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A Importância da Saúde Mental

(Por Luane Vieira)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o termo saúde pode ser considerado como o bem estar físico, social e mental. Assim, pode-se dizer que sem saúde mental não se tem saúde. Da mesma forma, a OMS diz que a saúde mental pode ser caracterizada por um estado de bem estar, em que o sujeito é capaz de lidar consigo e com o meio em que vive, reconhecendo e manejando adequadamente suas questões, sentimentos, emoções positivas e negativas.

O ser humano é um ser social por natureza. Em outras palavras, apesar de cada um ser singular, é impossível desconsiderar os fatores que estão à sua volta. Somos influenciados pelo ambiente em que vivemos e recebemos estímulos de nosso meio o tempo todo. Na infância isso se intensifica, já que a criança busca descobertas e explorações.

Uma mente saudável não é sinônimo de uma vida sem adversidades. Ter saúde mental não é se esquivar dos problemas e suas demandas, mas saber lidar com elas; é ter a capacidade de atuar em sua própria vida. Mas uma criança é capaz disso? Sim, a criança é um ser, com seus direitos e desejos. Muitas vezes, desconsideramos essa individualidade e supomos que as crianças são novas demais, visto que ainda não passaram por todas as fases do desenvolvimento. Porém, o ser humano, independentemente de sua idade, deve ser potencializado, e o processo terapêutico visa, dentre diversos pontos, a autonomia e autoconhecimento (peças chaves para que as crianças passem pelas fases do desenvolvimento da melhor forma possível).

Alguns dados para elucidar a relevância da saúde mental desde o pilar do desenvolvimento, a infância: o Brasil é o principal país com pessoas ansiosas do mundo, cerca de 9,3%; o segundo país com a maior taxa de pessoas depressivas na América, com 5,8%. Estudos apontam que 0,2% a 7,5% das crianças abaixo de 14 anos se encontram com quadro depressivo. Os sintomas variam, sendo os mais frequentes: baixo desempenho escolar, dores físicas, sonolência, mudanças de humor, insegurança, mudança de padrão alimentar, sentimento de rejeição etc. As crianças têm dificuldade para expressar o sentimento depressivo, pois não sabem nomear suas próprias emoções. Já a ansiedade na infância se mostra mais comumente como impaciência, desatenção, irritabilidade, agitação motora, pensamentos excessivos, alterações no apetite, dores físicas etc. A ansiedade é uma emoção normal diante de situações novas, mas se torna um problema quando tais sintomas interferem no desenvolvimento da criança.

Assim como a ansiedade e a depressão, transtornos de aprendizagem, alimentares, entre outros, são quadros que mostram que a saúde do corpo começa com a mente. Bem como o atual contexto aponta a importância dos cuidados com a saúde mental: a pandemia de covid-19 exemplifica como somos atravessados pelo meio, esse composto por seus aspectos físicos e sociais, levando a demandas emocionais e afetivas.

Independentemente da faixa etária, seja criança, adolescente, adulto ou idoso, quando se cuida da mente, se cuida da vida.


Se precisar, estamos aqui: Psicologia Pediátrica e do Adolescente.
Mais uma parceria da nossa Clínica com a saúde do seu filho.