Importância de uma boa alimentação para o crescimento da criança

(Por Fabiana Salgado – Nutricionista)

Somos o que comemos, literalmente. Quer ver só? Toda matéria orgânica é formada basicamente de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Os demais elementos somam apenas 5% de um ser vivo. Ainda que tenham essa pequena participação, cada um desses outros elementos é essencial ao funcionamento do organismo. 

Vem, segue meu raciocínio. 😉

Nossas células morrem e nascem diariamente num processo complexo chamado renovação celular. Podemos dizer que somos quase 100% renovados num período de cerca de 7 anos. Ou seja, para continuarmos existindo, nossas células precisam de matéria orgânica nova que as componha quimicamente. Essa matéria é obtida do que ingerimos (comemos e bebemos) e do que respiramos. Não tem outro jeito. Se você estiver com muita sede, desidratado, de nada vai adiantar ficar imerso em água, vai? Tem que beber. Se está com fome, precisando de energia, passar uma pomadinha de glicose vai, no máximo, atrair formiga. Hehe… É preciso que os componentes da matéria, todos aqueles que compõem o nosso corpo, sejam comidos, bebidos ou respirados. 

Na infância o bicho pega ainda mais! A criança não apenas renova as células que já possui, mas também produz ainda mais células, muitas delas, para que possa crescer. Chocante, né? 

Se não há os componentes essenciais a esse processo, não há crescimento saudável. Se falta uma coisinha que seja, esteja certo, um processo inteiro é prejudicado. A criança pode ter escrito em seu DNA: “saúde plena!” que de nada adiantará se essa fábrica de células não tiver os ingredientes certos na quantidade certa. O DNA é o molde, mas a alimentação, a água e o ar são o gesso. 

O que dá um alívio danado é a questão dos 5%. Lembra que falei que temos basicamente 4 elementos químicos compondo o nosso corpo? Eles fazem parte de toda matéria orgânica. E o que comemos nada mais é que matéria orgânica. Então, mole mole obtemos os 4 elementos principais das mais diversas fontes alimentares. Os 5% são compostos por uma imensa diversidade de elementos presentes em menor quantidade nos alimentos. São 17 outros elementos químicos dividindo míseros 5%. Bem pouquinho de cada um deles basta, mas eles não podem ser encontrados todos juntos em um só tipo de alimento. Difícil? Nada… Não poderia ser mais fácil. Veja só!

Os alimentos ganham cor por conta de sua composição química. É a presença e a interação dos elementos químicos que o compõem que resultará na sua cor predominante. A cor dos alimentos parece até uma etiqueta! Por exemplo, nas cores quentes, do amarelo ao vermelho, temos os carotenoides. Os tipos e a concentração de carotenoides diferem. Se é vermelho como o tomate ou a melancia, temos o licopeno. Se é laranja ou amarelo, como a cenoura ou a manga, é betacaroteno. Os roxos, como berinjela e açaí, sinalizam a presença de antocianinas… Por aí vai, cor a cor, uma sinalização do que precisamos para viver e, mais ainda, para crescermos de forma saudável.

Se comemos de forma repetitiva, se falta alguma cor, falta algum nutriente, pode saber disso. Se comemos os alimentos como vêm ao mundo, dificilmente conseguimos atingir excessos a níveis, de fato, prejudiciais. E excessos de um determinado nutriente podem ser tão ou mais prejudiciais que sua falta. Os excessos mesmo, que podem fazer nossa fábrica de células desandar, foram criados pela indústria. É nos alimentos industrializados que moram os excessos.

Para viver e crescer saudável não é preciso neurose, é só priorizar comida de verdade, que vem da mãe natureza, bem colorida. Não precisamos de todas as cores em todas as refeições todo santo dia. Nosso corpo sequer dá conta de processar tudo ao mesmo tempo. Alguns nutrientes são até mais bem trabalhados pelo organismo quando ingeridos separadamente. Basta variar! Variar no mesmo prato, entre refeições, entre os dias, entre épocas.

O comer “profissional”, focado na escolha de nutrientes, a neurose alimentar, não leva a nada. Não é preciso nem desejável saber o que cada alimento tem ou deixa de ter. É chato, desnecessário, e você tem coisa muito mais importante para gravar. Mas entender a importância da alimentação de uma vez por todas e como ela compõe cada milímetro do seu filho pode abrir a sua mente. Ele é e cresce o que ele come e o que ele respira. E depende de você o que ele vai encontrar ao abrir geladeira.

Pense nisso. 

A santíssima trindade das alergias.

(A rinite é alérgica, a asma é brônquica e dermatite é atópica:
que confusão é essa?)

(por Dr. Dorian Domingues)

A ORIGEM

Tal qual na Bíblia, as alergias também tem a sua Santíssima Trindade. E apesar dos nomes diferentes que damos a esses três entes, trata-se sempre da mesma entidade, só que se manifestando sob  variadas formas: a Atopia.

A rinite alérgica, a asma brônquica e a dermatite atópica são as três faces da atopia. E é muito comum que o atópico apresente os sintomas de mais de um desses quadros simultaneamente, juntos & misturados (ou seja: quando um piora, todos pioram, e vice-versa).

A palavra de origem grega é formada pela junção de “a” (prefixo de negação) + “topos” (lugar). Ao pé da letra quer dizer “fora do lugar”. Prefiro traduzir o termo por “inadequado” ou “desregulado”, pois facilita a compreensão.

MUITO BARULHO POR NADA

Como o próprio nome diz, o sistema imunológico do atópico está fora da casinha, e reage descontroladamente a fatores que são até certo ponto bem tolerados pelos não-atópicos (fatores emocionais, inversões climáticas, baixa umidade do ar, infecções virais e bacterianas, mofo, poeira e demais partículas em suspensão no ar, entre outros). Quando se depara com esses estímulos, o atópico libera uma enxurrada de substâncias desencadeadoras do processo alérgico e inflamatório que instaura a crise, seja na pele ou nas vias aéreas, levando às manifestações clínicas. Ou seja: contrariando a crença popular, o atópico não tem um  déficit, mas sim um “excesso” do sistema de defesa, um fogo amigo  que resulta numa auto-agressão. A famosa tempestade em copo d’água.

A doença é de herança genética (ou seja, o gen está no seu DNA), daí a sua alta frequência na população em geral e o caráter francamente familiar da atopia.

As manifestações normalmente se iniciam na infância (e muitas dessas crianças quando adultos se tornam assintomáticos,  mas o gen continua lá, prontinho para ser transmitido para a próxima geração). Por outro lado, quando os sintomas só se iniciam na fase adulta são de mais difícil controle.

Os sintomas podem ser leves ou severos, espaçados ou contínuos, e isso determina a classificação da gravidade da doença para fins de tratamento, e se ele será contínuo ou só durante as crises.

Seja na pele, seja nas vias aéreas, a doença geralmente piora nos meses de baixa umidade (inverno) ou de excesso de partículas em suspensão no ar (primavera). Mas há quem viva em crise o ano todo.

RINITE ALÉRGICA

A rinite é a manifestação mais comum e se caracteriza por sintomas nasais com muita coriza, prurido, obstrução e espirros. É comum que os sintomas também atinjam os olhos.

A complicação mais comum (e muito frequente) é a sinusite, porque o acúmulo de secreções é um fator de risco para infecções. O tratamento é feito com anti-histamínicos por via oral e medicação nasal tópica (sprays).

A ASMA BRÔNQUICA

Das três apresentações da doença é a mais perigosa pois  pode levar ao óbito. Aqui a inflamação dos pulmões leva à diminuição da capacidade respiratória, levando à sensação de falta de ar, sibilância (chieira) e à consequente tosse. A doença pode prejudicar muito a qualidade de vida e mesmo ser fatal (leia mais sobre asma aqui https://www.clinicadacrianca.com.br/bronquite-ou-asma/ ).

O tratamento é feito com medicações inalatórias (broncodilatadores, as populares “bombinhas”) e derivados de corticóide por via oral ou inalatória.

A DERMATITE ATÓPICA

Nesse caso a atopia se manifesta na pele, tanto que é chamada (erradamente, claro) de “bronquite de pele”.  O resultado disso é a pele seca e áspera e muita, muuuuita coceira. Como a melhor coisa para coceira é unha, é comum que as lesões evoluam para feridas. Os prejuízos estéticos podem ser significativos, por vezes abalando até a autoestima. Geralmente os pacientes com dermatite atópica também têm (ou terão, num dado momento) asma e rinite de difícil controle.

As medidas aqui são para manter a hidratação da pele. Banhos mais frios e curtos, pouco sabonete, muito hidratante. Na hora da crise, uso de medicamentos tópicos e orais até o controle das mesmas. E evitar se coçar!

COMO EVITAR AS CRISES?

As medidas de controle gerais são o controle ambiental (nem sempre possível – caso da inversão climática, por exemplo) e a intervenção precoce quando da agudização dos quadros.

Aproximadamente 10% das pessoas são atópicas e remédio é o que não falta, inclusive medicamentos de distribuição gratuita como a famosa “bombinha”,  no caso da asma.

O tratamento específico é feito caso a caso, dependendo da apresentação dos sintomas (rinite, asma ou dermatite).

CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO

Voltando à Bíblia: assim como não é possível passar um camelo no buraco de uma agulha, não é possível falar tudo sobre alergia em um texto tão curto. Assim como existem outras religiões, existem outras formas de alergia (urticária, alergias alimentares, etc). Na dúvida, consulte sempre o seu pediatra.  

Se tiver dúvidas sobre essa Santíssima Trindade ou qualquer outra forma de alergia, marque uma consulta com os nossos profissionais.  

A atopia não tem cura, só controle. Mas aqui na Clínica a gente te ajuda a carregar essa cruz!

A COVID, as vacinas e o novo normal.

(por Dr. Dorian Domingues)

Quando tudo isso começou, imaginávamos que iria durar só uns dois ou três meses, mas já se passou um semestre inteiro e nada da pandemia acabar. Então, já que o tempo não para e a COVID continua, vida que segue: bem-vindos ao Novo Normal!

O Novo Normal é uma festa estranha com gente esquisita. A gente não deve se agrupar, se encontrar, se tocar, porque é aí que o bicho pega. Já que vamos ter que conviver (prudentemente, sempre) com isso até que surja uma luz no fim do túnel (uma hora, ela chega!), temos que nos adaptar e retornar à rotina de cuidados com a saúde. E isso inclui as consultas de controle e as vacinas.

A pandemia mudou em seis meses o que várias guerras, a invenção dos antibióticos, a revolução sexual, os anticoncepcionais e a revolução agrícola demoraram (em conjunto) décadas para mudar: o nosso cotidiano.

A única medida ideal de prevenção seria o isolamento total (nos outros países, foi o que deu certo). Como por aqui essa hipótese já foi pro vinagre, resta a proteção individual. Fique ligado: distanciamento, máscaras e muita higiene obsessiva de tudo (atenção: as mãos contaminadas são grandes vetores da doença).


A PANDEMIA E AS VACINAS DE ROTINA

Durante o Novo Normal, é indispensável que as vacinas de rotina sejam mantidas. Manter o calendário vacinal habitual em dia é uma recomendação universal da OMS (e, aqui, nós seguimos essa cartilha).
Não atrase as vacinas (nem as consultas de controle) do seu filho. De todos os riscos que você pode correr ao sair de casa, esse com certeza é o que trará o melhor benefício.

Quando precisar de consultas e vacinas, fique tranquila. A Clínica da Criança e do Adolescente oferece um ambiente seguro para as consultas de controle e de pronto-atendimento com ambientes higienizados, amplo uso de EPis e mínimo risco de aglomerações.

E nossa divisão IMUNOVIDA tem vacinas melhores e mais potentes que a do SUS. Não sabia?

Ligue para nós e se informe mais sobre isso. Ou acesse o nosso blog: https://www.clinicadacrianca.com.br/vacina-particular-e-igual-a-do-posto-de-saude

Se precisar, conte sempre conosco. Aqui, estamos sempre de olho na sua saúde. Pra você nunca perder o controle.

O que é pneumonia?

(por Dr. Henrique Binato e Dr. Dorian Domingues)

Pneumonia é uma palavra que sempre causa impacto nas pessoas, mas … o que é isso, afinal?

A pneumonia é um processo infeccioso geralmente  provocado por vírus (da gripe, da covid-19, etc)  ou bactérias (principalmente o pneumococo, que provoca a maior parte dessas infecções) e  que causa a inflamação dos pulmões. E como isso acontece, enfim?

Os micróbios que provocam a pneumonia nos contaminam através de gotículas suspensas no ar  ou pelo toque das mãos sujas em nossa face (nariz, boca, etc). Exatamente como a covid. Logo…

Ponto básico 01: o ar é uma fonte de contaminação;

Ponto básico 02: as vias aéreas são a porta de entrada dos micróbios (daí a importância da máscara).

E como eles invadem os nossos pulmões? Segue o fluxo.

 A INVASÃO DO CONDOMÍNIO

A via aérea começa no nariz, avança pela garganta e termina lá nos alvéolos pulmonares, pequenos saquinhos onde se faz a efetiva Respiração (com R maiúsculo: a troca do gás carbônico “queimado” pelo nosso corpo pelo oxigênio que nos dá a vida). O alvéolo é o carburador do pulmão. E é aqui que a Coisa pega.

Imagine o pulmão como um grande condomínio autossustentável de unidades respiratórias (alvéolos) com portaria (nariz) e alguns vigias (anticorpos circulantes e algumas barreiras físicas), mas muitas  vias de acesso. Às vezes, não dá para controlar, não dá…. e rola uma invasão.

Uma vez burlada a vigilância, os micróbios se divertem.

Uns se desviam (otites), outros se perdem pelo caminho (sinusites, faringites, laringites e amigdalites), mas os mais determinados  chegam ao seu objetivo e dominam os alvéolos e seus arredores imediatos (os vizinhos de muro:  o tecido intersticial  e os  vasos sanguíneos e linfáticos), prejudicando a oxigenação. E é esse processo inflamatório que provoca todos os sintomas das pneumonias. Entendeu?

Eventualmente, os pneumococos ficam descontrolados e partem pro arrastão:  invadem a circulação sanguínea (septicemias) ou o sistema nervoso (meningites). Nesses casos, infelizmente, a morte é quase certa.

O principal sinal de alerta e gravidade das pneumonias é o aumento da frequência respiratória (taquipneia). Simples assim: se a oxigenação não é boa, a pessoa respira mais vezes. Além disso temos a tosse, a secreção (geralmente purulenta),  a dor torácica, a febre e a prostração (geralmente proporcionais à gravidade do caso). E a doença, se não tratada, pode ser fatal.

E COMO PREVENIR?

Se às vezes não dá para controlar, sempre dá pra planejar.

Medidas protetivas gerais são sempre indicadas: leite materno / boa nutrição, hidratação, cuidados ambientais (como o distanciamento social) e higiênicos (lavar as mãos) e controle das doenças de base (diabetes & alergias, asma, rinite, qualquer coisa que acumule catarro).  E, muito importante:  as vacinas contra gripe (H1N1) e pneumococos.

AS VACINAS

Existem vacinas contra a influenza (gripe / H1N1) e vacinas contra pneumococos. Ambas são disponíveis na rede pública e em clínicas privadas,  mas fique atento  a esses detalhes:

–  a vacina contra gripe da rede privada é tetravalente e mais potente que a do SUS (que tem apenas 03 vírus). Ela é indicada para todas as pessoas a partir dos 06 meses de idade, sem essa limitação de “grupo de risco”;

– a vacina contra pneumococos da rede privada também é mais completa, pois protege contra 13 tipos de pneumococos (a da rede pública só protege contra 10) . Além disso, na rede privada, o bebê recebe uma dose adicional que o SUS não faz.

Essa vacina (PREVENAR-13™) reduz em parte a incidência das formas leves (sinusites, otites, etc), e diminui drasticamente as formas graves de infecções por pneumococos (pneumonias, septicemias e meningites – que, enfim, é o que importa). É recomendada pela OMS e  praticada nos países do Primeiro Mundo para todas as  faixas etárias, a partir dos 02 meses de idade. Quanto mais proteção, melhor.

A Imunovida está sempre alerta e apta a te ajudar nessa tarefa de manter esses & os outros bichos bem longe da sua família. Aqui temos as vacinas mais modernas e completas, inclusive as que o SUS não fornece.

Mas, se o Bicho pegar, conte sempre com a Clínica da Criança e do Adolescente.

Clínica da Criança e do Adolescente & Imunovida. Parceria para toda vida.

Dicas para uma introdução alimentar de sucesso!

Por Nutricionista Fabiana Salgado | CRN9 22950

Chegou a tão aguardada introdução alimentar! A fase é de muitas descobertas tanto para os bebês quanto para os pais. A orientação nutricional é muito importante neste momento para que todas as escolhas sejam feitas corretamente. É por isso que a nossa nutricionista, Fabiana Salgado, preparou um super guia com dicas para introdução alimentar.

Continue a leitura e descubra como fazer essa transição tão deliciosa.

Urticária na Infância

A urticária é uma das formas de alergia mais assustadoras  e é motivo frequente de consultas pediátricas em serviços de urgência. O corpo vermelho e empolado das crianças, associado à coceira intensa e à preocupação com um eventual edema de glote (que pode levar à morte),  levam muitos pais ao desespero. Mas, ao contrário do que se imagina, o quadro geralmente é auto-limitado e na maior parte das vezes benigno nessa faixa etária. Quer saber mais sobre urticária? Nosso blog explica!

Primeiro, as boas notícias: por definição, a urticária começa de forma súbita e evolui rapidamente mas NÃO deixa sequelas. Portanto, em poucos dias a pele do seu filho estará 100% recuperada!

A urticária pode ser classificada como aguda (duração menor que 06 semanas – é a forma mais comum na infância) ou crônica (maior que 06 semanas – mais comum em adultos, às vezes se arrastando por anos).

Estatisticamente, até 20% das pessoas terão um episódio de urticária na vida, e em 0,1% de todas as consultas médicas o médico observará a presença de urticas no exame físico, mesmo que o paciente não se queixe disso. Por isso, o  médico deve colher uma história bem detalhada do caso do paciente para definir a real etiologia do problema!

É importante salientar que grande parte das urticárias agudas são causadas por infecções, geralmente virais. Portanto, não é indicado suspender alimentos supostamente  suspeitos da dieta das crianças até a devida avaliação médica. Essas restrições alimentares podem inclusive gerar prejuízos nutricionais e comprometimento pondero-estatural nos pacientes. Como apenas uma parte  dos casos é desencadeada por alimentos,  somente um médico poderá orientar sobre a necessidade ou não da restrição dietética.

Mas… E como é a urticária, enfim?

A lesão básica dessa doença é chamada de urtica. Essa  lesão se assemelha a uma picada de inseto, gerando um aspecto avermelhado na pele. As urticas se disseminam pelo corpo de forma bastante intensa, tornando-se confluentes e desenhando no corpo da criança um cenário parecido com um mapa, com várias “ilhas” e “continentes”, inclusive com relevo (pele empolada). O mapa, inclusive, vai mudando de lugar: a urticária vai, mas volta. O prurido (coceira) é intenso, e pode haver complicações secundárias (ex:  feridas e infecções cutâneas) provocadas pelo ato de se coçar. Daí a importância do tratamento precoce e adequado, bem como da devida apuração da causa.

A base do tratamento é a administração de antialérgicos por via oral, sejam de primeira (provocam sono – melhores para os bebês) ou de segunda geração (mais modernos, e não provocam sonolência – melhores para quem já vai à escola  e/ou para uso prolongado), mas em muitos casos é necessário associá-los ou ainda acrescentar os poderosos (e danosos, por seus efeitos colaterais) corticóides. Há necessidade de internação para uso de medicações intravenosas nos casos mais rebeldes. E as reações mais graves (anafilaxia) necessitam de atendimento hospitalar de urgência e uso de adrenalina.

A consulta com o pediatra é o primeiro passo na abordagem da urticária, mas muitas vezes só se mata a charada com o teste alérgico. Se precisar, estamos aqui! Na Clínica da Criança e do Adolescente você encontra os profissionais adequados – pediatra e alergista (Dr. Renato Camilo) –  para a adequada abordagem da urticária e alergias em geral.