quadro infeccioso. Complicou? Vem comigo que eu explico.

O sistema / aparelho urinário começa nos rins (que filtram impurezas do sangue e formam a urina) e segue por dois canais (os ureteres direito e esquerdo) até chegar à bexiga e daí à uretra, por onde fazemos xixi.

Como não tem contato com o meio exterior, a urina é naturalmente isenta de qualquer bactéria, logo a contaminação desse ecossistema fechado acontece a partir desse ponto final do fluxo urinário e também a porta de entrada para as vias urinárias. É por ela que as bactérias sempre tentam “escalar” as vias urinárias superiores.

Seria um plano perfeito se não fosse a urina. A principal defesa das vias urinárias é justamente…  urinar! Ao fazer isso nosso corpo “lava” as vias urinárias antes que as bactérias consigam “subir” até a bexiga ou os rins.

A partir daí fica fácil entender como funciona essa guerra: quanto mais você urina, melhor = viva a hidratação! E nossos inimigos são a baixa ingesta de líquidos e a obstrução das vias urinárias ou a retenção voluntária da urina.

Os principais agentes de infecções do trato urinário (ITU) são as bactérias da flora intestinal expelidas nas fezes, principalmente quando se usa fraldas, daí serem mais frequentes nas meninas (a uretra feminina é menor que a masculina). Também é importante lembrar a correta higienização após evacuar, nunca trazendo germes da flora intestinal para a região da vagina.

Em meninos, o principal fator de risco é a fimose, que pode gerar obstrução do fluxo urinário e infecção ascendente.

E lembrando: em ambos os gêneros a retenção voluntária da urina é um fator de risco, mesmo para crianças maiores e adultos.

Estatisticamente, aproximadamente 2% das crianças terão ITU e a escandalosa maioria é feminina (exceto no primeiro ano de vida, onde os meninos são líderes geralmente por fatores obstrutivos). Mas quem tem uma vez costuma ter mais de uma, e merece um acompanhamento rigoroso inclusive, com exames de imagem básicos que o próprio pediatra solicita (ultrassonografia das vias urinárias) e outros mais sofisticados (cintilografia, uretrocistografia), esses últimos a critério do especialista (nefropediatra).

Aumento da frequência e/ou incontinência urinária, disúria (dor ao urinar), alterações na cor ou no cheiro da urina, febre, dor abdominal, vômitos, diarreia, mal-estar inexplicado, perda do apetite… todos são sintomas compatíveis com ITU e essa hipótese deve ser considerada como diagnóstico, que se faz a partir do exame de urina, cuja coleta varia de acordo com a idade.

Em bebês, a perda de peso ou o peso estacionário são grandes alertas de possível ITU, que deve ser sempre investigada.

A ITU merece muita atenção pois pode provocar lesões renais irreversíveis (com risco de diálise ou transplante renal) e até septicemias (infecções generalizadas).

O tratamento é feito com antibióticos que podem ser idealmente selecionados a partir da urocultura, que identifica o germe causador da infecção e seu perfil de sensibilidade a diversos antimicrobianos. Depois do tratamento é importante a realização de controles periódicos para se ter a certeza da cura e da ausência de recidiva.

As melhores formas de prevenção são sempre a hidratação, a higiene local adequada e a não-retenção voluntária da urina. Nada de andar com a bexiga cheia por aí!

Por fim (mas sem esgotar o assunto, que é enorme): como em outras doenças, aqui também existe o portador assintomático, ou seja, há quem tenha ITU e não o saiba, mas que igualmente requer tratamento e seguimento rigorosos.

Em caso de mais dúvidas consulte o seu médico ou conte sempre com os pediatras da Clínica.

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Hábitos saudáveis: como ensinar para as crianças desde cedo

Por Clínica da Criança e do Adolescente

Muitas mães e pais nos procuram para saber sobre os hábitos mais saudáveis para ajudar seus filhos a se desenvolverem da melhor maneira possível em cada etapa. O que percebemos por aqui é que a maior dificuldade está em fazer novos hábitos se encaixarem na rotina da família.

Um grande marco para a família, por exemplo, é o momento da Introdução Alimentar (IA), pois existe todo um processo por trás dela, como criar horários mais determinados, ter opções de bons alimentos e toda a logística que envolve a preparação de uma refeição para o bebê. Quando a família gosta dos mesmos alimentos que são bons para a criança e já tem a prática de preparar refeições, todo esse processo fica um pouco mais leve, pois é necessário apenas um ajuste nos temperos e consistência de alguns alimentos. Mas, quando a família possui um cardápio mais limitado e horários pouco flexíveis, esse início pode se tornar uma verdadeira tortura. Aqui na CDC temos uma Nutricionista que dá dicas valiosas para tornar esse processo mais leve. É importante que os pais se abram para experimentar e conhecer alimentos que, às vezes, não fazem parte da sua rotina, fazendo da IA uma oportunidade para que toda a família adquira melhores hábitos alimentares.

Outro hábito importante é a realização de atividade físicas; não estamos nos referindo somente à prática de esportes, mas ao brincar também. Estimular atividades interessantes e variadas, como música, dança, atividades artísticas, montar uma cabana com lençóis ou fazer uma guerra de travesseiros por exemplo; use a imaginação e busque por experiências. Enquanto as crianças são menores, a ideia é apresentar opções de interação, deixando-as mostrar também o que lhes interessa. Conforme a criança vai crescendo, ela mesma irá demonstrar o que gostaria de aprender mais e aí cabe à família entender e proporcionar atividades mais direcionadas.

Os hábitos saudáveis são reflexos da nossa consciência sobre as nossas ações no dia-a- dia. Como as crianças estão o tempo todo usando os seus pais como exemplos, querer desenvolver hábitos saudáveis nelas requer rever também as nossas escolhas. Então, lembre-se: o que é bom para ela, é bom para você também. 

Por fim, criamos algumas dicas mais pontuais do que acreditamos:

– Cuide da alimentação: escolha bons produtos, faça um planejamento, experimente o mesmo alimento em diferentes formas de preparo, desembale menos e descasque mais.

– Se divirta: às vezes para descansar precisamos nos movimentar. Olhe nos olhos da criança e vá com ela pelos caminhos que ela te levar. Apresente opções de objetos e de sensações, não se prenda a regras e pense que o objetivo ali é ter um momento bacana com o seu filho. 

Cuide da saúde mental: esteja sempre atento para reconhecer as conquistas da sua criança, para dar colo quando ela precisar, para se conectar com ela e dar a segurança que ela precisa. Quando estiver interagindo com crianças, fale coisas que vão incentivá-las a persistir, a aprender e a se superar e que a ajudem a construir sua auto-estima de maneira saudável. Se perceber sinais de que algo não vai bem, não hesite em buscar ajuda da Psicologia!

Conte sempre com a Clínica da Criança e do Adolescente na sua jornada de parentalidade!

Clínica da Criança e do Adolescente. A saúde do seu filho sob controle.

Avaliação oftalmológica na infância

Por Dra. Aline Brasileiro Pena, médica oftalmologista da Clínica da Criança e do Adolescente

Muita gente acha que a criança só deve ir ao oftalmologista na hora em que vai começar a alfabetização. E tem gente que nem isso, só leva a criança se houver alguma suspeita de dificuldade visual ou alteração ocular aparente.

O que muitos não sabem é que a visão é um sentido que não nasce pronto. Ela se desenvolve durante a infância, até cerca de 7-8 anos de idade e esse desenvolvimento é mais intenso nos primeiros 3 anos de vida. Caso haja alguma alteração ocular que possa interferir nesse desenvolvimento visual, é importante que ela seja tratada o mais precocemente possível para evitar a ambliopia (o “olho preguiçoso”). Algumas pessoas descobrem que não enxergam bem de um olho só quando adultas e aí não dá mais tempo de recuperar a visão, porque esse período em que o cérebro está “aprendendo a enxergar” já se encerrou. Daí a importância de levar as crianças pequenas ao oftalmologista de forma rotineira e preventiva.

A OMS estima que, no mundo, 1,4 milhão de crianças tenham deficiência visual e 90% delas estejam nos países em desenvolvimento ou muito pobres. A cada ano 500 mil crianças ficam cegas e, dessas, cerca de 60% morrem ainda na infância. O mais assustador é que 80% das causas de cegueira na infância são tratáveis. Então, esses números refletem a falta de assistência a que muitas crianças estão submetidas.

O ideal seria que houvesse um programa de rastreamento abrangente e adequado, porque seria mais custo-efetivo e acessível do que o exame oftalmológico completo frequente. Apenas 2 a 4% das crianças têm alguma alteração que demanda tratamento e, além disso, às vezes a visita ao oftalmologista resulta em óculos desnecessários (principalmente quando o profissional não é habituado ao atendimento pediátrico). A triagem seria realizada por Pediatras, Médicos de Família, em escolas, igrejas etc. pelo menos 2 a 3 vezes ao ano. Porém no Brasil não temos nenhum programa efetivo para esse rastreamento. Então é importante saber quando é fundamental que você leve sua criança ao oftalmologista.

Recentemente a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) lançou novas diretrizes para essa rotina de avaliação oftalmológica na infância:

·      Primeiro exame completo entre 6 meses e 1 ano de idade

·      Segundo exame entre 3 e 5 anos, preferencialmente aos 3 anos

Importante dizer que essa frequência é válida apenas para crianças SAUDÁVEIS de 0 a 5 anos. O que isso significa? Que devem estar AUSENTES: anormalidades oculares aparentes; prematuridade extrema; alterações sistêmicas sabidamente associadas a manifestações oculares (por exemplo doenças metabólicas, artrite idiopática juvenil, síndrome de Down); história familiar de doenças oculares na infância (retinoblastoma, catarata, glaucoma); suspeita clínica de dificuldade visual; atraso no desenvolvimento global. Na presença de qualquer desses fatores é importante que o exame oftalmológico completo seja realizado o mais rapidamente possível.

Pode ser que o oftalmologista, após a consulta, indique uma reavaliação mais próxima, dependendo do resultado do exame. Também pode acontecer da avaliação ser insatisfatória e o médico pedir para voltar antes. Porque às vezes a criança não colabora de maneira adequada e precisamos de mais de uma visita para avaliar tudo o que for necessário.

E quais são as principais doenças evitadas através desses exames de rotina? Os erros refracionais (“grau de óculos”), que se não tratados no tempo adequado podem levar à deficiência visual, além de causar efeitos deletérios no desenvolvimento neuropsicomotor, aprendizado e socialização. A segunda doença ocular mais tratável é a ambliopia, cujo tratamento depende da detecção precoce.

E aí? Guardou tudo? Só lembrar que no primeiro ano de vida tem que levar seu filho ao oftalmologista! E lá na consulta ele mesmo vai te orientar quando você deve voltar.

Clínica da Criança e do Adolescente, a saúde do seu filho sob controle.

Depressão na infância

Por Luane Vieira, psicóloga da Clínica da Criança e do Adolescente

O sofrimento é algo inerente à vida, e a criança não está isenta de sofrer psiquicamente. Ela sofre e tem sua própria maneira de expressar esse sofrimento.

Muitas vezes a depressão na infância é confundida com timidez, preguiça ou insegurança. Geralmente ouvimos falas como “isso é coisa da idade” ou “ele é tão quietinho, que educado”. É necessário ter um olhar bem atento para não generalizar, obviamente existem crianças mais quietas e nem por isso deprimidas; mas também ter cuidado para não negligenciar essas manifestações.

Enquanto na ansiedade se tem excesso, na depressão vemos o outro lado da moeda: acontece o rebaixamento do humor. Em outras palavras, falta libido (a energia que nos move).

Com a pandemia de COVID-19 as crianças tiveram que se adaptar a uma nova rotina, que abalou muitas delas, contribuindo para uma possível exaustão mental. O que diferencia a depressão dos desânimos naturais do dia-a-dia é a intensidade e persistência dos sintomas; na depressão eles geram prejuízo no funcionamento do indivíduo, seja no âmbito social, seja na forma de sintomas físicos.

Há controvérsias a respeito da depressão infantil. Alguns especialistas acreditam que a depressão na criança tem características muito diferentes da depressão no adulto, enquanto outros dizem que ela se manifesta de forma bastante semelhante. Independentemente disso, estudos mostram aumento nos últimos anos e estima-se que essa doença está se tornando um problema de saúde pública.

Os sintomas mais frequentes são: perda de interesse nas atividades habituais (brincar, ver TV, estudar), choro excessivo, sonolência, fadiga, sentimentos de rejeição e culpa, entre outros.

Você pode ajudar seu filho a se expressar e evitar que as emoções normais virem doença. Estimule a criança a falar o que está sentindo, escute e valide seus sentimentos. Utilize brincadeiras que proporcionem formas de reconhecimento e nomeação dos sentimentos, como desenho, música e livros. Outras opções legais:

Potinho das emoções: encha garrafinhas transparentes de água colorida com anilina. Cada cor equivale a uma emoção. Você pode colocar coisas dentro, como glitter por exemplo. De maneira simbólica a criança reconhece e nomeia as emoções que sentiu ao longo do dia;

Amarelinha das emoções: é um pedaço de TNT com emojis colados. Cubra com papel contact. A criança pula com um pé ou dois na expressão que corresponde ao que sentiu;

Espelho meu: cole carinhas/emojis ao redor de um espelho, pergunte à criança “como você está se sentindo hoje?” de frente para o espelho. Ela irá reproduzir o sentimento.

Observe sempre seu filho e, se notar algo suspeito ou diferente,  procure ajuda profissional. Por meio de brincadeiras e atividades prazerosas, o psicólogo acolhe e auxilia a criança a refletir e entender suas emoções e pensamentos. Em alguns casos, principalmente nos mais graves, é necessária a ajuda de um médico psiquiatra, que poderá prescrever alguma medicação para auxiliar no tratamento. E lembre-se: o tratamento medicamentoso sozinho não é eficaz para a resolução do quadro – é muito importante contar com a ajuda do psicólogo, da família e de todos aqueles que convivem com a criança.